Odeio meio Termos

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(...) se Deus existisse, só haveria para ele um único meio de servir à liberdade humana: seria o de cessar de existir.

Sempre muito animada ou então deprimida, com Cass não havia esse negócio de meio-termo. Segundo alguns, era louca. Opinião de apáticos. Que jamais poderiam compreendê-la.

“A virtude consiste em saber
encontrar o meio-termo entre dois extremos.”

Assim que o amor entrou no meio, o meio virou amor.

Caravelas

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar!Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou nesse mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada
E as torres de marfím que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este Mar morto:
Mar sem marés,sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram!

Caravelas doiradas a bailar...
Aí quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida,e não voltaram!...

Estar apaixonado sempre traz para a pessoa fenômenos cômicos em meio também aos trágicos; e ambos porque a pessoa apaixonada, possuída pelo espírito da espécie (instinto), passa a ser dominada por esse espírito e não pertence mais a si própria.

A Laranja

A laranja cortada ao meio,
Úmida de amor, anseia pela outra...
É assim, é bem assim que eu te desejo!

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra ...

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Uma pedra no meio do caminho. Rio de Janeiro: Editôra do Autor, 1967.

Nota: Trecho adaptado de "No Meio do Caminho", de Carlos Drummond de Andrade

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Sou um alcoólatra que virou escritor para poder ficar na cama até meio-dia.

No último mês sinto ter vivido uma década e, na próxima semana, quero viver pelo menos meio século! Quero que tudo seja intenso, exagerado, louco, porque só assim fico satisfeita.

Desconhecido

Nota: A citação é atribuída a Clarice Lispector, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

O único meio de fortalecer o intelecto é não ter uma opinião rígida sobre nada – deixar a mente ser uma estrada aberta a todos os pensamentos.

John Keats
KEATS, J. Selected Letters of John Keats. Massachusetts: Harvard University Press, 2009.

Nota: Trecho de "Carta a George e Georgiana Keats"

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Porque aprendi que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo…

A pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.

Olavo Bilac
Olavo Bilac: obra reunida. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1996.

A lei jamais tornou os homens mais justos, e, por meio de seu respeito por ela, mesmo os mais bem-intencionados transformam-se diariamente em agentes da injustiça.

Henry David Thoreau
A desobediência civil. Porto Alegre: L&PM, 1997.

E você nem sonha que eu sou meio bipolar, quero ser mãe e acredito no amor da vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gêmea. Você nem sonha com essas coisas porque só conversamos coisas leves e engraçadas.

Ele é um menino que não pode acompanhar minha louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica, meio madura.

Encostar Na Tua

Eu quero te roubar pra mim
Eu que não sei pedir nada
Meu caminho é meio perdido
Mas que perder seja o melhor destino
Agora não vou mais mudar
Minha procura por si só
Já era o que eu queria achar
Quando você chamar meu nome
Eu que também não sei aonde estou
Pra mim que tudo era saudade
Agora seja lá o que for

Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua

E saiba que forte eu sei chegar
Mesmo se eu perder o rumo, êê
E saiba que forte eu sei chegar
Se for preciso eu sumo

Eu só quero saber em qual rua
A minha vida vai encostar na tua.

O trabalho não é a satisfação de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer outras necessidades.

Karl Marx
MARX, K. Manuscritos Econômico-Filosóficos, São Paulo, Boitempo Editorial, 2004

O vazio tem o valor e a semelhança do pleno. Um meio de obter é não procurar, um meio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é resposta a meu – a meu mistério.

Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” cairia estatelada e em cheio no chão. É que “quem sou eu?” provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.

Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. Embora não aguente bem ouvir um assovio no escuro, e passos.

Quero aceitar minha liberdade sem pensar o que muitos acham: que existir é coisa de doido, caso de loucura. Porque parece. Existir não é lógico.

É melhor eu não falar em felicidade ou infelicidade – provoca aquela saudade desmaiada e lilás, aquele perfume de violeta, as águas geladas da maré mansa em espumas pela areia. Eu não quero provocar porque dói.

(Mas quem sou eu para censurar os culpados? O pior é que preciso perdoá-los. É necessário chegar a tal nada que indiferentemente se ame ou não se ame o criminoso que nos mata. Mas não estou seguro de mim mesmo: preciso perguntar, embora não saiba a quem, se devo mesmo amar aquele que me trucida e perguntar quem de vós me trucida. E minha vida, mais forte do que eu, responde que quer porque quer vingança e responde que devo lutar como quem se afoga, mesmo que eu morra depois. Se assim é, que assim seja.)

Irei até onde o ar termina, irei até onde a grande ventania se solta uivando, irei até onde o vácuo faz uma curva, irei aonde meu fôlego me levar.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trechos do livro.

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Para que se deveria, em meio à grande ausência de limites, colocar a todo custo um limite qualquer?