O Verdadeiro Heroi Nunca Morre e sim
Pois é. Mas hoje eu até queria. Como quase nunca quero. Como quase nunca peço. Tentei e insinuei, mas minha força anda fraca. As circunstâncias me laceram e não me apraz esse apanhar, esse perder lugar. Não sei mesmo que caminho seguir. E o pior que nem é nervosismo o que estou sentindo, nem indignação, só paira sobre mim uma nuvem escura de fumaça e dúvida, sensação de perda de tempo, de resignação, até esperança tem me habitado nesses últimos dias. Esperança. Em mim. Irreconhecível. Ou trouxa.
Além do mais a “psicologia” nunca me interessou. O olhar psicológico me impacientava e me impacienta, é um instrumento que só transpassa. Acho que desde a adolescência eu havia saído do estágio do psicológico.
A G.H. vivera muito, quero dizer, vivera muitos fatos. Quem sabe eu tive de algum modo pressa de viver logo tudo o que eu tivesse a viver para que me sobrasse tempo de... de viver sem fatos? de viver. Cumpri cedo os deveres de meus sentidos, tive cedo e rapidamente dores e alegrias – para ficar depressa livre do meu destino humano menor? e ficar livre para buscar a minha tragédia.
Minha tragédia estava em alguma parte. Onde estava o meu destino maior? um que não fosse apenas o enredo de minha vida.
Talvez eu não deixe aqui uma boa estória
ou um bom exemplo a seguir.
Talvez eu nunca tenha contribuído para melhorar
de forma significativa a realidade do lugar onde moro,
ou de meu país.
E talvez eu não deixe bens ou fortuna
com a qual alguém possa fazer bom uso.
A única coisa que deixo com certeza
são essas minhas poucas palavras
E elas podem ser muito simples, mal colocadas, e não muito sábias
- Mas são palavras deixadas com o coração –
E uma palavra salva...
E o que ele me deu depois do sorriso eu nunca vou saber, porque o bom de ter essa dor que nem dá pra mexer é pouco nos lixarmos pras pequenas felicidades.
Embora eu nunca tivesse conseguido aprender como se vive aos sábados, se é que existe uma maneira específica de atravessá-los.
Homens, sejam sempre compreensivos e pacientes com as mulheres: ninguém nunca entende o que elas fazem!
Quem acompanha o trabalho do Cirque du Soleil sabe o que pode esperar, mas nunca deixará de se surpreender: a turma sempre dá mais do que promete. Se pela tevê já encanta, ao vivo arrebata.
Nunca fui santo. Nunca pretendi ser.
As palavras mais sensatas que eu disse são frutos de meus piores erros. Eu tinha que aprender alguma coisa, pelo menos, certo?
Meu maior pecado? Não importar-me, simplesmente.
Fiz aquilo que eu quis fazer, sem medo de arrependimentos. Isto fez com que eu ainda muito jovem tivesse uma vida cheia, muito intensa, e me transformou no que sou hoje: o melhor exemplo para aquilo que não se deve fazer, em qualquer situação.
Mas... quer saber? Eu faria tudo outra vez!
Mas como nada nunca é perfeito, penso que a única saída é aproveitar cada momento(independente do estado civil em que você se encontre)e aceitar a realidade como um presente.
O americano nato nunca pode ser um bailarino. As pernas são longas demais, o corpo flexível e também o espírito livre demais para esta escola de graça afetada e andadas no dedo do pé
...porque a gente nunca quer uma pessoa que nos complete. Queremos quem nos transborde. Que não nos faça caber mais em nós mesmos. Na verdade sempre queremos aquela, que nós faz sentir grandes demais, para um corpo tão pequeno.
Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais,é difícil porque o sentimento fica.
(…) Pode fazer um pedido. Ou três. Sempre faço. Quando são três, em geral, esqueço dois. Um nunca esqueci. Um sempre pedi: amor.
A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos.
Não, é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.
(Um sopro de vida)
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
(Perto do coração selvagem)
Nunca houve – em todo o passado do mundo – alguém que fosse como ela. E depois, em três trilhões de trilhões de ano – não haveria uma moça exatamente como ela.
De alguma forma absurda, nunca estive tão bem. Armado com as armas de Jorge. Os muros continuam brancos, mas agora são de um sobrado colonial espanhol que me faz pensar em García Lorca; o portão pode ser aberto a qualquer hora para entrar ou sair; há uma palmeira, rosas cor-de-rosa no jardim. Chama-se Menino Deus este lugar cantado por Caetano, e eu sempre soube que era aqui o porto.
