O Verdadeiro Heroi Nunca Morre e sim
Orgulhos são pedaços de vidro dentro da garganta:
Se engolir morre, se cuspir fora cada palavra, cada momento... sangra, sangra muito. Não estou tentando parecer poeta, até porque poetas não amam.
O amor nasce e morre. As pessoas dizem que ele não acaba, mas ele não acaba assim de repente, de um dia para o outro, de um mês para o outro, o amor morre, morre aos poucos. O que para na minha opinião é ainda mais triste, quando algo acaba você ainda tem a chance de recomeçar, mas quando morre, não tem como ressuscitar, é o fim. Não adianta tentar negar, no fundo você sabe, assim como nada nessa vida é eterno, o amor também não é. O amor se cansa, ele insiste até esgotar suas forças. O amor morre pela falta, pela falta de atenção, pela falta de consideração, pela falta de paciência, pela falta de cortesia, pela falta de gentiliza, pela falta de demonstração. O amor se esgota se não há cumplicidade, se não há dedicação, se não há empenho, se não há paixão, se não há afeição. Sabe aquela historinha clichê que o amor é como uma semente? Que é preciso regar, cuidar e cultivar todos os dias? Pois é, por mais clichê que seja é verdade. O amor morre pela falta de zelo, pela falta de ser valorizado, pela falta de ser cuidado. O amor aguenta, suporta, resiste, sustenta, atura, admite, tolera e permite tudo, até chegar no seu limite. Até chegar no ponto que não importa quão grande o amor seja, ele simplesmente esgotou e usou todas suas forças tentando o seu máximo. O amor nasce e morre, não é inabalável, não adianta negar, bater o pé e teimar, o amor tem o seu fim.
Se existir esse lance de reencarnação, quem faz mal ao próximo e semeia negatividade, quando morre deve se materializar na região da faixa de Gaza!
Existe algo em mim que se manifesta, se expressa em
carne viva. Que mata e morre por vaidade, que caça noites
insanas pela sua certeza, que corre, que berra e
atropela dias e crucifica as horas.
É agua contida. Transborda e resiste, revolta. É um
sussurro na escuridão e um apelo pro fim do mundo.
O choro preso em noite de fantasia, e a morte desmascarada,
plenamente escrita por palavras inférteis e
loucuras dentro duma bolha.
Quando
Para Edison Simon e Eduardo Galeano
E então como as nuvens passam
E os homens morrem
Assim tão simples entes e mentes
Nada mais significam
São engodos
Nódoas
Mágoas
Coisas esquecíveis.
Simples entes e mentes
Ignoráveis.
Acordamos um dia como noturnos.
Entre fuzís e coturnos nos definimos libertários.
Perdidos entre o bucólico e o alcóolico nos dizemos apaixonados.
Mas nada é tão burguês quanto ser socialista.
É o mesmo que dizer temos queijo, mas não para ratos.
Temos vinho, mas vista o terno. Saiba termos. Regras.
Silêncios. Discrições descritas nos index
do bem comum.
Nada tão hipócrita.
A mortalha me serve.
É rede feita de linho.
Simples.
O sol é lindo.
O sal não arde.
De amor fui feito,
por amor lutei.
E as nuvens passam...
Um dia há de contrários, mas não eternidades.
É preciso o impreciso de verdades.
Então morremos. E sabemos
com tranquilidade
que não há mais dor.
Nem precisamos de esperanças.
Em breves, como em vidas, não havemos mais
lembranças ou
esquecimentos.
Nada mais além
do firmamento.
Sendo a esperança a última que morre, aqueles que já não mais se empolgam por nada, somente vagam, pois já faleceram
