O Silencio de uma Tela em Branco
T E E S P E R A N D O
Eu sei, tudo pode mudar.
Só não sei como tudo vai terminar.
Estou aqui de braços abertos, é só me ligar.
Coração na mão para te entregar.
Vai diz que volta, diz que vai chegar.
A pé ou de trem, só fala que vem, volta.
Decorei tudo a ser feito.
Tinha um plano para ser o escolhido, o eleito.
Só restou sua foto estampada no panfleto.
Que saudade do teu corpo sobre meu peito.
Vai diz que volta, diz que vai chegar.
A pé ou de trem, só fala que vem, volta.
O QUE VOCÊ PRECISA SABER DE MIM?
Meu vício é solitude, não solidão.
Ergui o muro, tranquei o portão.
O mundo ficou lá fora, mais do mesmo, eu não.
Remando contra a corrente, andando na contramão.
O que você precisa saber de mim?
No espelho o agora, no retrovisor o que teve fim.
As fotos nem sempre revelam a verdade.
Um tempo para não esquecer, surreal realidade.
Marionete, máscaras encobriam meu rosto.
A ampulheta não para, não sou mais moço.
Qual é sua senha? Qual é o seu signo?
Em cada desenho, tudo o que sinto.
Em cada olhar, em cada sorriso.
Te dou meu endereço, vem ficar comigo.
TESOURO DOS REMÉDIOS DA ALMA
Meu grito é meu escrito.
Triste, solitário, caótico, meio esquisito.
Meu escrito diz respeito a mim.
Lugar de fala, histórias que chegaram ao fim.
Não se recomeça o que acabou.
Apenas se colhe o que plantou.
Cabeça no infinito, pés no chão.
Raiz da árvore, bola de sabão.
A arte é cura, libertação.
Tradução da alma e coração.
Meu tesouro não é matéria.
Não foi conquistado gerando miséria.
VIVO
Cicatrizes, batalhas, histórias contadas.
Poucos triunfos, perdas contabilizadas.
Próximo nível do jogo, não emocionei a razão.
Arritmia, luz, câmera, ação.
A solidão do tamanho do mundo.
Alpinista de um poço bem fundo.
Perdi a guerra, não estou no poder.
Ainda me resta a última bala, é bom você saber.
Minhas impressões digitais estão em tudo que faço.
O sentimento, edificado em cimento e aço.
Trovador solitário, semeador de estrelas.
Esse sou eu, meus ideais, minhas bandeiras.
MONTANHA – RUSSA
Meus vícios, meus lixos, bichos prontos para atacar.
Não por medo ou instinto, prazer em devorar.
Areia movediça, não paro de afundar.
Sujeira debaixo do tapete começa a transbordar.
Tsunami de erros prestes a devastar.
Entre os carros parados na avenida estou a transitar.
Os ponteiros passam e nada de você voltar.
No branco do espelho seus olhos vem me flertar.
Não tenho mais dezoito, não tenho mais um lar.
Se erros precedem o acerto, espero ele chegar.
SOUL
Vou seguir ao teu lado até onde conseguir.
Aproveitar cada segundo e quando possível sorrir.
Já que o tempo é breve, que seja leve.
Tentar manter a calma, conectar-se com a alma.
Só te peço o que você pode dar.
Só te peço que mesmo sendo segundo, seja intenso.
Sua voz é música, seu toque é cura.
Seu olhar é luz, sua companhia é vida.
Há guerras que se perdem acreditando estar acampado as portas do paraíso, e quando você acorda percebe que está no sepulcro da liberdade.
CCF 08/01/2024
Era um vez, um garoto.
Vivia pensando, sempre, pensando.
Como um mergulho no mar, afundando.
Cada vez mais curioso, e ainda sim, desesperado.
Ou subia para respirar, ou descia para descobrir.
Só poderia escolher um só.
Morreria pra entender, ou viveria para duvidar.
Mas, no fim, por pensar demais, o garoto não subiu, nem desceu.
E ali mesmo morreu, sem nem poder se decidir.
Não comemore minha derrota muito menos a minha tristeza. Pois Deus, do tanto que é justo, na mesma medida que cobra de mim ele com certeza irá cobrar de você também.
Existem caminhos que queremos ir urgentemente, mas será que estamos caminhando com a mente ou o coração?
Não existe nada que sustente um grande amor se não houver antes, um alicerce estruturado, e isso está ligado a reciprocidade.
Poeticamente é sempre bom amar, o amor consolida o que antes era fragilizado pela fragilizada paixão, o amor é a certeza que deu tudo certo.
A infância…
Foi o tempo, que o tempo passou.
Quanto tempo mais se espera?
A paciência é o limite da alma.
Outrora, pequena menina
Corria pelo campinho com vestido verde, buscava seu pipa.
Que voava pelo céu
Suavemente sorria, tamanha alegria.
Em um instante
Um menino no campinho corta seu pipa.
Ela chorou, chorou
Ele viu e nada fez.
Até hoje essa menina
Espera pelo peixinho voltar no vento.
Quem sabe um dia seu pequeno, pipa amarelo limão.
Volte pelo vento!
Shirlei Miriam de Souza
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