O Passaro e a Rosa
“Ela dorme.
Dorme demais,
por sinal.
Dorme porque
nos sonhos,
ela tem a companhia,
que não tem
na vida real.”
E os críticos que tratam as evidências do manuscrito como homens racionais tratam todas as evidências e as testam pela razão e pelo conhecimento que adquiriram, estes são acusados de imprudência e capricho por cavalheiros que usam manuscritos como bêbados usam postes de luz: não para iluminá-los em seu caminho, mas para dissimular sua instabilidade.
O único inimigo que temos, mortalmente temido e repudiado, é a Certeza! A certeza nos afasta de tudo. Faz-nos perder o único sopro de vida que nos resta: a esperança!
Tem um mocinho namorador que nunca se apaixona por ninguém até conhecer a mocinha. Tem uma mocinha que vai sofrer bem muito porque o amor do mocinho é cheio de defeitos. Tem um bandido que só quer saber de matar o mocinho ou de ficar com a mocinha ou as duas coisas. Tem uma mulher que também quer o mocinho mas ele não quer nada com ela. E tem também mais uma ruma de personagens que vão ficar fazendo graça para animar a história. Uns vão terminar quase tão bem quanto o mocinho e a mocinha e outros quase tão mal quanto o bandido conforme eles ajudem ou atrapalhem o romance
* definição de romance de aventura no filme 'Lisbela e o Prisioneiro'
Amor, durma com os anjos e sonhe comigo, porque um dia você vai dormir comigo e sonhar com os anjos.
Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que posa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento