O Mundo me Espera

Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse.

Em algum momento […], as pessoas sempre vão embora. Talvez essa seja a pior coisa do mundo.

Hoje... a minha sede de infinito é maior do que eu, do que o mundo, do que tudo, e o meu espiritualismo ultrapassa o céu.

Se as pessoas convivessem umas com as outras em paz sem conflitos o mundo não estaria tão perdido e se desenvolveria.

Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. As coisas vão dar certo. Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.

Se a proposta for discordar, todo o mundo concorda.

Era uma vez um Mundo.

Meu som preferido no mundo é sua risada.

Mas nenhum desses silêncios chega perto
Do som que é viver ouvindo o mundo se locomovendo
(...)
Estar no centro do barulho nunca foi realmente uma solidão.

O mundo é um palco, mas o elenco foi mal escolhido.

Não sabia que as pessoas também podiam naufragar em aventuras. Hoje sei que todo mundo deve ter muito cuidado com elas.

Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.

Não sinto o menor desejo de brincar num mundo em que todos fazem batota.

Quando temos todos os sonhos do mundo é porque há certeza que sonhar é possível ao mesmo tempo de ter saúde.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Quem anda no mundo dos sonhos, acaba sempre tropeçando na realidade.

Outrora eu havia querido abandonar o mundo, mas hoje
estou praticamente seguro de que devia permanecer nele, fazer ato de presença. Trata-se mesmo do sentido de minha vida.

Na juventude, imaginamos o mundo repleto de felicidade e prazer, sendo que a única dificuldade é alcançá-los, enquanto na velhice sabemos que do mundo não há muito a esperar. Logo, acalmados por completo, fruímos um presente suportável e encontramos alegria até mesmo em miudezas.

Não vá você levar um farol a um mundo de sombras.
No máximo, lance por lá um pouco de luz,
e quem quiser luz seguirá rumo ao farol.
Atentai, pois, que existem mundos de sombras
porque existem pessoas que gostam de mundos de sombras.

A respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.