O Mundo me Espera
Descomplique. Não perca uma pessoa especial por medo de errar. Por medo de arriscar. O mundo já tem problema demais para você inventar mais um.
– Este mundo é tão perigoso quanto belo – começa – Quem não é útil, quem comete erros, pode ser descartado. Você pode ser descartada
(A Rainha Vermelha).
ÚLTIMO SUSPIRO
A escuridão abraçou minha alma vazia
Vejo meu mundo se diluindo, sufocado pela
Mortalha do destino.
Gotas rubras pingam de meus pulsos dilacerados
Frias, sem dor, sem vidas...
Nada mais importa, apenas meu último suspiro.
Vejo a luz esvanecer e a escuridão eterna me engolfar.
Sinto o mórbido sussurro da morte me chamando,
Enquanto a chuva entoa sua lamúria no vale da névoa fúnebre.
Minha essência melancólica mergulha
Na solidão da natureza morta.
Agora eu posso vagar ao lado dos emissários do silêncio,
Nas sombras gélidas, eu caminho em meio aos túmulos ermos
Sentindo as brisas deprimentes soprarem minha lápide!
Meu mundo agoniza, tudo que resta, são memórias esquecidas.
No orvalho da floresta, minhas cinzas caem e
São sopradas pelos ventos frios do inverno.
Agora posso voar como os corvos,
Enquanto meu espírito mórbido descansa
No vale do silêncio eterno.
Os homens agem sobre o mundo, modificando-no e são, por sua vez modificados pelas consequencias de sua ação.
A nós parece que o trabalho mais importante do mundo é o trabalho visível, mas nosso trabalho invisível para o aprimoramento da alma é o trabalho mais importante do mundo, e todas as outras formas só são úteis quando o realizamos.
As vezes parece que você carrega o mundo todo nas costas, por mais difícil e pesado que pareça ser você ainda continua carregando sem deixa-lo cair, por que simplesmente nesse mundo estão as pessoas mais importantes pra você.
Vozes D'África
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...
Qual Prometeu tu me amarraste um dia
Do deserto na rubra penedia
— Infinito: galé!...
Por abutre — me deste o sol candente,
E a terra de Suez — foi a corrente
Que me ligaste ao pé...
O cavalo estafado do Beduíno
Sob a vergasta tomba ressupino
E morre no areal.
Minha garupa sangra, a dor poreja,
Quando o chicote do simoun dardeja
O teu braço eternal.
Minhas irmãs são belas, são ditosas...
Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas
Dos haréns do Sultão.
Ou no dorso dos brancos elefantes
Embala-se coberta de brilhantes
Nas plagas do Hindustão.
Por tenda tem os cimos do Himalaia...
Ganges amoroso beija a praia
Coberta de corais ...
A brisa de Misora o céu inflama;
E ela dorme nos templos do Deus Brama,
— Pagodes colossais...
A Europa é sempre Europa, a gloriosa!...
A mulher deslumbrante e caprichosa,
Rainha e cortesã.
Artista — corta o mármor de Carrara;
Poetisa — tange os hinos de Ferrara,
No glorioso afã!...
Sempre a láurea lhe cabe no litígio...
Ora uma c'roa, ora o barrete frígio
Enflora-lhe a cerviz.
Universo após ela — doudo amante
Segue cativo o passo delirante
Da grande meretriz.
....................................
Mas eu, Senhor!... Eu triste abandonada
Em meio das areias esgarrada,
Perdida marcho em vão!
Se choro... bebe o pranto a areia ardente;
talvez... p'ra que meu pranto, ó Deus clemente!
Não descubras no chão...
E nem tenho uma sombra de floresta...
Para cobrir-me nem um templo resta
No solo abrasador...
Quando subo às Pirâmides do Egito
Embalde aos quatro céus chorando grito:
"Abriga-me, Senhor!..."
Como o profeta em cinza a fronte envolve,
Velo a cabeça no areal que volve
O siroco feroz...
Quando eu passo no Saara amortalhada...
Ai! dizem: "Lá vai África embuçada
No seu branco albornoz... "
Nem vêem que o deserto é meu sudário,
Que o silêncio campeia solitário
Por sobre o peito meu.
Lá no solo onde o cardo apenas medra
Boceja a Esfinge colossal de pedra
Fitando o morno céu.
De Tebas nas colunas derrocadas
As cegonhas espiam debruçadas
O horizonte sem fim ...
Onde branqueia a caravana errante,
E o camelo monótono, arquejante
Que desce de Efraim
.......................................
Não basta inda de dor, ó Deus terrível?!
É, pois, teu peito eterno, inexaurível
De vingança e rancor?...
E que é que fiz, Senhor? que torvo crime
Eu cometi jamais que assim me oprime
Teu gládio vingador?!
........................................
Foi depois do dilúvio... um viadante,
Negro, sombrio, pálido, arquejante,
Descia do Arará...
E eu disse ao peregrino fulminado:
"Cam! ... serás meu esposo bem-amado...
— Serei tua Eloá. . . "
Desde este dia o vento da desgraça
Por meus cabelos ululando passa
O anátema cruel.
As tribos erram do areal nas vagas,
E o nômade faminto corta as plagas
No rápido corcel.
Vi a ciência desertar do Egito...
Vi meu povo seguir — Judeu maldito —
Trilho de perdição.
Depois vi minha prole desgraçada
Pelas garras d'Europa — arrebatada —
Amestrado falcão! ...
Cristo! embalde morreste sobre um monte
Teu sangue não lavou de minha fronte
A mancha original.
Ainda hoje são, por fado adverso,
Meus filhos — alimária do universo,
Eu — pasto universal...
Hoje em meu sangue a América se nutre
Condor que transformara-se em abutre,
Ave da escravidão,
Ela juntou-se às mais... irmã traidora
Qual de José os vis irmãos outrora
Venderam seu irmão.
Basta, Senhor! De teu potente braço
Role através dos astros e do espaço
Perdão p'ra os crimes meus!
Há dois mil anos eu soluço um grito...
escuta o brado meu lá no infinito,
Meu Deus! Senhor, meu Deus!!...
São Paulo, 11 de junho de 1868
Não perca a essência... não se perca em meio a esse mundo falso, hipócrita e puritano... seja sempre vc... não se importe com o que os outros pensam... falam.. afinal.. vc própria sabe de si.. se conhece perfeitamente e não precisa e nem nunca precisará agradar e dar satisfações de si aos outros...
Sereias Existem
Num mundo gélido e fatídico eu rastejava
Sofria na alma a não calma
Lagrimas eram maiores que sangue jorrava
Putrefações dos corpos pós traumas
Não deixe minha essência fenecer
Amordaçar a minha fúria antes do amanhecer
Coração batendo 4/4 até doer
Sonos atormentados são assim: Dormimos sem nos mexer
Noites? Dia? Não sei discernir
Tento encaixar as palavras para sentir
Agradeço a todos por me agredir
Arranco meus olhos e enxergo melhor, assim eu não consigo fingir
Poderia este, ser um poema de amor, de dor ou de alegria
Mas nenhuma palavra representaria a melancolia
Explode em ondas minhas reminiscências
De pensamentos indubitáveis, totalidades de sombras e aparências
Os queixos tremulam e mãos petrificadas materializam a dor
Fluidos, pensamentos sugestivos e horror
Destituído da essência comum e sem pudor
Neste turbilhão de exageros retrato a nuance do olor
Eu me pergunto sereias existe?
Queria ludibria-me com um canto épico e sombrio
Jogar-me sem noção de dor atraído pelo doce sombrio assobio
Eu me pergunto sereias existe?
Não cobre sinceridade de mim, se contente em não saber os detalhes. Sempre acabo magoando todo mundo com coisas que poderiam não ter sido ditas.
Coração Ferido
Se o amor fosse vendido
todo mundo iria cuidar
mas como é doado
não sabem valorizar
Se o seu você doar
pode ser ofendido
pois não irão cuidar
do seu coração ferido
As pessoas só sabem
o coração dos outros ferir
desde quando elas nascem
amor não sabem sentir
Um dia elas vão sofrer
com todo esse amor sofrido
vão até querer morrer
por conta desse amor bandido
Geralmente pensamos no mundo como alguma coisa distante e separada de nós, mas nós somos a vida do universo em constante movimento. Podemos até dizer que o mundo somos nós.
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