O Homem que Nao se Contenta com pouco

Cuidado para não chamar de inteligentes apenas aqueles que pensam como você.

Não se deixem enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem.

Quem se despreza a si próprio não deixa mesmo assim de se respeitar como desprezador.

O dinheiro não nos traz necessariamente a felicidade. Uma pessoa que tem dez milhões de dólares não é mais feliz do que a que tem só nove milhões.

Se você está atravessando o inferno... não pare.

Dizeis: darei só aos que precisam. Mas os vossos pomares não dizem assim; dão para continuar a viver, pois reter é perecer.

Não há maior dor do que a de nos recordarmos dos dias felizes quando estamos na miséria.

A preocupação deveria levar-nos à ação e não à depressão.

Quando as palavras não são tão dignas quanto o silêncio, é melhor calar e esperar.

O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tampouco lhe é adverso: é-lhe indiferente.

Não há mal nenhum em mudar de opinião. Contanto que seja para melhor.

Uma única coisa é necessária: a solidão. A grande solidão interior. Ir dentro de si e não encontrar ninguém durante horas, é a isso que é preciso chegar. Estar só, como a criança está só.

Pelos mesmos caminhos não se chega sempre aos mesmos fins.

O egoísmo não é amor por nós próprios, mas uma desvairada paixão por nós próprios.

Não se pode manter a paz pela força, mas sim pela concórdia.

Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é preciso levar também a rede.

A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.

Escrevi uma vez que era um cético que só acreditava no que pudesse tocar: não acreditava na Luiza Brunet, por exemplo. Cruzei com a Luiza Brunet num dos camarotes deste Carnaval. Ela me cobrou a frase, e disse que eu podia tocá-la para me convencer da sua existência. Toquei-a. Não me convenci. Não pode existir mulher tão bonita e tão simpática ao mesmo tempo. Vou precisar de mais provas.

As crianças são quase sempre felizes, porque não pensam na felicidade. Os velhos são muitas vezes infelizes, porque pensam demasiadamente nela.

Há apenas um tipo de comunidade que pensa mais em dinheiro do que os ricos: os pobres. Os pobres não conseguem pensar em mais nada.