O Homem que Nao se Contenta com pouco
As vezes vemos pessoas que aparentemente tem tão pouco ou quase nada e dividem o pão. Outras vezes, encontramos pessoas com aparentemente tudo, sem saber o verdadeiro valor de compartilhar. É claro que o bom coração não escolhe classe social. Porém, me admira ver o carinho de alguns moradores de rua ou de pessoas simples, que mesmo diante de grandes dificuldades têm um amor tão grande capaz de dividir...Isso é grandeza de coração! Elevação da alma...
Não importa o que você tenha, tu nunca os irá possuir. Deste mundo não levamos os bens que adquirimos, mas todo bem que fizermos ao próximo. Não levaremos jóias ou tesouros, mas levaremos o amor que aprendemos a compartilhar e o pão que nos dispomos a partilhar...
O luto é sagrado, pouco importando quem seja o finado; pois, diante de nossos olhos está exposto, junto com o cadáver velado, o destino silente e irrevogável reservado à todos.
Agradecer!
É pouco mas é decente
mesmo assim me sinto bem
o nosso povo é carente
sem reclamar de ninguém
agradeço pelo presente
porque sei que muita gente
nem mesmo esse pouco tem.
Pouco importa se joguei pedras na janela errada e acordei a seu vizinho, foi alguns tragos e uns copos de vinho e vontade de te ver.
Com muito pouco
me locupleto:
um pouco de amor,
uns poucos filhos,
leve carinho,
humilde teto...
O pouco é tudo
no se e quando sincero,
real e completo!
Fugaz
Preciso fugir,
Me perder
E encontrar um pouco de paz,
Eu preciso fingir,
Disfarçando a mesmice,
A rotina,
Solidão;
Ah
Eu preciso,
Preciso ir,
Esgueirando-me na culpa,
Abdicando do tempo,
Cantarolando rouco,
Justificando minhas fugas
Para moucos-embriagados,
Sujeitos-injustiçados;
E no caminho quem sabe
Redescobrir o marasmo,
A monotonia,
O prédio construído de tédio;
Ah
Deve
Nesses andares
Haver melhor lugar
Para estacionar minha inocência,
Coerente incoerência,
Uma mixaria que ainda me resta,
Paradoxo particular.
Preciso dar no pé,
Ensebar as canelas,
Subir,
Sumir,
Escapar
Deste lado do hemisfério ferino,
Insatisfeito com metades,
Maldizendo os retalhos,
Recolhendo as ambições e vivendo,
Precário,
Limitado;
E mais uma vez mudar,
Reinventar o eu,
O fazer,
A juventude perdida,
O devaneio de amar.
Eu estou saindo depressa,
Saindo daqui
Com a esperança de um dia
Reaver o novo,
Num incidente-previsto
Me encontrar de novo,
E nesse novo-antigo lugar
Que também tem validade,
Novamente tentar
Reconstruir,
Escapando de mim,
Do outro,
Das vaidades,
Simplificando,
Sabendo que um dia
Tudo se repete,
O caminho já trilhado,
O percurso já sabido;
O amor mal amado,
Os valores mal vividos,
Voltando o adulto a ser criança,
E acreditando
Que aos tanto e poucos anos
Se pode recomeçar
Sim
Pode recomeçar
Sofrer mais um pouco, um pouquinho ? Quanto seria a mais, quanto tempo? Já são tantos, tantas saudades, lembranças, vontades...já são noites incontáveis sem sono, no abandono. Sonhos não vividos, sonhados...desejos que não acabam, infinitos ! Querer toques, abraços, aconchego...querer colo. Já são tantas frases ditas, repetidas...quantos poemas, poesias escritas, dedicadas...músicas pedidas, lembradas. Mais um pouco, um pouquinho ? São horas infinitas, dias após dias de querer, de sonhar acontecer, de esperar...são descontroles vez em quando, raiva, desespero...são esperanças ! Até quando ? Até quando teria esse tempo, seria esse tempo pra nós, quando ?
Sensação de inutilidade ou baixa autoestima pode ser o reflexo de uma sucessão de escolhas pouco genuínas para si.
Não é fácil ser você mesmo, mas no final acho que seria pior sentir a dor de ser um eterno vazio.
O SILÊNCIO! - A melhor arma de arremesso dos que, em ignorância, ousam criticar
sobre o que pouco ou nada sabem,
tampouco percebem.
E então olhas-me com essa cara de anjinho, como quem diz: "espera-me só mais um pouco", querendo manter-me numa redoma, enquanto conferes pela enésima vez, se sou mesmo eu, a tal, especial entre as mulheres. E, com grande lata, voltas sempre.
Sabes que mais? Já foste!... E de vez!
Se o perdoar só é fácil e divino, na ação de outras pessoas, nada impede que então sejamos, um pouco mais pacientes. (taw ranon)
