O Espiritismo na Arte Leon Denis
Poema da Gare de Astapovo
O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos
E foi morrer na gare de Astapovo!
Com certeza sentou-se a um velho banco,
Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso
Que existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundo
Contra uma parede nua...
Sentou-se ...e sorriu amargamente
Pensando que
Em toda a sua vida
Apenas restava de seu a Glória,
Esse irrisório chocalho cheio de guizos e fitinhas
Coloridas
Nas mãos esclerosadas de um caduco!
E então a Morte,
Ao vê-lo tao sozinho àquela hora
Na estação deserta,
Julgou que ele estivesse ali à sua espera,
Quando apenas sentara para descansar um pouco!
A morte chegou na sua antiga locomotiva
(Ela sempre chega pontualmente na hora incerta...)
Mas talvez não pensou em nada disso, o grande Velho,
E quem sabe se até não morreu feliz: ele fugiu...
Ele fugiu de casa...
Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade...
Não são todos que realizam os velhos sonhos da infância!
Aquele que contigo fala dos defeitos dos demais, com os demais fala dos teus.
Esqueça as consequências do fracasso. O fracasso é apenas uma mudança temporária de direção para te posicionar diretamente para o seu próximo sucesso.
Perguntaram um dia a alguém se havia ateus verdadeiros. Você acredita, respondeu ele, que haja cristãos verdadeiros?
Não existe nada tão raro como um homem inteiramente mau, a não ser talvez um homem inteiramente bom.
Erros são dolorosos quando eles acontecem, mas anos mais tarde, a coleção de erros é o que é chamado de experiência.
Em qualquer país em que o talento e a virtude não produzam progresso, o dinheiro será a divindade nacional.
Penso que é indispensável fazer um grande mal momentâneo para que venha a ser possível um grande bem duradouro.
