O Espiritismo na Arte Leon Denis
DIANTE DAS ADVERSIDADES E DOS OBSTÁCULOS ENCONTRADOS OU COLOCADOS POR MIM EM MEU CAMINHO E, DA PLENITUDE LIMITADA DE MEUS PENSAMENTOS INFINITOS, PUDE CONSTATAR QUE NA ESTRADA QUE DECIDI SEGUIR NÃO HÁ CERTO OU ERRADO, BOM OU RUIM, BEM OU MAL. HÁ SOMENTE EU...INSATISFEITO COMIGO MESMO E BUSCANDO MUDAR AQUILO QUE É IMUTÁVEL, O EU. A PERSONALIDADE, A ESSÊNCIA ÚNICA DAQUILO QUE NÃO EXISTE PAR, QUE É SINGULAR, IMPAR. E ENTÃO RECONSIDERO...POIS DENTRO DA RAZÃO NÃO HÁ SENTIMENTO E O INVÉS É RECÍPROCO. LOGO, TORNO-ME AQUILO QUE NUNCA FUI E QUE SEMPRE QUIS ME TORNAR, EU!
POR ELA SOMOS, ESTAMOS, RIMOS E CHORAMOS, MATA E VIVIFICA;
NADA É SE NÃO POR ELA, ÀS VEZES FEIA ÀS VEZES BELA;
A TRISTEZA QUE TRAZ, A ALEGRIA QUE APRAZ;
DELEITA-TE NO BERÇO DE MEUS VERSOS, OH PALAVRA! MINHA HUMILDE SENHORA, QUE OUTRORA RABISCADA, OU EM PROZA FALADA, NOS DEVORA.
Desisto, não sou kamicaze
desespero, rota de colisão
ferida se fecha com gaze
não caio, tenho um corrimão
Nos olhos de mero andante
sorri e bebi dum vulcão
sofri como manada berrante
sufocado de uma erupção
Não posso, sou renunciante
nas mãos, me envolve um vento
caio em prantos, dor torturante
não tem jeito, sou puro lamento
Tão vazio está este pátio
no silêncio ruge um leão
há vozes e no fundo um rádio
que figura, morrer por arpão
Respiro, desejo que arde
confesso, ouvir sua dicção
insisto, não sou kamicaze
sincero, sou seu guardião.
(Kamicaze - Denis Santana - 2015)
Fico perdido, mão trêmula
olho para o céu, vejo azul
teu cheiro como bússola
inebria, costas para o sul
No caminho, chuto pedras
cabisbaixo com o fracasso
arando, caindo na cratera
fogo forjando em pedaços
Me resta amizade, fantasiosa
apenas no rosto, mais um beijo
contato queima, pele vertiginosa
faísca, risco e fuga, devaneio
Um nome, não sei, talvez Lola
no peito, com L num brazão
canto, danço, numa gôndola
tristeza fim, aspiro abolição.
(Lola - Denis Santana - 2015)
Desisto do coração
vou pensando seriamente
jogar no calabouço
proteger avidamente
Desisto de me entregar
olhos fechados pra riqueza
não tenho para dar
sem barco em Veneza
Desisto de me encontrar
não quero me entender
é impossível que me vejas
frio intenso a viver
Desisto de rimar
as palavras são avessas
quando tento te falar
entre trilhas tão espessas
Desisto de mentir
ter coragem, me enganar
eis a vida que é tão seca
deserto vou nadar
Desisto disso aqui
em meu quarto vou ficar
não tenho para onde ir
medo, medo de amar.
(Desertor - Denis Santana - 2015)
Uma voz chamou Cristine
mas ela não respondeu
não há lua que ilumine
estou perdido neste breu.
Não negue que me amou
Cristine, me dê uma razão
não me digas que cessou
o calor do seu coração.
Simples, cale meu olhar
me deixando na tristeza
teu respirar é meu lugar
súdito de sua nobreza.
Eu preciso ter razão
caminhar com mais destreza
pensar com o coração?
suspiro com muita incerteza
Cristine, eu preciso ir
ainda não me respondeu
estou a beira de falir
eis que o dia amanheceu.
(Cristine II - Denis Santana - 2015)
Já não parece ser tão longe
seu coração de onde estou
bela, como este horizonte
suspirante, meu suspiro herdou
Olhando pelo canto da janela
reflete no vidro o seu desenho
te encosto, dou um beijo com cautela
seu gosto, meu amor, sou eu quem tenho
Seguro forte, te olho deste jeito
feche os olhos, quero te ver sorrindo
Minhas mãos deslizam no seu peito
sussurrando, como o vento bramindo
És meu calor, princesa fabulosa
és madeira, e eu seu artesão
delícia, uma pedra preciosa
eternamente, guarde minha confissão.
(Confissão - Denis Santana - 2015)
Com um jeito bonito e acanhado
é um riso tímido que encanta
muito mais do que eu havia sonhado
meu coração transborda e canta.
Pele clara, um cheiro cobiçante
seus cabelos, minha morada
entre meus dedos, és viajante
fito, apalpo, poeira dourada.
Penso, que me absorves no peito?
olhar, simples no lugar a que foi feito
uma selva primorosa para o leão
uma música fabulosa para o refrão.
Linda, seus passos e sombra pela rua
vida, sol e lua, se encantam ao ver
flores, um perfume, presença sempre sua
sem ar, tortura, meus sentidos vou manter.
(Riso - Denis Santana - 2015)
Pobre coração que se engana
que se comporta como tolo
bandido e traidor quando ama
só mente e causa dolo.
Se não estiver tudo bem
como sabes que esteve
pois de ti fui refém
e ninguém me deteve.
Ficou tudo mais claro
sigo a trilha do medo
levando objeto raro
revelando segredo.
Como sabes vou estar aqui
misturado na multidão
se conseguires me ver
segure a minha mão.
Desabando bem profundo
uma espada no coração
rejeitado em teu mundo
sou cego na escuridão.
(Traidor - Denis Santana - 2015)
Ser feliz é complicado
mundo gira, cada passo
voa cavalo alado, algemado
cantando, perder o compasso.
Cantarolar em dor maior
dor que prende num bemol
sentir no peito dó maior
agonizo na espera dum sol.
Sinto caminhar, sem chegar
molho lábios em brisa nebulosa
saio em prantos, corda, sufocar
sou filme de noite conflituosa.
Se por vezes teu caminho odiei
pois fui cão na corrente de sua mão
ingenuo no tanto que te bajulei
me enterro no meio da solidão.
Sou árvore e tu minha poda
mas cresço, em cada estação
eres carro e eu sua roda
zombas, pisas no coração.
(No meio da solidão - Denis Santana - 2015)
Há tanto tempo não escrevo
certas coisas que preciso ouvir
razão qualquer, talvez medo
acordando dum sonho a sorrir.
Sou pássaro a fugir da gaiola
que passou a vida em segredo
não aprendi a voar mundo a fora
quando arrisco sinto ofegante o peito.
Andante sou, andarilho com asas
tenho algo que não, não sei usar
coração, uma vontade que falha
momento, dum sentimento mostrar.
No caminho de tantos cascalhos
fito meus olhos na fina lua nova
poeira de ondas, delicia de orvalho
aspergindo ouro num céu que renova.
Uma vida que vai, noutra vida que vem
chuto ventos, fingindo não me entregar
num querer dum respiro daquilo que tens
fragrância dum beijo de pássaro encantar.
Sigo a pouco escrever, sem ter
sentindo meu próprio canto ecoar
num corredor, de mãos como asas
sou ave migrante, buscando lugar.
(Pássaro - Denis Santana - 2015)
Pairar com o sofrimento
tapete mágico da paixão
ponteiro estalando lento
tempo contado em grão.
Apostar num jogo de azar
sabendo duma decisão
guilhotina a degolar
vida dum atento coração.
Se fria quiseres me arrancar
com força que tens nas mãos
prefira de uma vez me matar
a judiar lentamente em corrosão.
Sabes, meu sorriso é falso
por dentro, pura solidão
estrela dum brilho fraco
sozinha, nessa imensidão.
(Corrosão - Denis Santana - 2015)
"Conheci o mundo e ele não me reconheceu, conheci as pessoas e elas não me reconheceram, conheci o amor, e entendi o mundo e as pessoas."
Te olhei, e surgia a certeza de uma novo história, uma nova paixão, te vi indo embora, e tive a certeza em meu coração,
foi bom, como foi bom o nosso amor de verão.
"O reflexo das suas escolhas não esta no amanhã, o reflexo de suas escolhas, esta em um futuro próximo, hoje, o reflexo da minha escolha, é te amar sem te ter."
"Me sento a beira do mar, me pego a pensar em você e logo me vem a realidade da distância e os motivos, me pego a pensar em você."
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp