O Dificil Facilitador do Verbo Ouvir
Pupila, do verbo dilatou quando te viu,
Inundou de saudade quando partiu.
Pupila, do intransitivo, floriu,
Do inevitável, triste, murchou e caiu.
Pupila, do arregalar da insônia,
Ao ficar acordada, em versos e nostalgia.
Pupila, que brilhou no teu sorriso,
Apagou no luto, um vão indeciso.
Karina Megiato
_KM_
26/02/2025 03:04
Em algum ponto, antes de qualquer linha ser traçada, antes de qualquer verbo ser conjugado, existe a semente. Ela não é uma simples entidade, um grão que se enterra na terra, mas a semente que é tudo e nada, que é o princípio e o fim, e talvez, tudo o que há entre os dois. Ela não nasce de um ponto fixo, mas de uma distância infinita, de um lugar que não pode ser nomeado, um espaço onde o tempo dissolve suas fronteiras. Não há uma origem visível, e quem se atreve a procurá-la, em sua busca incansável, se perde na vastidão do que não pode ser compreendido.
A semente, em sua essência, é um paradoxo. Ela contém o tudo e o nada, o ser e o não ser, como se tivesse sido depositada no mundo para questionar nossa própria compreensão da realidade. Ela não se explica, ela apenas é. E ao ser, ela se torna o princípio de tudo o que existe e do que jamais existirá. O Arvoricionismo não tem pressa de se mostrar porque, em sua origem, ele já está presente em todas as coisas. Ele é semente, ele é árvore, ele é o que cresce nas sombras e o que se desvenda no amanhecer. Ele não precisa ser visto para existir, assim como a semente não precisa ser reconhecida para germinar.
E o mais curioso é que, mesmo invisível, ela se espalha. Não em direção ao futuro, mas ao presente. Ela não aponta para o amanhã, mas para o eterno agora, para o instante em que tudo se confunde no movimento do ser. O Arvoricionismo, assim como a semente, não é algo que possa ser preso em conceitos ou moldado por definições. Ele cresce como o vento que move as folhas, como a noite que se dissolve nas primeiras luzes do dia — sem saber exatamente quando começou ou onde terminará. Ele é, antes de tudo, um convite. Mas para onde? Ou para quê? Talvez o próprio convite seja a resposta: para aquele que ousa ser, sem entender.
A dança dos extremos
Na praça do tempo, a extrema direita grita,
Faz da espada seu verbo, da fúria sua escrita.
É um vendaval que ruge entre os campos de dor,
Plantando espinhos onde o trigo já foi amor.
Lá vem o cavaleiro, com bandeiras rasgadas,
Ecoando promessas de glórias passadas.
Mas são sombras de reis que nunca existiram,
Fantasmas de um poder que tantos sucumbiram.
E do outro lado, suave, a esquerda caminha,
Com pés descalços sobre a terra que alinha.
É o sopro da aurora no campo semeado,
O canto das mãos que constroem o legado.
Dos livros nascem pontes, dos sonhos, revoluções,
É o abraço do povo contra as prisões.
Mas a bonança tem curvas, também seus tropeços,
Pois no campo das ideias, há espinhos nos começos.
A história é mestra, nos sussurra ao ouvido:
Já vimos extremos ferirem o perdido.
Mas também vimos florescer, em terreno infértil,
A coragem de lutar, ainda que em solo hostil.
Que não nos guie o ódio, que não nos cegue o temor,
Que a mão que aperta o punho também saiba dar flor.
E que na dança dos extremos, o equilíbrio seja o fim,
Para que a história cante o melhor de seu jardim.
Significado de Reportar
verbo transitivo direto e bitransitivo Referir, atribuir: reportavam-lhe a responsabilidade. Tornar comedido, moderado, contido; moderar-se: reportar sentimentos e emoções. verbo transitivo direto, bitransitivo e pronominal Aludir, remeter; referir-se: reportou-se às memórias de outros tempos.
nao tem cacher ainda mais vou rezar por voce.
O poema que saiu andando.
Filho,
te inventei sem saber verbo.
Foste broto em meu osso.
Um punhado de manhãs dentro da minha carne.
Tu me viste antes de eu saber que existia.
Sabes dos meus escondidos,
dos meus becos sem luz,
dos passarinhos mortos dentro do meu silêncio.
Teu choro me abriu fendas.
Teu riso me pintou paredes.
Meu corpo virou pássaro sem asas pra te esperar.
Minha alma virou ninho sem entender voo.
Agora andas vestido de chão próprio.
Teu nome não me cabe mais nos dentes.
És árvore que me espiou por dentro,
raiz que virou rio.
Maior que eu. Melhor que eu.
A minha coisa mais bonita.
O poema que saiu andando,
descalço de mim.
Menestrel do Mucuri
No berço febril de uma terra encantada,
O verbo floresce em candura e luz.
Nas trovas ardentes de alma inspirada,
O bardo se eleva, qual astro que reluz.
Perfume que dança no vento sereno,
Na rosa que exala ternura e paixão,
Rastro de estrelas num céu tão ameno,
Beleza que acende do peito a emoção.
No manto da noite, segredos se entregam,
Nos versos sublimes de amor sem igual.
Saudade e desejo, em sonhos navegam,
No barco singelo de um bem imortal.
Arrebol que brilha nas pedras douradas,
Tesouros que ecoam em Teófilo Otoni,
Dos montes altivos às luas prateadas,
A lira do poeta jamais se abandona.
No alto do Iracema, esplêndido brilho,
Resgata a essência da vida febril.
No peito do homem, em verso intranquilo,
Canta o Menestrel do vale sutil
O verbo desistir jamais deve constar do vocabulário de quem tem filhos com problemas.
A manifestação do Verbo Vivo que se fez carne foi o evento histórico que dividiu o universo, mudando os rumos da trajetória humana, transformando vidas e quebrando paradigmas.
MÃE É VERBO. DE AÇÃO
Mãe não é uma palavra qualquer.
Não cabe em qualquer definição.
Mãe é verbo. Está sempre em ação!
Mãe é verbo regular
perito em descobrir nossas irregularidades.
Mãe é verbo que só deveria
ser conjugado no presente e futuro.
Mãe não tem limites,
sempre encontra tempo
para “aninhar” todos os filhos.
Mãe é verbo em todas as vozes.
É voz ativa que nos ensina,
voz passiva que ouve nossos silêncios
e aquela voz reflexiva
que seguimos como exemplo...
Mãe é um sem número pessoas
numa mesma mulher.
É tão singular e plural
que no mundo não há outra igual!
Mãe é verbo em permanente estado
de amor, emoção e dedicação.
Ângela Rodrigues Gurgel
Mãe além do universo
Mãe...
É o verbo amar,
Que nos dá orientação,
Para continuar,
Diante do seu olhar.
Por tudo o que nos ordena,
A sua presença em nossa cena,
Com certeza absoluta,
Por meio de sua conduta,
Mãe é altamente gratificante,
Por fazer tudo de coração constante.
Mãe é nesse reconhecimento,
Que eu vivo esse momento,
De ouvir os teus sentimentos.
Com essa atitude em mente,
Semeando virtudes
Em nosso ser coerente,
Mãe é uma conexão
Permanente,
Em nosso mundo existente.
Mãe além do universo,
Do seu dia diverso,
No poema do teu verso,
Na poesia do teu ser imerso.
Com sua palavra segura,
Qual o filho que não te procura?
Em sua vida diária,
Por ser tão imaginária,
Mãe uma mulher
Hospitaleira,
Fiel e verdadeira,
Mãe é um capítulo
Á parte,
Dessa sua história
Que eu faço parte.
E que o seu amor
Por nós a tudo se reparte.
Mãe que veio cumprir,
O seu dever de existir,
Que ama ardentemente,
Tão espontaneamente,
Mãe é um ser preciso,
Para ver o teu sorriso,
No meio de tudo isso.
Mãe que permite
Conhecer,
A vida no teu ser.
Mãe que nos ensina
A não murmurar,
Com o tempo de vida passar,
Que nos disciplina
A não julgar,
Outros que estão a errar.
Mãe um ser transparente,
Que sem ressentimento
Quer sempre estar
Presente.
Poeta Mbra ✍️
Direitos Autorais Reservados .
D.A.9610/98
Brasil🇧🇷
VERBO(A)
Qual é a diferença
entre o verbo e a verba?
Nenhuma.
Pois só quem tem verba
pode usar o verbo.
***
Conjuga-se o verbo,
almejando a verba.
E o verbo,
que no princípio era “amar”,
torna-se a mais letal arma.
(Guilherme Mossini Mendel)
Amar pelo amor se tornou bem raro
O verbo amar agora, é bem melhor
do que o verbo amei o que perdi...
O verbo "εἰμί" (eimi), usado em Hebreus 11.6, nos chama a crer não apenas na existência de Deus, mas em Sua realidade viva, presente e relacional.
Conjugando o verbo amar
Conjugando o verbo amar, em cada verso e rima,
Desenho um mundo onde o amor é a nossa sina.
No presente, amo-te com toda a intensidade,
No passado, amei-te com a mesma verdade.
No futuro, amar-te-ei com ainda mais fervor,
Pois o amor é eterno, não conhece o temor.
Amamos nas manhãs de sol e nas noites de luar,
Amamos nos momentos de riso e nos de chorar.
Amar é verbo que se conjuga no olhar,
No toque suave, no desejo de cuidar.
É sentir o coração bater mais forte,
É encontrar no outro a nossa sorte.
Amar é verbo que não se cansa de ser dito,
É o sussurro doce, o abraço infinito.
É a promessa de estar sempre ao lado,
É o sonho compartilhado, o destino traçado.
Conjugando o verbo amar, construímos nossa história,
De momentos simples, de vitórias e de glória.
Amar é verbo que nos une, que nos faz viver,
É a essência da vida, é o nosso bem-querer.
Natal, dia de lembrar da Revelação de um Mistério. Do Verbo de Deus que se fez Carne. Deus entregou seu Filho ao mundo. Jesus, viveu e morreu por nós. E você vai comemorar papai noel?? Valhei-me.
PENA E POESIA
Não... não sintas pena de mim!
Enquanto houver força no verbo,
mesmo sem força nos braços,
haverá ainda a força da mão,
que empunha firme a pena,
que delicada grafa o verso!
Claudio Broliani
