O Amor Nao se Espera Nao se Pede Nao se Implora
Não adoro o passado
não sou três vezes mestre
não combinei nada com as furnas
não é para isso que eu cá ando
decerto vi Osíris porém chamava-se ele nessa altura Luiz
decerto fui com Isis mas disse-lhe eu que me chamava João
nenhuma nenhuma palavra está completa
nem mesmo em alemão que as tem tão grandes
assim também eu nunca te direi o que sei
a não ser pelo arco em flecha negro e azul do vento
Não digo como o outro: sei que não sei nada
sei muito bem que soube sempre umas coisas
que isso pesa
que lanço os turbilhões e vejo o arco íris
acreditando ser ele o agente supremo
do coração do mundo
vaso de liberdade expurgada do menstruo
rosa viva diante dos nossos olhos
Ainda longe longe essa cidade futura
onde «a poesia não mais ritmará a acção
porque caminhará adiante dela»
Os pregadores de morte vão acabar?
Os segadores do amor vão acabar?
A tortura dos olhos vai acabar?
Passa-me então aquele canivete
porque há imenso que começar a podar
passa não me olhas como se olha um bruxo
detentor do milagre da verdade
a machadada e o propósito de não sacrificar-se não construirão ao sol coisa nenhuma
nada está escrito afinal
Não há nada mais perigoso do que acreditar que se detém a fórmula que vai continuar sempre conduzindo ao sucesso
LUMIAR
Dou-me conta do nome a que reduza
sua história este lugar e entendo
como um nome não é somente o som
arbitrário que a minha mão regista
prendendo o designado: um mar
sob a luz fina; tanto tempo fixa
um lugar no seu corpo, que se torna,
tal como o tempo que contém, flexível
O nome do lugar sempre designa
a fluidez da vida retida
(A moeda do Tempo, Assírio & Alvim, 2006)
O TEMPO A VIDA
Não coincide o tempo com a vida
tão tarde o aprendemos
Fora dele vivida conhecemos
antes de nela entrarmos a saída
Num retrocesso intemporal vivemos
intemporal decerto é a nossa vida
(O vocábulo tempo, Rua de Portugal, Assírio & Alvim, 2002)
- Confie em mim.
- Confiança não se pede, se conquista.
- Mas eu te amo.
- Foi o que você disse semana passada para outra garota.
Saudade não pede licença, entra, te maltrata, vai embora, volta quando quer e nos atormenta incansavelmente. Nunca estamos preparados.
Ela pediu um beijo e ele deu. Não como quem pede às cegas, mas porque ela sabe que ele dará. Ele, que se divide entre seus planos e todos aqueles afazeres diários, sabe que por aquele momento, quando ela junta seus lábios e fecha os olhos assim, já não é de mais ninguém. Torna-se um devoto, um pedaço de metal atraído por magnetismo.
Será que ela sabe o impacto que o faz? Que aqueles olhos pequenos e lábios cerrados na direção dele fazem da sua crença natural ao ceticismo um convite à loucura? Que aquele não é só um beijo, mas a chave que o destranca por dentro? Se soubesse, quem sabe ela o economizaria como quem percorre o deserto com apenas um cantil de água. Mas melhor que não saiba, porque ele não teve mais sede.
Ele a percebe de olhos fechados e, antes de retribuir, deixa escapar um sorriso. Ele sorri momentos antes de beijá-la, ela não pode ver. Sorri porque, além do beijo, ela pediu sua companhia e seu amor, e ele também a deu. Seu sorriso é a resposta ideal ao pedido dela. Na sua memória ficará que, de tudo que podem viver, e de todas as aventuras que devem compartilhar, tudo começou com aquele beijo que ela pediu - e ele deu
"Aquele que pede a Deus o perdão de suas faltas não o obtém senão mudando de comportamento. As boas ações são a melhor prece, porquanto os atos valem mais do que as palavras."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
Não dê conselhos a quem pede esperando ouvir aquilo que quer e não o que precisa ouvir, é perda de tempo, é gastar saliva à toa. Não ajude esse auto iludido alimentar suas neuras, ou diga a verdade, ou cale-se!
"Na pressa da vida, esquecemos que o tempo não pede desculpas quando leva todos aqueles que amamos."
DEDICADO A UMA OUVINTE…
A LUA é a prova de que a beleza não pede atenção, não precisa de bajulações frias e vazias.
Desde os tempos antigos, recorremos a ela quando lapsos de clareza batem a porta, frações momentâneas de euforia, desesperança, paixões, angústia, amor e ódio.
Quase sempre aparece, nós a olhamos e ela nos olha de volta, quase como que se alimentando da totalidade de nossas alegrias e tristezas.
Está sempre observando e ouvindo com muita atenção.
Todos que você ama, todos que conhece, todos que você já ouviu falar, todos que já existiram.
Cada caçador e saqueador, cada campeão e covarde, cada inventor e demolidor.
Cada rei e plebeu, cada mãe e pai, cada casal apaixonado.
Cada criança sonhadora e esperançosa.
Cada poeta, cada músico, cada dançarina, cada cozinheiro.
Cada santo e pecador.
Somos agraciados com sua beleza redundante, mesmo tão longe, porém tão perto, mesmo tão só, porém tão acolhida. Ela parte, porém sempre retorna, de um jeito ou de outro, nos céus de uma noite estrelada, ou no aconchego de nossos corações.
Ela retorna com a certeza, de que sempre vai estar aqui, até o fim…
(Se você tem uma lua na sua vida, não desperdice seu tempo com ela, divida suas dores, suas conquistas, suas paixões, seus medos e seu amor).
DEDICADO A UMA OUVINTE…
Quando a presença do antes amado, não é mais perceptível ou desejada, é um sinal que a vida pede um tempo, para ser direcionada.
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