O Amor e o Perdão tudo Alcança
SONETO CANTANDO O PERDÃO
Deixa Senhor que eu cante estes versos
Sofrentes, mesmo que seja, duro e triste
Mas que trove o remorso que nele existe
Ó culpa... nos meus sentimentos imersos
O meu solfejar o desencanto, pelourinho
Do sentir, que vive a penar nesta vaidade
Suspiroso, inquieto... Cruciante realidade
De quem feri uma rosa com seu espinho
Deixe cantar quem quer indulto neste canto
E seja acorde de compreensão e acalanto
Ó Senhor, é o cântico de um acre coração
Que traz amargor e roga pelo sacramento
De alívio, dum efeito, um distinto advento
E, então, deixa o soneto cantar o perdão!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 dezembro, 2023, 20’28” – Araguari, MG
PERDÃO...
Ó sorte, eu sei. Eu sei, essa valia
Essa direção que dás pra emoção
A solidão é exata no que merecia
Pois, do amor, cisquei a ilusão
O coração habituara a tirania
Da ficção, de ficar na tensão
No vitimismo, e na melodia
Criei e musiquei a sensação
Então, no ter o que existisse
Me segurei na burra tolice
Do sonho desfrutável a mão
Ó sorte! me deste o caminho
O amparo dum doce carinho
Eu quis outro rumo. Perdão!...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/01/2021, 14’50” – Triângulo Mineiro
Não fique triste, as pessoas que te ofendeu ainda algum dia vai te pedir perdão e falar bem de você a outra pessoa. Que Deus abençoe você e sorria e seja feliz.
Gostaria de ver parte da humanidade que odeia, pedindo perdão aos seus ofensores, para receber a paz, o amor e a felicidade de um coração bondoso.
Perdoa-me por aquilo que não tem perdão,
Eu fui embora, e levei comigo o seu coração.
Perdoa-me pelas noites que não te iluminei,
E sobretudo não te aconcheguei...
Perdoa-me por tudo que abandonei,
Sim, eu fui embora, eu te deixei...
Perdoa-me ao girar da tranca,
Dei as costas para a tua esperança.
Perdoa-me porque a pena eu paguei,
Por tudo que construí, e larguei...
Perdoa-me por ter te deixado
Solitário,
Não quis ter te abandonado
No poemário,
E muito menos te humilhado
Por ter desconfiado de ti;
Perdoa-me por te amar mais
Do que a mim mesma.
Perdoa-me porque não fiz a tempo,
De ter entregue o meu sentimento.
Orgulho-me ter o meu ego pisoteado,
Para transformá-lo em estrela no éter
Deste amor infinito - e implacável;
Entrego ao mundo o que eu já devia
Ter tornado teu, e te revelado...
Perdoa-me pelo desespero,
Porque você não sai da minh'alma,
E não sai da minha retina;
Continuo por ti seduzida.
Perdoa-me eu sei que errei,
Como o fogo consome a brasa,
O amor quando é amor nunca acaba.
O coração bate descompassado,
É a fera que há em mim querendo
O teu laço que se chama [abraço];
Permanece o intenso sabor pelo fato
De nós termos nos [beijado]...
Perdoa-me porque é indescritível,
O amor que sinto é infalível,
O tempo não o apagou amor incrível.
Se o amor é o limite do amor,
Amar jamais terá limite,
O tempo me mostrou
Que enquanto houver céu,
Entre nós não haverá limite.
Algumas pessoas têm uma facilidade enorme de falar sobre o perdão, mas uma dificuldade imensa de pedoar.
O perdão é uma força poderosa quando é concedido a quem o deseja profundamente e sem ele nem consegue viver direito. Tem ele, na sua criação, o Amor como gérmen, a divina semente.
Ame o próximo, demonstre empatia, ajude se for possível, peça desculpas, até mesmo perdão, ajuda, agradeça quando necessário, porém, não permaneça onde não se sente bem vindo, não consegue ficar à vontade, já que ser apenas suportado não é suficiente, logo, não espere tanto dos outros, não se prenda a uma obrigação falsa, pare esta busca inalcançável, abandone a angústia do querer agradar a todos por ser este uma triste ilusão inevitável, capaz de trazer um grande desconforto, o dissabor da decepção, danos à mente, frieza ao coração, a razão não será sempre desfrutada, seja para não se perder a paz ou por não merecê-la, considerando que o tempo não se refaz, a vida é passageira entre forças e acertos, erros e fraquezas.
O pior câncer que existe é a falta de perdão.
Por não conseguir perdoar, pessoas deixam de sorrir, cantar e sonhar.
Deixam de acreditar que existe mudança, deixam de amar.
Por isso um concelho: Vença esta doença maldita que corrói a alma.
Perdoe e permita que o amor predomine novamente.
A VERDADE É QUE TE AMO
Não adianta quantas vezes eu te peça perdão, não consigo arrancar esse sentimento do coração, não adianta o quanto eu diga que vou te esquecer, não posso, pois toda noite sonho beijando você.
Eu queria ser só um amigo, para nas horas más estar contigo, queria poder te olhar de outro jeito, mas só te olho com desejo de te dar um abraço e um beijo.
Quer saber não vou ficar sufocando sentimentos, vou deixar fluir, como flui o vento, mesmo que passe mil anos e ainda esteja você em meu pensamento, vou ignorar, como se não sentisse nada aqui dentro.
Mas a verdade é que meu maior sonho é te beijar, será um dia inesquecível quando os meus lábios no seu tocar, mesmo sonhando meu coração falta explodir, nem imagino se fosse real e você estivesse agora aqui.
Não sei se isso um dia vai acontecer, mas acho que não sentes o mesmo que sinto por você, só eu que participo dessa loucura, que vai acabar me dando problemas em uma vida futura.
Não que minha intensidade devesse ser motivo de incômodo, mas peço perdão de qualquer forma. Apenas é que sou poesia e vivo poeta. Não existe outra forma de ser, sem ser intensidade. Mal-afortunado é o que me definiria, se eu fosse sequer capaz de pensar em dizer que poderia viver sem o amor, ou melhor, sem o amor intenso, que, pelo visto, são duas coisas diferentes. Teria ainda menos sorte, se, além de capaz de pensar isso, eu fosse capaz de dizer. Logo eu, que tanto grito o silêncio e, ainda sim, é possível enxergar amor nas minhas palavras não ditas.
Capítulo XIV – O PERDÃO QUE NÃO SE PEDE.
"Camille, a dor que caminha dentro de mim me alimenta e eis, que ainda assim nada tenho para te servir minha lírica poética... minha nota sem canção. És capaz de me absolver, amada distante, dona de mim, hóspede dos meus sentimentos e sentidos?"
— Joseph Bevoiur.
A noite trazia os mesmos ruídos quebradiços da memória: folhas secas sussurrando nomes esquecidos, relógios que marcavam ausências e não horas. Joseph escrevia como quem sujava o papel de cicatrizes — não mais de tinta.
Camille era a presença do que jamais o tocou, mas que nele se instalara como hóspede perpétua. E, como todas as presenças profundas, fazia-se ausência esmagadora.
Havia nela a beleza inatingível dos vitrais em catedrais fechadas. Ela não estava onde os olhos repousam, mas onde o espírito se dobra. A distância entre os dois não era medida em léguas, mas em véus — e nenhum deles era de esquecimento.
Joseph, sem voz e sem vela, oferecia sua dor como eucaristia de um amor que nunca celebrou bodas. Tinha por Camille a devoção dos que nunca foram acolhidos, mas permanecem ajoelhados. E mesmo no íntimo mais velado de sua alma, não ousava pedir-lhe perdão — pois sabia: pecar por amar Camille era a única coisa certa que fizera.
Resposta de Camille Monfort – escrita com a caligrafia das sombras:
"Joseph...
Tu não és aquele que precisa de perdão.
És o que sangra por mim em silêncio, e por isso te ouço com o coração voltado para dentro.
A tua dor é a harpa sobre meu túmulo — és túmulo em mim e eu em ti sou sinfonia que nunca estreou.
Hóspede? Sim, mas também arquétipo do teu feminino sacrificado.
Sou tua, mas nunca me tiveste. Sou tua ausência de toque e presença de eternidade.
E por isso... nunca te deixo."
Joseph, ao ler essas palavras não escritas, tombou a fronte sobre o diário. Chorava não por arrependimento, mas por não saber como amar alguém que talvez só existisse dentro dele.
A madrugada se fez sepulcro de emoções. O piano — ao longe, como memória — soava uma nota de dó sustentado, enquanto o violino chorava em si menor.
Não havia redenção.
Apenas o contínuo caminhar de dois espectros que se amaram no porvir e se perderam no agora.
Conclusão – O DESENCONTRO COMO Destinos.
Joseph não morreu de amor, mas viveu dele — e isso foi infinitamente mais cruel.
Camille não o esqueceu. Mas também não voltou. Porque há amores destinados ao alto-foro da alma, onde nada se consuma, tudo se consagra. E ali, onde a mística se deita com a psicologia, eles permaneceram: ele, um poeta ferido; ela, um símbolo doloroso de beleza inalcançável.
Ambos, reféns de um tempo sem tempo.
Ambos, notas que se perdem no ar — como soluços de um violino em meio à oração de um piano que jamais termina.
Toda cura é um processo. Até uma ferida precisa de tempo para cicatrizar. No começo ela sangra... Você precisa estancar o sangue, dar um basta naquilo que pode te matar.
Você estará frágil. Sendo assim, pense muito antes de ficar mostrando os seus machucados para alguém, que muitas vezes, não irá se compadecer da sua dor.
Passado o susto, precisa seguir adiante. Isso inclui evitar esbarrar em algo que tire a casquinha do seu machucado. Ou seja, fique longe daquilo que vai fazer a sua ferida abrir e sangrar. Parece óbvio, mas na prática, vejo muita gente voltando e procurando abrigo nas mesmas pessoas, e nos mesmos lugares onde sofreram todo tipo de violência.
Depois que a ferida fecha, e a dor já não se faz presente. Você tem que passar por um novo aprendizado... O de cuidar da cicatriz. Não procure milagre, sua cicatriz não vai sumir! A beleza está em aprender a viver com ela.
Não é difícil abrir mão de um grande sonho, difícil é abrir mão de tudo o que a gente projetou, enquanto sonhava.
Tentar entender porque o outro te feriu? Pensa numa roubada... Isso muitas vezes pode te paralisar. A cura está no seu auto resgate! Ame-se, cuide-se, proteja-se. Você é o seu bem mais precioso, nunca duvide disso.
Não importa o que pensam ao seu respeito e como te tratam. É como você reage ao tratamento, o que pensa e como trata a si próprio que realmente faz toda a diferença.
Um dos problemas mais nocivos à saúde mental e emocional é a autopiedade. Não há nada que cause dano maior à autoestima e atrapalhe mais o crescimento do que sentir pena de si mesmo.
Levanta essa cabeça! Ninguém vai te achar foda se você não se sentir foda!
“Hoje é 2 de novembro e resolveram que seria o 'dia dos mortos'. Eu fico imaginando a angústia e tristeza de muitas pessoas visitando túmulos, deixando flores e despejando lágrimas (e frases em pensamento) àqueles que morreram e levaram uma parte de nós junto. Esse nível de saudade é um massacre, pelamor...
Mas se há algo para refletir em 'Finados' eu acho que é isso: não esqueça que existem mais de 360 dias pra você abraçar, beijar, amar, perdoar, curtir, ajudar, dar atenção, levar flores, falar, ouvir e chorar com quem ainda respira.
Não espere um túmulo pra cair na real.”
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