O Amor é como o Vento
Vento sopra,
sopra sem parar,
vento sopra,
parece ate que não vai passar.
Não vejo o vento, mas sinto,
vento frio, vento quente, mas nao vejo.
O amor eu nao vejo mas sinto, amor supera a dor, porque não a minha?
Por mais que eu não vejo o vento ele nao deixa de existir.
E por mais que eu ame você, sera que você irá gosta de mim?
SONETO ATORMENTADO
Fere o silêncio da áspera madrugada
no cerrado, um árido vento plangente
que golpeia minha alma ali presente
com saudade em mácula mal curada
Busco iludir-me que o zunido em toada
nada mais seja que ilusão descontente
daquela que põe angústias na gente
para deixar solitário e a ventura calada
E o vento insiste, persiste e não desiste
cortando a paz da noite com ruído triste
avivando a dor em suspiro redundante
Se soubesse quanta nostalgia desgarra
o vento teria dó e não seria tão fanfarra
e muito menos nesta solidão tão falante
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
SONHOS (soneto)
Vou hastear meus sonhos lá no alto
onde o céu desabotoa o caminho
o vento sopra a brisa de mansinho
e as estrelas poetam como arauto
Quero sair deste meu desalinho
dum fado de dano sem incauto
tal qual ao por do sol do planalto
que matiza o olhar com carinho
Quero ter simplicidade, e afeto
deixar as quimeras sem parede
e a ilusão livre, fluindo pelo teto
E assim, a boa nova que venha
seja recebida com afago e sede
e no meu eu, o amor convenha...
Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano
SOM DO CERRADO (soneto)
Escuto o cerrado a cantar, em atroada
Canção do vento, da sequidão, escuto
Numa trovoada, e a emoção em fruto
De silêncio, no coração em disparada
Cada uma melodia deste chão tão bruto
Rasga o planalto numa voz empoeirada
De cantigas pela caliandra emoldurada
De bela cena e de árido hino em tributo
As flores do ipê, caem em fúnebre toada
No ritmo do por do sol se pondo soluto
Orquestrando a vida diversa e iluminada
E pela estrada os sons no olhar arguto
Cantam e encantam, minuto a minuto
Os ruídos sonoros numa alma calada...
Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano
ouvi a voz do vento a me chamar oscilando as cortinas da janela do meu quarto, reparei a lua e ela estava coberta por nuvens negras sem poder me inspirar, sem poesia, sem nada, pois a lua em sua infidelidade acariciou os instantes e fez de uma noite qualquer, o beijo daqueles apaixonantes quando eu olhava pra noite esperando ouvir palavras delirantes e ao despertar vi o sol ao romper o horizonte com tristeza, sem noite,sem lua e sem estrelas...
Queime o que passou e deixe o vento carregar o que parece injusto, pois nada é tão tortuoso quanto não perdoar-se à si mesmo.
E então, já havia acontecido tanta coisa. Caído no fundo do poço, discutido com o vento, retornado do além do tempo, aberto um frasco de saudade, chorado para não se afogar. Tudo isso, coisas que de fato pareciam ser o ideal ou os ideais. Não havia muito mais a se fazer. Era uma guerra contra você, e no meio de um tiroteio a única alternativa era sair com os braços para cima, correndo para ser destrinchado ao seu lado.
Os lamentos do vento de outubro entornam a mansão em Bertioga
Fustigam seus muros, mas a paz está em seus salões altos
Embora folhas de outono caiam e morram, um broto da primavera reina a casa. É você, brilho de botões tão verdes, cores de esperança, amor que enche coração do bravo...
Você é vento que sopra na vela reta como flecha, furando a onda que não impede regresso deste que bem te quer, e te quer enfim,
descansar em teus magestos braços.
O nosso olhar às vezes é levado pelo vento das lembranças, enxergo um mundo sem drogas, repleto de amor, paz e solidariedade.
Despedida
Que o sol ilumine
Que a lua e as estrelas reflitam a sua luz
Que o vento traga as respostas
Que deixo de entender a cada dia
Não sou espelho de ninguém
As muitas palavras confundem o entender
A galeria das palavras está repleta de repetições
Assim também vejo que as muitas ilusões caminham lado a lado
Tenho as muitas respostas que gostaria de saber
Mas vivo num mundo onde as respostas não são dadas
As alegorias das palavras estão em algum lugar
Caminha lado a lado a multidão de palavras
Alegrias vencidas e muitas outras coisas perdidas
Assim surgia a minha dúvida
Assim sou eu a cada amanhecer
Sinto que você é triste
Mas não me cabe falar
Sou apenas um mero expectador das dores alheias
Na mais profunda agonia retoca a minha vida
Calibro o verso vencido
Acalmo minha caminhada
Assim é o caminho das palavras
Assim é nossa vida
Assim clamo pela sua despedida.
Depois que o vento trazer pedras
para enterrar as saudades tuas
e a chuva lavar o meu pensamento
e braquear o meu sentimento
mesmo a assim vou dizer AMO VOCE
São 22:02 ..,..
O vento sopra lá fora
E junto um frio incessante
Mas aqui em meu quarto
Entre beijos e abraços
Nos deliciamos como Amantes...
Há quanto tempo você não olha o horizonte, não sente o frescor do vento, não percebe a luz do sol?
Há quanto tempo você esta andando de cabeça baixa,mergulhado em pensamentos cíclicos e viciosos que prejudicam a sua saúde?
Há quanto tempo você não se permite levantar os olhos e ver a beleza da vida? Há quanto tempo você não sorri?
Há quanto tempo você não quer deixar de ser a vítima ou o algoz de si mesmo para ser pleno,alegre e confiante?
Você quer ser feliz?
Então levante-se! Faça, haja, lute por você!
Você é forte o suficiente para caminhar rumo ao seu bem-estar!
Você não está sozinho!
Quando você se ajuda consegue sentir a doce presença dos anjos e a paz vibrante do amor de Deus.
O SONHO
Posso ouvir o sonho passar
Veloz e ao vento a bater
Deixando lembrança no ar
E saudade no curto viver
Eu pensei que ao acordar
O tempo deixaria de mover
Pois, ele não se põe a parar
Nem depois de se morrer
Um passo pra frente, a girar
Outro pra trás, sem se mover
Muita coisa pra se lembrar
É impossível de tudo saber
Então deixe a quimera levar
Pra que se possa esquecer
Quem sabe outro possa achar
O que você não soube ver...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Quando você me deixou, tudo parou, nenhum som, nenhuma brisa de vento... A vida nos observava, o coração batia profundamente. E quando nos soltamos, folhas caíram e o vento nos rodeava, e lentamente nossas mãos se soltavam uma da outra, nos afastávamos lentamente com o coração despedaçado de um amor calado!b
TODA VEZ QUE O VENTO SOPRA
Toda vez que o vento sopra
Entreabrindo a porta
Me pergunto: será que a felicidade
Está voltando para os meus braços?
Aí, meus olhos vagueiam a procurar-te
Desesperados, sôfregos por amor
Mas sei que é mentira, pura ilusão
Confusão da minha mente
Que já não suporta essa ausência
E implora pedindo desesperadamente
Que seja realidade a dor da desilusão!
Eu sou Rap
O VENTO SOPRA,
O MUNDO GIRA
PODE CRER É FATO
NÃO VOU LUTAR CONTRA A MARÉ
NÃO SOU DE AÇO
SOU DO RAP
SOU PERIFERIA
SÓ MAIS UM MULATO
EDUARDO DURAP
O QUE DEUS MANDAR EU TRAÇO
