Nuvens
Eu resolvi me chamar Anestesia Natural, quando perguntei à grama, e ela suspirou com nuvens empoeiradas, enquanto as montanhas se erguiam em um silêncio majestoso. No ar, cada gota dançava ao ritmo da vastidão de melodias invisíveis, revelando a Sinestesia Inesperada que habita cada momento.
O QUE HÁ LÁ NO ALTO?
As nuvens brincam
De adivinhação
Quando as crianças
Olham para elas.
Assim, viram ovelhas,
Viram vacas,
Viram tudo aquilo
Que você imaginar.
Mas elas choram
Quando essas crianças
Não brincam com elas.
É o medo da solidão.
É o que acontece quando chove.
(Guilherme Mossini Mendel)
LUZ ALÉM DAS NUVENS
"Naquele dia, nuvens tensas encobriam o sol, mas nem assim impediam seus intensos raios de romper. O viajante, até então desesperançoso, ergueu os olhos e com um sorriso concluiu: as nuvens assemelham-se aos meus problemas, mas que são eles diante da luz eterna que é meu Deus!"
Ao balançar sob as nuvens, percebo o erro humano de proibir ou negar aquilo que foi projetado para acontecer.
Como um balanço, que nasceu para se mover.
Como dois corpos, que se encontram para amar.
Ou como almas, destinadas a se reencontrar.
Negar o inevitável é como tentar impedir a vida de se expressar.
Como impedir que as mudanças, para as quais você nasceu, se realizem.
A vida continua, e é importante lembrar:
Ela vai muito além da morte...
pés no chão
olhar pro céu
cabeça nas nuvens
mãos na terra
toda ouvidos
lábios cerrados
joelhos dobrados e
alma de fé.
anatomia.
O Lirismo do Poeta
Manhã ensolarada,
O céu com nuvens coloridas;
O vento balança as folhas dos coqueiros,
A alegria na inocência das crianças.
O azul anil da piscina
Transforma a beleza de um dia de domingo.
Minha musa se apresenta,
Como deusa da beleza.
O sobrevoo dos pássaros em chilreio
Anuncia o encanto do verão.
A inspiração do menestrel do Mucuri
Rasga o coração para jorrar
O sangue da ternura e do amor.
O verde das árvores guarda resquícios
De primavera.
Os arranha-céus colorem a exuberância
Do espaço de encanto e prazer,
Aflorando o lirismo do poeta,
Com suspiros e saudades.
A paz cultuada na essência
Da bela ária que ecoa nos ouvidos
Daqueles que apreciam
O néctar da vida.
Lua cheia.
Por volta das 15h30.
Há nuvens cinzentas no alto do céu agora, e sobre essas folhas que escrevo, a garoa pinga… Tão fina que me permite contemplar a cidade, sentir o sopro da vida enchendo e esvaziando os meus pulmões.
Os pássaros voam em direção ao Norte. Se abrigam em algum lugar que me foge das vistas. Há poucos que ficam pousados aos fios de luz, ou no topo de uma caixa d’água da cidade. Cantam initerruptamente o seu chilrear.
Anunciam o sol ou a chuva?
“Não voem, óh meus amigos passarinhos” – pressuponho a linguagem das aves. – “Vejo aqui do alto da caixa d’água o calor no horizonte“.
A chuva dificulta o alçar das asas, pesa o corpo.
Aprendo eu agora, algo com os pássaros?
Há dias que olhar para o céu é parecido como hoje. E mesmo com todo o azul mais vívido que minhas córneas possam admirar, as nuvens acumularão as cinzas do Riacho Fundo. Vagarão até se encontrarem, mais cedo ou mais tarde, para serem uma só. Imponentes quando desaguarem, às vezes incontrolavelmente furiosas.
Há dias como hoje, que sinto-me como a chuva cinza, fina, pingando na folha, pingando nos pássaros. Soprando ao alto o cantar das aves para longe. Acumuladora de tudo dessa cidade até que o que lateja, ebula, cuspa palavras num caderno qualquer, ou na fronte do que estiver pela frente.
A chuva pode desabar montanhas com a sua força destemida.
Há dias, como ontem, como hoje que sinto-me como uma chuva cinza, fina, pingando na pedra. Insistente até banhá-la inteiramente. Às vezes furiosa até parti-la ao meio. É tanto acúmulo como parte integrante do que se é, ou melhor, do que se tenta ser que a nuvem se personifica cinza sobre a minha cabeça agora.
Aprendo… Eu… Algo com os pássaros que voam para o Norte, ou com aqueles que ficam toda as vezes que eu, chuva, ei de cair?
Quem são os pássaros que sempre voam quando sou garoa fina?
Quem são os pássaros quem ficam quando sou céu azul?
Quem são os pássaros que cantam para que os outros não temam, ou se afastem?
Posso eu realmente ser sol mais do que chuva cinza, fina, pingando na folha?
Haverá pássaros cantando confiança de que o sol haverá de surgir no horizonte mais cedo, ou mais tarde?
Quem são os pássaros que farão ninho agora que estou nuvem e
[acinzentada?
Pareidolia
Nas nuvens, um coelho,
feito de vento e migalha de céu.
A natureza inventa vida onde há silêncio,
e a mente, danada, faz enxergar.
Eu vejo contornos que nem existem,
ou talvez existam, porque os inventei.
Minha sina é dar nome às coisas que ainda não sei o que são
e bordar sentidos no que vi.
Um galho seco me acenou — ou talvez fosse um braço.
Ao lado, a bananeira, com dentes amarelos, sorriu.
As coisas criam sentidos quando alguém as olha sem pressa.
Dia desses, vi teu rosto numa poça d’água,
um rosto de luz, desses que não têm peso.
A poça ria de mim com suas bordas de lama,
igualzinho tu faria se me visse fantasiar.
E eu, feito criança, ri de volta.
Seria loucura, ou só o mundo brincando de ser?
Tudo acaba virando o que o olhar quer.
Espraiar púrpura de sonhos
Nuvens e montes se fundem no horizonte ígneo
E o pensamento expande a possibilidade física
Olhando assim o céu calmo e color
Ultrapasso as barreiras do ser, do real
E alço vôo em busca do dever-ser, do ideal
Perdido nesta contemplação sideral
Comungo com o universo – mesmo corpo, mesmo espírito
E a vida ganha razão na beleza da criação.
"Sem você o verão perde a graça,sem você o inverno perde o frio,sem você as nuvens não giram,sem você as estrelas perdem o seu brilho,sem você não há sentido na vida ,sem você não há beleza só tristeza"
ACREDITE.
Acredito que as nuvens negras de hoje serão as nuvens as brancas de amanhã. Na imensidão que olhos as nuvens escuras passando sobre mim sinalizando que depois das nuvens negras, nuvens brancas irão surgir. Mais tá sendo difícil olhar para o céu e ver uma nuvem branca da cor de véu.
Apresentação fascinante de encerramento em um grande céu dublado, nuvens numerosas, dança dos ventos, chuva com trovões e relâmpagos, emoções fervorosas, impacto assombroso, sonoridade poderosa, evento maravilhoso, temporário, fortemente, valoroso.
Tela veemente em tons alaranjados, grandes nuvens reunidas, talento ricamente detalhado, perfeição explícita, grandiosa, esplendor louvável, atração fortemente calorosa, simplicidade formidável exposta no céu, amostra do poder divino, o qual é incomparável, todos os detalhes expressivos com suas cores e formas.
Tarde de poucas nuvens, azul celestial, austeridade cativante, a lua sendo o elemento principal tal como uma pintura liberta, uma presença essencial sem a limitação de uma tela em um lugar fechado, toque de romance, paisagem esplêndida durante um clima ensolarado.
Cortina acinzentada, feita de nuvens grandiosas, um bando de pássaros voando livremente pelo céu nublado, paisagem inspiradora em um fim de tarde, tonalidades sóbrias e um tom notável de liberdade, sensação maravilhosa, proveniente da austeridade.
Nuvens
Nuvens são vácuos
No meio do céu.
Todos gostam de olhá-las
Pois elas formam figuras,
Figuras que uma criança,
Com um sorriso e uma lembrança
Pode imaginá-las.
Quando olho para cima
Vejo muitas imagens
Que me lembram muitas coisas
Como uma bela paisagem.
Eu vejo uma princesa
Montada em um dragão.
Eu vejo uma bruxa
Voando em sua vassoura.
Eu vejo um pirata
E sua tripulação.
Eu vejo crianças
Brincando de pedra,papel e tesoura.
Mas eu não preciso de tudo
Para poder imaginar
Porque apenas com a nuvem
Posso uma história criar.
A bruxa com grande nariz,
O unicórnio com barriga para cima,
Há um duende rabugento
E uma professora que não ensina
Posso ver várias montanhas
Posso ver um grande rei,
Governando todo o enredo
Do que eu imaginei.
Olho para janela
E vejo muitas nuvens
Por isso posso dizer
Que eu imagino !
