Nuvens
Assim como eu vejo nuvens e estrelas no céu, nos seus lábios vejo a mais linda poesia. Talvez nem o sistema isolado se finda no espaço cósmico como a galaxia se finde em seus olhos toda vez que eu te vejo.
Quão bom é acordar com o astral batendo nas nuvens, como é bom ver que pessoas necessitam de sua ajuda, mesmo que seja para coar um café ou até mesmo molhar a horta. O ato de ser útil a alguém é um dos maiores prazeres da vida. Tristes são os que chegaram a um ponto onde não servem para coar um café ou molhar uma horta. O que fazer quando a inutilidade bate a porta e você não consegue pedir para que ela vá embora? Viver o triste ato de incapacidade.
O céu, ensolarado em seu magnifico azul claro ou mesmo nublado e acobertado de nuvens negras e raivosas, sempre me parecerá uma grande fonte de inspiração. Cada qual, com sua beleza, sua grandiosidade, seu brilhantismo. Não há motivos para lamentar os dias chuvosos, mesmo pelas complicações que eles possam trazer. Não tenho dúvidas que serão tais complicações os motivos da evolução e do aprendizado. Será a dúvida que nos desenvolverá coragem para escolher dentre as opções, será o imprevisto que nos ensinará o poder do improviso, serão as lágrimas que nos mostrarão a pureza de um sorriso. Somos tão pequenos. Nossos problemas são tão pequenos comparados à imensidão e a infinidade deste céu. Quantos mistérios ele esconde? Por que não contempla-los em sua beleza natural, sem julgá-los, apenas deixando-os ir.
Mesmo quando o sol não sai
e os caminhos das nuvens
nos levam a dias nublados,
ainda assim é uma beleza sem par.
Ver a chuva reavivando as plantas,
limpando e purificando o ar
e ouvir o som dos pingos no telhado.
Lembra-te sempre que todas as nuvens, mesmo as mais negras, têm sempre uma face cheia de sol virada para o céu.
Simples Margarida
Por belas ruas andei
Por belos mares naveguei
Por belas nuvens voei
Mas seu sorriso não estava lá
Mas sua leveza não estava lá
Mas seu amor não estava lá
Mas sua presença não foi sentida
Andei, naveguei, voei e não te encontrei
Sua face nunca vi
Seu sorriso só imaginei
Mas mesmo assim eu te amei
Bela como em meus sonhos
Minha linda margarida
Onde em vida nunca vi
Mas em sonhos foi sentida.
"Agora é outro dia
Poesia de que?
Hoje é dia de nuvens
São só palavras que se vão no vento
Amanhã é outro dia"
Edson Ricardo Paiva
Voei, e voei alto! Voei até ultrapassar as nuvens negras, carregadas de toda espécie de medo, que me acompanhavam desde sempre. Liberei todos os meus desejos, sem me importar com nada nem com ninguém. Escorreguei neles, como uma criança que crê sem temer. Outono em Copacabana, Maeve Phaira
Prefiro o desconforto das pedras que me movimentam, ao aconchegodas nuvens que me estacionam e me trazem lágrimas ao acordar de um sonho.
Vejo nuvens chorando, e suas lágrimas caindo no chão, mas as flores então felizes, por sua água sobreviverão
Vou pintando meu mundo com cores invisíveis, vou imaginando poesia e escrevendo nas nuvens.
Vou amando você na imaginação, vivendo de fantasias, devaneios e ilusões.
Eu poderia ter dormido mais, no entanto, preferi ver você sair por trás da serra e entre as nuvens clareando a esperança.
Quando te disserem que as nuvens não são de algodão certamente é porque querem te tirar as chaves da imaginação.
Seus sentimentos te fazem chorar, deite sobre as nuvens e escute a lua cantar seus pensamentos, a música pode ser bela o suficiente para te fazer bem.
SEREIA
Amanheceu...
Céu escuro, parece que com força antropofágica,
As nuvens devoraram o Sol,
A chuva cai,
Como as lágrimas caem dos meus olhos,
A ferocidade do vento,
Engoliu você,
Voando entre nuvens negras você se foi,
Na cama... Só tem minha coberta,
Meu travesseiro é o meu alento.
Volta...
Encantar-te-ei com meus cantos e encantos de sereia,
Faça deste dia que chora como eu.
Brilhante como as noites de estrelas,
Com meus versos nus, encantar-te-ei em sussurros,
Deixe-me beber tuas sementes férteis,
Vem... da forma mais sublime e sensual que existe em ti...
Meu canto de sereia voltará a te encantar
Em cada canto dos teus encantos,
Adormecerás em mim,
Caminho da vida
Se um dia eu sentar nas nuvens
Pra ver minha vida passar
Vou contar cada pedrinha
E uma história vou criar
Das folhas secas das árvores
Que caíram sobre o chão
Mas formaram um lençol vivo
De singela gratidão
Vou colorir cada passo
Mesmo difícil, que dei
Deixar belo o que era triste
E forte o que fraquejei
Correr contra um trem gigante
Pular alto pra alcançar
A flor que virou o nome
Da criança no luar
A chuva não me carrega
Eu a sigo com emoção
Até a beira do riacho
Deixando lágrimas em vão
Procurando nas estrelas
Formas simples de criar
O guia da minha alma
Que instrui o meu sonhar
Vou voar com o simples vento
Ouvir os pássaros cantar
Quero tocar meu piano
Com os anjos sobre o ar
As manchas das cicatrizes
Tem sua definição
É as marcas do caminho
Com qual fiz com o coração.