Nunca me Levou a Serio
Praticar assédio moral por segregação é o primeiro passo para os fracos e covardes que se aventuram na gestão pública
Todo gestor público deveria tomar um belo banho na banheira da ética e do compromisso comunitário para aprender a respeitar o dinheiro público
Não quero ser lembrado por minhas ações firmes na inexorável defesa do erário público e com a ética profissional; cuidar da coisa pública com zelo e respeito é dever de todo bom administrador; quero ser lembrado mesmo são pelos exemplos de homem bom, espelho de transparência, cuidado com o ser humano e propulsor do verdadeiro amor que exala na epiderme para aromatizar o ambiente hostil da boçalidade
Ter nascido no Vale do Mucuri nas Minas Gerais é sinônimo de sabedoria e honradez; por isso, ando de cabeça erguida para ensinar a todos os valores dessa gente íntegra, de coração bondoso e comprovada honestidade.
O silêncio da madrugada nos inspira; a sabedoria logo aflora; a fluidez das ideias logo aparece; e assim, posso deixar nos umbrais do mundo como presente universal a essência de um homem sério e comprometido com a justiça e paz entre os homens.
Um dos mais importantes postulados do gestor público reside no fato de ele fazer somente aquilo que a lei manda; portanto, a chamada legalidade estrita é o princípio reitor de suas decisões. Nas relações jurídicas, a lei sempre busca atender a supremacia do interesse público, com base na plena satisfação da prestação dos serviços públicos.
A verdadeira sabedoria vem da maturidade adquirida com o transcorrer do tempo; a ilusão ficou para trás; a hipocrisia cede lugar para a realidade; a vaidade pelo poder logo se torna algo vazio e ridículo; ninguém consegue esconder mais a maquiagem do narcisismo pela imundície do poder; o tempo passa e com ele as novas descobertas de um mundo imaginário e surreal
Hoje tenho mais retrospectiva que prospectivas; mais experiência que ilusões futuras; o momento exato de se viver é o agora; a bagagem está pronta para a partida; levarei saudades e sentimentos bons, que muitos conhecem pelo nome de felicidade; deixo marcas indeléveis impregnadas nos portais do tempo; deixo no Mucuri lembranças boas de uma época épica de amor na construção de uma trajetória de sucesso.
Olho no espelho e vejo as marcas deixadas pelo tempo; marcas de expressões que o tempo desenhou gradativamente.
Um novo despertar descortina no Alto do Iracema; o firmamento aberto; tempo firme e ensolarado; daqui a pouco será passado; amanhã será um novo tempo mesmo contra a vontade de amantes do poder avassalador, medíocre, aviltante e corrosivo dos valores morais
O tempo firme e incandescente se desenha na atmosfera; as folhas balançam levemente num ipê roxo, forrando o chão de flores, anunciando um novo tempo de amor e fraternidade
O tempo nos mostra o lado corrosivo do poder político; vivemos um choque séptico em todos os setores do poder, sem exceção; muita propaganda institucional e pouca efetividade; os homens bons são sucumbidos; prosperam arrogância, vaidade e hipocrisia; a enfermidade é gravíssima; a cura improvável; todos vão morrer e serão inumados na necrópole do descaso
Daqui a pouco tudo serão reminiscências; o circo vai fechar as cortinas; o palhaço vai descansar nas trincheiras do ostracismo e os bajuladores ficarão órfãos; sobrarão tão somente as tatuagens da hipocrisia e da arbitrariedade
O ventilador do comércio de sonhos continua assoprando para todos os lados; depois da pane aparecerão os pesadelos do lixo que ficou acumulado debaixo do tapete; todos correrão sem direção à procura de abrigo seguro.
Bater palmas para um aloprado midiático é fácil; difícil é aplaudir a honradez de homens bons; o aloprado faz muito barulho; o homem honrado silencioso faz do seu equilíbrio a sabedoria para a vida inteira
A história da garça branquinha que entra num rio imundo e sai limpinha não serve de paradigma para o jogo do poder. No meio ambiente a garça é pura e inocente; no projeto de poder, o homem é feroz, falso, mentiroso; a perfídia e o engodo são sempre a regra.
No jogo do poder ninguém reina sozinho. Quase sempre é preciso fazer alianças com outros jogadores, às vezes, antagônicos. Todos devem confiar na tarefa de cada um para o pleno êxito da empreitada assumida. Talvez seja esse o motivo maior das pessoas sérias não se envolverem com a teoria dos jogos.
Onde tem pessoas reunidas, quase sempre não há consenso; prefiro escrever livros a mexer com atividades onde prosperam a vaidade e ganância pelo poder; por meio dos livros, expõem-se ideias e pensamentos; durante a produção do livro, o teclado pode até nos trair; digitações sobrepostas; erro na construção de frase; deslizes ortográficos. Mas logo, inevitavelmente, a falha será descoberta; o próprio corretor automático pode nos ajudar, e antes do ENTER, é possível corrigir.
Aquele que vive buscando galgar poderes a todo o custo, de forma insaciável, se utilizando de manobras obscuras com recheio de falsidades, mentiras, e falsas promessas, seguramente não terá nenhuma dificuldade em conviver num ambiente de imperfeições, inundado pelo poder da imundície.
A política é como gatuno serelepe correndo a pé dos homens da lei; se ele parar inexoravelmente será alcançado e preso; se ele continuar perseverando na sua insistente trajetória de afanar bens alheios, logo estará envolvido num emaranhado em concurso material ou continuidade supressiva; seu recolhimento à enxovia ou ergástulo público será o alto preço de suas ações deletérias.