Nunca me Levou a Serio

Cerca de 77408 frases e pensamentos: Nunca me Levou a Serio

⁠Livrou-me dos Jargões,
Levou-me a descansar,
Fora do quadrante,
Cultos a ocultar,

Inserida por michelfm

⁠Nova Construção

Eu sou o homem, que viu a aflição, pela vara do seu furor,
me levou e me fez andar, nas trevas e não na luz, mas na dor.
Deveras ele volveu a sua mão contra mim, o dia todo sim!
Fez envelhecer a minha carne e a minha pele, está contra mim!


Quebrou os meus ossos, levantou contra mim muitas trincheiras,
e me cercou de amargura e trabalho, fez-me habitar em trevas,
como os que morreram à muito em antigas e longínquas eras.
Cercou-me com um muro alto, com muitas e grandes pedras.


Eu assim já não consigo mesmo sair, agravou os meus guilhões.
Ainda quando clamo e grito ele exclui a minha de sempre oração.
Fechou meus caminhos com pedras bem lavradras em montões.


Fez tortuosas as minhas veredas, como o leão em esconderijos,
como o urso de emboscada, ele desviou todos os meus caminhos.
Ele Deus, me fez em pedaços, para de todo fazer, uma nova construção!

Inserida por Helder-DUARTE

⁠Solitária flor colhida ao tempo,
Simples, bela, frágil flor.
Tão sedutor cavalheiro a levou
E a flor ali em suas mãos,
A viajar pra longe,
De encontro a perdição.
🌻
Uma magia, um clarão,
Pequena flor se apaixonou...
Em sua mão antes flor,
Agora bate um coração.
🌻
Amado cavalheiro andante!
Desvendei só neste instante,
Teu mistério, teu poder...
Vens sedutor, sorrateiro e mansinho,
Colhendo flores pelo caminho
E depois às faz sofrerem!
🌻
Quão maldita diversão...
Coleciona corações ?
Despertou a maldição,
Por causar tanto sofrer!
🌻
Mas cuidado cavalheiro!
Vais passar por um terreiro
E verás tão bela flor...
Aquela flor de coleção,
Que você jogou no chão,
Depois que a recolheu.
Brotou forte a raiz,
A beleza desta ae
Chamará sua atenção...
🌻
Descuidado e confiante,
Encantado com o aroma fascinante,
Veio a flor colher.
Mas não sabe o cavalheiro!
Que a flor desse terreiro,
Nunca vais te pertencer.
🌻
Delicada impressão,
Tão sozinha ali no tempo.
Mas será o seu tormento,
E quiseres recolher!
🌻
Antes frágil e linda flor...
Hoje forte e feiticeira!
Ao toca-la com carinho,
Seus espinhos bem fininho,
Ferirá em tuas mãos...
E o veneno desta flor,
Causa delírios e dor
E é fatal ao coração.
🌻

Inserida por michele_canario

⁠A palavra mais bonita que eu já falei foi o seu nome , em todas as vezes que você me levou ao êxtase simplesmente eu gritava seu nome ..

Inserida por ElisSilva

⁠O caminho mais fácil que o outro levou nem sempre é o mais fácil para você seguir

Inserida por timseriano

⁠O Caminho do Amadurecimento
Êxodo 13.17: Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto...
Deus escolheu o caminho que o povo deveria andar e não o caminho que parecia mais fácil. Muitas vezes desejamos os atalhos ou caminhos fáceis, mas Deus sabe qual é o caminho pelo qual precisamos passar para amadurecer.
Nem sempre o caminho que planejamos para nossas vidas será o caminho que Deus escolheu para nós.
O profeta Isaías declara: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR... Isaías 55.8.
Não desista no processo, pois ele é fundamental para seu amadurecimento; pois sem amadurecimento ninguém poderá receber a herança que Deus preparou para seus filhos:
Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menino, em nada difere do servo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Gálatas 4:1-2 ACF.
Quem recebe uma herança ou promessa fora tempo, desperdiça tudo, como ensinado por Jesus na parábola do filho pródigo. Lucas 15. 11-32.
No amor do Abba, Marcelo Rissma.

Inserida por VerbosdoVerbo

⁠O meu sonho de conhecer o mundo me levou a um trabalho que tinha tudo a ver com viagem, mas nada a ver com viajar.

Inserida por pensador

⁠ Levou dias para eu conquistar o seu coração, ter a sua alma, foi algo rápido, mas foi verdadeiro, foi rápido mas eu me entreguei de coração, dei a minha essência para você, eu me entreguei de corpo e alma, eu levei tempo para ter você, levei tempo para conhecer todas as sua versões, para ter a sua total confiança, me apeguei a você tanto que quando você chora eu também choro muito mais, quando você da risada isso contagia ainda mais o meu coração, toda essa conexão contagia reagindo no meu corpo...
Eu não tinha medo de perder, não tinha medo se eu morresse, não tinha medo se tudo se acabasse, mas agora tenho uma razão para continuar, uma pessoa que sente a minha falta, uma pessoa que me ama, que chora de tanta felicidade, de tanta vontade de não perder, mas quando eu te conheci eu soube qual é a dor de sentir um vazio de só pensar em perder o seu amor, de deixar no passado o seu sorriso, de te deixar triste e sozinha, chorando por ter perdido alguém tão especial, que completou a sua vida...
Com você eu perdi o medo de amar, com você eu perdi o medo de não confiar, porque eu sei que com você tudo se torna melhor, eu sei que você estará comigo, naquele momento ruim para me ajudar, em ti eu confio a minha felicidade, o meu amor, no seu coração eu guardo a minha felicidade...
Tenho medo de te perder, medo de errar com você, de um dia você nunca mais aparecer para conversar comigo, rir juntos, conversar por horas, chorar juntos, falar bobeiras até a meia noite, desde de manhã até a noite, eu choro pensando que um dia eu posso perder o seu sorriso, eu sei que eu sou a razão da sua felicidade, que sou eu que completa os seus dias, que trouxe as borboletas, a vida de volta para o seu coração, me sinto inseguro, me sinto triste, pelo fato de que eu demorei um tempão para conquistar você, não quero que todo esse tempo seja em vão, não quero pensar em um dia sem a sua felicidade, não quero voltar para a escuridão, me sinto tão incapaz, algo tão natural e perfeito, que pode escapar dos meus dedos como uma pena voando, eu achava que eu era forte, mas o seu amor estremeceu as muralhas do meu coração, tudo isso me deixou vulnerável, eu sempre estive errado, eu sou fraco, tenho um medo inesplicavel, eu te amo tanto que eu não vou conseguir perder outra pessoa espetácular outra vez, ainda mais você, que superou todas as espectativas...
Tudo começou em um dia normal, como qualquer outro, eu não sabia que aquela simples palavra de você se apresentando para mim, pedindo se eu lembrava de você, se tornaria algo tão grande, algo que começou com poucas palavras, e com o tempo você foi entrando no meu coração, descobrindo a minha personalidade, vendo quem eu realmente sou, me dá pavor de te perder, uma vontade intensa de te amar para sempre, com as minhas mãos escrevo essas palavras, chorando e pensando em cada momento que tenho com você, no seu sorriso, na beleza do seu corpo, deitado na cama, na calada da noite, com a música no meu ouvido, olhando para o meu quarto escuro, me inspiro a cada momento, cada frase, a escuridão é como o medo que tenho em te perder, consumindo completamente o meu arredor, mas você é como a luz do celular, você é a pessoa que ilumina o meu caminho, que mostra para onde ir, que me mostra onde tem os obstáculos e precipícios, onde devo pisar para não me machucar, você é como o meu cobertor, que me acolhe nos dias gelados, que me esquenta, algo que posso apertar e não soltar, como um refúgio onde posso deitar e te sentir, meus olhos enchem de lágrimas a cada palavra que escrevo nessa frase perfeita que explica tudo o que eu sinto...
Se não fosse eu forçar a conversar com você eu não teria chegado ao momento que estou, se não fosse a minha chatice no seu pé, eu não teria entrado na sua alma, foi por esse esforço que agora permaneço ao seu lado, te amo mais que a mim mesmo, as estrelas do céu, a água do mar, minha felicidade vai além de tudo o que já me apareceu, você me faz rir como nunca fiz, toda essa sensação prazerosa me completa, tudo isso me levou a te amar, mas ao mesmo tempo tudo isso se embola e se torna um peso quando eu penso no dia em que irei te perder, não é o amor que dói, é te amar que dói, pelo ato de eu ter um medo imenso em te perder, pavor de pensar que algo possa acontecer com você, e que você se afaste de mim, é impossível pensar nisso sem cair uma lágrima, eu somente te suplico, faça o melhor que você puder, me ame, me complete, seja a minha inspiração, toda a sua existência é aquilo que me dá vontade de escrever tudo isso, somente esteja comigo todos os dias, me abrace forte, e diga para mim que isso é somente uma paranóia da minha mente, e que eu irei ter você pela eternidade, diga que tudo isso irá passar, e você não irá me deixar, diga para mim que você precisa de mim, como eu preciso de você, você se tornou o meu vício, a droga que não quero parar de usar, o cheiro de uma flor que não canso de sentir, eu não consigo ver a minha existência sem você ao meu lado, a abstinência da sua alma, do seu sorriso, seria fatal...
🔸 Inspiração: Michele Ribeiro da Silva♥️🔸

Inserida por Salatiel

⁠Me desculpe! O mar levou meu coração...
Porém, tudo que o mar leva, as ondas trazem, um dia.

Inserida por hevellyn232

O inferno do poeta



⁠Se fois o meu anjo porque motivos levou a minha paz .
Se te fiz ser a minha querida ,porquê motivos me fez desgostar da vida ?

Inserida por Joaochagasbeira

⁠Depois que a chuva passou,
Levou com ela,
Os amores, os sonhos,
As dores e as doses,
Ficaram apenas os copos vazios,
Alguns com marcas de batom,
E a certeza de beijos alcoólicos,

Inserida por Madasivi

⁠Faz muitos anos que abandonei os modelos de Deus, a vivência e o conhecimento me levou para um caminho mais natural, onde Deus pode ser sentido através do nosso coração, não através do sistema dogmático, quando chegamos neste estado de consciência não somos mais manipulados pelas seitas religiosas!

Inserida por SidneidaSilva

⁠O calvinismo levou para outro patamar o que conhecemos como heresia. Eles refinaram intelectualmente a fórmula das seitas misturando verdades com mentiras, junto com desonestidade e muito malabarismo exegético.

Inserida por VerbosdoVerbo

⁠MEMÓRIAS DA CHUVA
(Laércio J Carvalho)

...Não levou muito tempo até que a chuva começasse. Veio tão forte que o motorista da jardineira foi obrigado a fazer uma breve parada por que os limpadores de para-brisa não deram conta da tromba d’água que caiu. Foi então que Cândido, apesar do vidro embaçado da janela, viu duas garotas se protegendo da chuva num ranchinho à beira da estrada. Entre raios e trovões, o coração de Cândido parecia querer saltar fora do peito. Do outro lado, a garota que deveria marcar para sempre a sua vida, também o observava. Parecia um botão de rosa sob o bombardeio dos pingos da chuva. De tão molhado, o vestido amarelo grudado à pele exibia o lindo corpo de menina moça e seus cabelos dourados ao sabor do vento que varria de um lado para outro o rancho de latas de leite de uma indústria de lacticínios.
A tempestade não durou mais que cinco minutos. Da janela do veículo já era possível enxergar a torre de uma igrejinha. Não estavam a mais que trezentos metros da praça central do povoado e, assim que a jardineira teve o motor acionado, passaram pelas meninas que, de tão distraídas com os jovens viajores, pisavam mais sobre as poças d’água que sobre o lastro da estrada. Cândido se lembrou da música que ouvira naquela manhã no toca-fitas do Corcel amarelo: “Rain Memories”, Memórias da Chuva, com Paul Denver. Estranhamente, ambos sentiram medo; medo de se perderem daquele casual encontro e nunca mais se reencontrassem.
Assim que o motorista encostou a velha jardineira no ponto de embarque e desembarque, o olhar de Cândido não desgrudou das meninas até que virassem à esquerda em uma rua na cabeceira da praça. Porém, de um último olhar antes de virar a esquina, Cândido fez uma leitura de pensamento: *Ela vai voltar!*, concluiu. Enquanto isso, seu amigo não pensava noutra coisa que não fosse um sanduíche e uma garrafa de refrigerante gelado.
Na pracinha, com a esperança de rever seu lindo “botãozinho de rosa molhado”, Cândido ficou a observar os passarinhos em festa nos galhos de uma caneleira em frutificação, enquanto o amigo, bem informado por um habitante local, seguiu rumo à única lanchonete do bairro. Naquele instante o Sol deu suas caras. Como criança assustada com a chuva, aos poucos perdeu o medo voltando a brilhar novamente entre nuvens rarefeitas de algodão. Os manacás de jardins, com floração tardia nos braços da Mantiqueira, inebriavam o ambiente com um doce e suave perfume. As abelhas, num constante vai e vem entre flores e colmeias, não davam trégua ao bem cuidado jardim do pitoresco “Morada do Sol”.
Cândido, entretido com a algazarra dos beija-flores, não percebeu a chegada do amigo trazendo nas mãos um pão com mussarela e uma garrafa de coca-cola. Ao mesmo tempo, do outro lado do jardim, sob a sombra de uma jovem acácia, a mais linda flor de “Morada do Sol” o aguardava. Cândido, com coração a mil, agradeceu a gentileza do amigo, porém recusou a oferta.
_Não vai tomar nem a coca, seu tonto? // Insistiu o amigo.
_Não!... Obrigado!... Sei que está ficando tarde... Mas, por favor, me aguarde no bar por mais alguns minutos.
_Fica frio!... Sem pressa!
Enquanto o amigo caminhava para a lanchonete, Cândido seguiu em direção à bela princesinha dos cabelos dourados que, percebendo sua intenção, se levantou e veio ao seu encontro. Por um momento, ambos tiveram a impressão de estarem caminhando sobre nuvens. De pernas bambas e corações palpitantes, se viram frente a frente a dois passos de se tocarem. Seus olhares se cruzaram; suas bocas tinham sede; seus lábios molhados se mordiam de desejo. Do outro lado da praça, a sentinela que a acompanhava não desgrudava os olhos de ambos os lados da rua. Parecia bastante ansiosa, temendo por algum imprevisto.
Apesar das pernas bambas e o suor excessivo, Cândido tomou a iniciativa:
_Oi!
_Oi!
_Posso saber seu nome?
_Claro!... Meu nome é Lucy!... E o seu?!
_Chamo-me Cândido!... Não é um nome tão bonito quanto o seu.
_Obrigada!... Adorei seu nome!... Você está visitando alguém no bairro ou apenas de passagem?
_Somos estudantes... Estamos vindo de “Espírito Santo das Araucárias”... Meus pais moram em uma fazenda num bairro conhecido como “Voz do Vento”... Você conhece?
_Sei onde fica... Certa vez passei por lá com meus pais... Fomos visitar uma tia doente no município de “São Francisco do Mogi”.
_Não posso parar muito tempo... Meu amigo está ansioso à minha espera... Você pode me dizer se esse ônibus que nos deu carona faz algum horário para “Caracol” no domingo?
_Sim... Às três da tarde, em ponto, ele parte.
_Tenho que visitar meus pais, mas amanhã estarei nesta mesma praça por volta do meio dia... Gostaria muito de vê-la novamente.
_Eu também!... Acho que nem vou dormir direito... Tenho medo de não te encontrar outra vez.
_Preciso seguir adiante... Meu amigo deve estar impaciente... Mas antes quero te fazer uma pergunta.
_Faça!
_O desejo de beijar tua boca está me matando... Posso te beijar, Lucy?
Por um instante a garota sentiu que poderia ter um “piripaque”. A pele de seu rosto tornou-se rosada; seu coração batia tão forte que podia ser ouvido a um metro, que era a distância que os separava. Lucy olhou para a sentinela que, mesmo apreensiva, usou o polegar de sua mão esquerda e respondeu com um sinal de positivo. Suas mãos não paravam de suar. Com voz meio rouca, proferiu sua resposta:
_Sim!... Quero muito o teu beijo... Só te peço que não faças mau juízo de mim.
Cândido aproximou-se de Lucy e, com as mãos envoltas em seus cabelos dourados, puxou-a de encontro ao seu peito, suspirou fundo, inebriou-se no perfume de sua pele, antes de se perderem num beijo apaixonado.
Assim como o cérebro, o paladar e o olfato também têm suas memórias e, ainda que passassem cem anos daquele primeiro encontro, ambos jamais esqueceriam o doce sabor daquele beijo, o qual ficaria registrado para sempre em suas vidas.
No domingo de manhã, já a par das novidades daqueles primeiros quinze dias de ausência, apesar da felicidade de estar junto à família, Cândido saiu a cavalo pela fazenda; porém, por nenhum segundo tirou Lucy do seu pensamento.
Aquele lindo domingo de céu azul não lhe parecia um dia qualquer. As flores do campo se exibiam mais coloridas e perfumadas. Até os passarinhos cantavam mais alegres, em sintonia com os seus pensamentos. A “primeira vítima” dos arroubos daquela paixão adolescente foi um frondoso pé de jequitibá que, a golpes de canivete, teve seu tronco ferido. As inicias “C & L” no centro de um coração ilustraram uma curta frase: “Lucy, eu te amo”.
Após o almoço de domingo, o pai de Cândido, que o levaria até o vilarejo de “Morada do Sol” para tomar o ônibus, percebendo certa ansiedade no filho, perguntou:
_Cândido!... Não acha que está sendo precipitado?... Afinal, o ônibus parte somente às três da tarde, não é isso?
_Pai... Na verdade eu estou em dúvida: não sei se ouvi treze ou três horas da tarde... Melhor irmos mais cedo que perder a jardineira... Não acha?
Mal sabia ele que o filho estava apaixonado e não via a hora do reencontro com sua amada.
Por volta das treze horas, senhor José encostou seu jipe num ponto de ônibus. Bem que desconfiou que a linda garota sentada em um banco à sombra de uma árvore, não estava ali por acaso. Fingindo não prestar atenção, abençoou o filho e retornou à fazenda. Lucy, com um lindo sorriso nos lábios, não continha sua alegria por aquele feliz reencontro. Cândido, caminhando em sua direção, tinha nas mãos um botãozinho de rosa. Antes de beijá-la, pediu licença para ajeitar em seus cabelos o lindo adereço roubado. O céu, de tão azul se confundia com os canteiros de lírio, e o beijo de Lucy, de tão doce, com mel jataí, cujo aroma recendia por toda a praça.
E assim, muitos domingos felizes se sucederam. Quase sempre os encontros se davam naquela mesma pracinha, num intervalo de quinze dias entre um e outro. Para driblarem a saudade, muitas cartas de amor eram trocadas. Porém, a saudade era tão grande que não era incomum o remetente chegar ao destinatário antes da carta apaixonada.
Comum nos arroubos da juventude, certas atitudes ultrapassam os limites do bom senso. Isso na visão de quem nunca viveu uma grande paixão adolescente. Certo dia Cândido esculpiu num fio de arame uma letra do alfabeto. Lógico! Não seria outra senão a letra “L” de Lucy, nome de sua doce namorada. Nas chamas de um isqueiro a gás, aguardou a incandescência do artefato antes de cravá-lo na pele de seu punho esquerdo. Não gritou, nem chorou. Homem não chora, pensou consigo, embora não evitasse uma lágrima sorrateira deslizando sobre a face. Errou feio quem apostou que Lucy não seria capaz de tamanha loucura. Na primeira oportunidade, apesar das lágrimas de dor, cravou em seu punho direito um artefato incandescente com a letra “C” esculpida em arame de aço. Naqueles áureos tempos o romantismo ainda era moda e os amantes amavam. Diferente dos costumes de hoje onde “os ficantes” ficam.
Alguns meses se passaram. Eis que chegaram as tão sonhadas férias de julho. Cândido foi para a fazenda dos pais e alguns hábitos tiveram que ser mudados. Os encontros que se davam com a luz do dia passaram a acontecer no período noturno. Um cavalo branco que atendia pelo nome de Corisco era o meio de transporte utilizado para as visitas de sábado à noite ao vilarejo de “Morada do Sol”. Nessa ocasião, Cândido já tinha a autorização para cortejar Lucy, desde que fosse um “namoro respeitoso”, dizia o orgulhoso pai da menina.
Naquelas noites enluaradas, o pé de Dama da Noite, que próximo ao portão exalava seu perfume, por muitas vezes foi testemunho de beijos apaixonados e suspiros de amor ao som de lindas melodias tocadas numa vitrola no interior da sala de estar da casa dos pais de Lucy. A romântica “Do You Wanna Dance”, na voz de Johnny Rivers, ainda era a música mais tocada naquela época. A paraguaia Perla despontava nas rádios com “Estrada do Sol”; em Italiano, Alle Porte Del Sole, uma versão do grande sucesso de Gigliola Cinquetti de 1974.
Tempos depois, já com a volta às aulas, uma tarde de domingo do mês de agosto ficaria marcada por conta de uma das lembranças mais felizes de suas vidas. Os ipês amarelos, carregados de flor, ditavam a transição para o início da primavera. No banco da praça do inesquecível vilarejo de “Morada do Sol”, Cândido e Lucy se beijaram pela última vez. Apesar dos momentos, até então, só de alegrias, aquela foi uma tarde triste. Quando a velha jardineira buzinou no costumeiro ponto, uma sensação ruim mexeu com os sentimentos de ambos. Lucy parecia adivinhar o que estava por vir. No momento em que a jardineira partiu, Cândido, com o coração apertado no peito, olhou pela janela. Lucy, que tinha nas mãos uma flor de ipê, acenou-lhe pela última vez daquele pedacinho de chão encantado...

Inserida por LaerciojCarvalho

⁠"A pandemia veio, fez um grande estrago, levou várias pessoas, e as que ela não pôde levar já não são as mesmas; já não se divertem como antes, já não conseguem rir verdadeiramente."

Inserida por marciobrandao_sdj

⁠Não te culpe pela queda do oponente adesão do tal o levou a colheita.

Inserida por Raimundo1973

⁠"Entendo, que o valor de uma realização está no esforço da mesma, no desafio que nos levou a superar todos os obstáculos, e na pessoa que nos tornamos como resultado desse processo".

Inserida por TecoNicolau

⁠Aprendi ao longo da vida que desistir não me levou a lugar nenhum. Logo, desisti de desistir!

Inserida por Eliaquim17

Se criticar por tanto tempo não te levou a nada. Tente se valorizar e veja a mudança.

Inserida por kamorra

⁠"Sua consciência te levou para o lugar onde você está"

Inserida por LuanCrystian

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