Nunca me Levou a Serio
Na velhice, perdemos muito: amigos, força, ilusões… e a paciência para lidar com quem nunca somou nada. Com o tempo, a gente entende que não vale mais desperdiçar energia com pessoas vazias, conversas inúteis e atitudes pequenas. A maturidade não nos deixa mais fingir, nem carregar pesos que não são nossos. Na velhice, não é que ficamos mais duros, é que finalmente aprendemos a enxergar quem realmente faz falta e quem nunca fez.
Certa vez existiu
Alguém que nunca existiu
Quis chorar, mas não chorou
Quis viver e não viveu
Nada leu e nem escreveu
Não teve pais e nem irmãos
Não teve mãos e nem pés
Talvez tenha desejado até
Conquistar uma namorada
Não teve ódio e nem fé
Não teve nada
Ou quase nada
Não bateu, nem apanhou
Não deixou e nem levou
Não viveu e nem viu
Porém
Por alguém que existiu
Ele sentiu
Alguma coisa que deixou
O seu coração dilacerado
Mas isso ninguém viu
E em menos de pouco tempo
tudo aquilo
Estaria pra sempre esquecido
E eternamente perdido.
Me lembro de uma colina
Que eu via na minha infância
Nunca fui lá
Só via de longe
Aquela paisagem tão mansa
Poderia desejar
muita coisa nesta vida
Mas se eu pudesse fazer um pedido
Queria hoje romper a distância
Que o tempo cruel demarcou
E estar lá agora com minha amada
Sentar-me com ela
E olhar o mundo ao longe
Fazer fogueirinha
declamar para ela poesia
Erguê-la lá no Céu
Somente com palavras
Convencê-la de que a amo
Olhá-la sorrindo
Perceber o quanto é lindo
o seu sorriso contrastando
o Sol que finda mais um dia
À noite olhar estrelas
As que estão no firmamento
E mais aquelas que subiriam
Em movimentos lentos
Ao despregar-se da fogueira
Deitar-me ao lado dela
Fazer planos...
Passaram-se tantos anos
O Sol se pôs muitas vezes
Fizemos coisas complicadas
estando juntos
Mas esta coisa delicada e pura
Não
Passa-se a vida
E a gente deixa escapar
a oportunidade de realizar
os sonhos mais singelos
Que foi deixando pra depois
e quando a gente vê
Passou-se quase tudo
E a gente pensa na colina
distante no tempo e no espaço
O amor, este permanece
A colina
Acho que não existe mais
Esquece!
A escolha é tua — e só tua — quando teu caminho ainda te representa.
Aprende, então, a nunca arrancar do outro o direito de decidir,
pois toda história, cedo ou tarde, retorna ao seu texto original,
e cada um será lembrado pelas escolhas que ousou ou negou permitir.
Nunca te Esqueci
A Igreja ao fundo ao lado as muralhas do exército imponente,
minha casa com a vista de frente daquela praça, eram férias de verão, naquele dia acordei cedo fui a janela o Sol estava leve e radiante dando brilho aquela bela praça do interior.
Aconteceu ali, o amanhecer mais doce da minha vida.
Eu menino do interior, ela linda menina loira com traços de princesa recém- chegada da capital para passar suas férias.
Duas crianças, a inocência, dois corações ofegantes após o primeiro olhar.
Palavras, brincadeiras, toque suave nas mãos, nos divertimos sim, trocamos alguns selinhos, esqueci aquele dia que eu era muito tímido.
Quase um mês de felicidades, então veio o último abraço e um triste e doloroso adeus.
Conhecê-la foi a realização de um sonho, eu com o nome e jeito de Príncipe ela com o jeito de uma princesa e com o cheiro e nome de uma rosa.
Queria ter vivido mais um pouco o doce e inesquecível sonho de infância inocente.
Que nunca percamos a sensibilidade de reconhecer nossos desvios, nem a coragem de voltar à casa do Pai. O filho pródigo voltou arrependido — e encontrou não julgamento, mas reconciliação e restauração.
Pois, em Cristo, o arrependimento é o portal para a transformação que glorifica a Deus.
Você nunca aprende tudo de uma vez, e nem aproveita as aproveita as oportunidades que lhe aparecem de imediato. Sobre esta última — a oportunidade — ela está atrelada a aparência, ao choque primeiro dessa “oportunidade” e do meu Eu, que por causa da aparência o julga sem propriamente avaliá-lo, refleti-lo, quanto a sua importância; pode-se dizer que essa imediatez em negar o que possa ser importantíssimo, e/ou ter o entendimento de reconhecer-se como ignorante — tal como Sócrates — fruto da nossa vontade que direciona cada vez mais ao imediatismo, e também em pensar que nosso conhecimento está “acabado”, “finalizado”; de que já não temos nada a aprender; que a tecnologia mediante a ciência os tornou (homens) não somente deuses do conhecimento, mais ainda, tornaram-se baluartes, deuses da razão. Se existe um responsável por isso (ou mais de um), respondo com — a gênese cismática medieval e a modernidade. O que provará que essas reflexões se sustentam? O próprio tempo; haja vista em um exemplo comum, como quando pegamos um texto, um livro e pensamos em diálogo consigo mesmo — pensando: Por que não aproveitei mais esse texto? Por que não aproveitei mais essa aula? — isso significa algo que popularmente é dito; dizem que se tivessem isso a morte já o teria batido a porta e o levado: o arrependimento. É o arrependimento que nos leva a um tempo anterior junto a razão reflexiva, mostrando que somos ignorantes e ingratos.
Talvez eu nunca tenha coragem de dizer tudo isso em voz alta.
Talvez minha voz trema, talvez o mundo cale, talvez eu não encontre o momento certo.
Mas aqui, nestas linhas que não mentem, deixo registrado o que meu peito vive gritando em silêncio:
Eu te amo.
Te quero.
Te desejo.
E te escolho — hoje, amanhã e sempre.
Você é a razão das minhas esperanças,
o brilho por trás das minhas inspirações,
e o destino que meu coração reconheceu antes mesmo de eu entender o que era amar.
Se um dia meu silêncio te confundir, lembra destas palavras:
meu amor por você é maior do que qualquer medo.
Nunca confie em alguém
que fale mal dos outros com você. Certamente, você, pode ser a próxima vítima...
Cansei de ser zona de conforto a quem nunca me viu como prioridade. Portanto, não se assustem com minha indiferença...
O Paradoxo Sagrado
Aquele que nunca se afogou em seu próprio abismo,
Nunca ouviu o sussurro de sua própria alma.
Quem nunca deixou o caos assumir o leme,
Nunca viu as estrelas reassumirem seu papel.
O caminho que chamamos de "erro", o plano "fracassado",
Só ele pode romper a fortaleza do real.
O mapa perfeito, a linha mais reta, impecável —
Leva apenas aonde corações entorpecidos já não sentem.
Agora... no mais profundo silêncio, ouça-o cantar,
A noite mais negra agora mostra o que o dia não pôs.
Em plena rendição, tornei-me rei,
Minhas partes quebradas — onde toda força foi forjada.
Persegui a Luz com um fogo tão cegante,
Que perdi a própria verdade que esperava encontrar.
Lutei contra a Sombra com um desejo cativo —
Minhas próprias correntes apertando-se em minha mente.
Até que... a guerra em mim simplesmente se desfez.
Deixei cair a espada. Deixei a tempestade começar.
Dei à escuridão meu sim final para proferir...
E lá, dentro daquele sagrado, estelar vórtice sem luz...
...eu vi.
Bendita, a ruptura que me fez completo!
Bendito, o vazio que preencheu minha alma!
Sagrada, a dúvida que pariu um saber mais profundo!
A Pergunta que superou seu próprio crescimento!
Não busques a resposta — sê-a, através da queda.
O paradoxo não é um muro...
...é a dança que nos liberta da necessidade de vencer.
É no perdido, que verdadeiramente... começamos.
Viva o Agora!
Aprecie o Agora.
Ame Agora!
Nunca esqueça aquele Abraço.
Aquela Palavra não Dita.
Pode ser Tarde Demais...
Certa vez, uma pessoa me disse: você nunca amará alguém da mesma forma que amou o seu primeiro amor. Se vocês, de alguma maneira, terminarem juntos para sempre, significa que tiraram a sorte grande na vida. Mas se por um acaso, isso não acontecer, tudo bem. Mas não espere outro amor com a mesma intensidade, paixão e emoção, pois isso não acontecerá. O primeiro amor sempre será o que marcou mais.
Se a gente nunca mais se encontrar nessa vida, tudo bem, quero que saiba que te desejo o melhor. E quem sabe, em uma outra vida, a gente tenha mais sorte e coragem.
Você que me fez amar como nunca…
Nunca idealizei um amor assim
Assim me deixou apaixonada
Apaixonada por tua alma e teu corpo
Corpo ardendo de paixão
Paixão que não acabou com teu abandono
Abandono que me destruiu
Destruiu a cor da minha vida.
