Nunca Desconfie de Mim tenho Carater

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Tenho muita coisa aqui pra te oferecer, mas sabe o que é? Sou incompleto, também preciso receber.

Antes de me casar eu tinha seis teorias sobre como educar aos filhos. Agora tenho seis filhos, e não me resta nenhuma teoria.

Em algumas situações eu tenho o incrível dom de ser irônico. Desculpa, mas não dá pra evitar.

‎No fundo, bem no fundo, eu tenho é tanta saudade de tudo.

Eu sei de cor tudo o que tenho que fazer para dar certo, mas tenho medo da responsabilidade de ser notada.

E eu só estou sorrindo à toa, qual o mal nisso? Não me droguei, não estou bêbada e não tenho nenhum parafuso a mais ou a menos. Só estou feliz. Sem motivos mesmo.

Não me peçam razões, que não as tenho,
(...) bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Eu concordo cem por cento com o que Cristo falou. Aliás, eu tenho dificuldade com isso, porque sou um pecador.

Perdoem o silêncio, o sono, a rispidez, a solidão. Está ficando tarde, e eu tenho medo de ter desaprendido o jeito. É muito difícil ficar adulto.

Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu: Cartas. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2002.

"Não acredito em nenhum homem porque, infelizmente, tenho muitos amigos (homens) e, pra piorar, nasci espertinha."

Eu tenho uma boca e eu não tenho medo de usá-la.

Eu às vezes tenho a sensação de que estou procurando às cegas uma coisa; eu quero continuar, eu me sinto obrigada a continuar. Sinto até uma certa coragem de fazê-lo. O meu temor é de que seja tudo muito novo para mim, que eu talvez possa encontrar o que não quero. Essa coragem eu teria, mas o preço é muito alto, o preço é muito caro, e eu estou cansada. Sempre paguei e de repente não quero mais. Sinto que tenho que ir para um lado ou para outro. Ou para uma desistência: levar uma vida mais humilde de espírito, ou então não sei em que ramo a desistência, não sei em que lugar encontrar a tarefa, a doçura, a coisa. Estou viciada em viver nessa extrema intensidade.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Conversa telefônica.

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Tenho sentido uma enorme e discretíssima felicidade apenas por acordar cedo (acordar já é vitória; cedo, vitória dupla).

Tens com certeza um mester, um ofício, uma profissão, como agora se diz. Tenho, tive, terei se for preciso, mas quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver. Não o sabes. Se não sais de ti, não chegas a saber quem és. O filósofo do rei, quando não tinha o que fazer, ia sentar-se ao pé de mim, ao ver-me passajar as peúgas dos pajens, e às vezes dava-lhe para filosofar, dizia que todo homem é uma ilha, eu, como aquilo não era comigo, visto que sou mulher, não lhe dava importância, tu que achas, Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós.

Ultrapassar a dor é a pior crueldade. E eu tenho medo disso, eu que sou extremamente moral. Mas agora sei que tenho de ter uma coragem muito maior: a de ter uma outra moral, tão isenta que eu mesma não a entenda e que me assuste.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A compreensão que tenho com os outros não é, senão, fruto do aprendizado com aqueles que foram compreensivos comigo.

Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Dessa vida não se leva absolutamente nada, mas eu tenho um medo desgraçado daquilo que um dia ela levará de mim.

Tenho lá meus defeitos, porém tenho muitas qualidades. Me conheça antes de julgar, não julgue antes de conhecer minha história.

(...) eu tenho essa coisa de ficar mexendo com a magia.