Noite Passada
Eu chorei hoje. Ontem eu também chorei. Chorei na semana passada e por muitos dias deste ano. A verdade é que tenho chorado todos os dias, por mais dramático que isso possa parecer. Me sinto vazia, me sinto como parte da paisagem do meu quarto escuro. Na verdade vim ao mundo para misturar a falta de brilho da minha vida, com o escuro do meu quarto. Há escuridão dentro de mim. A solidão deixou minha alma doente. O medo me paralisou, não sei como seguir sozinha. Tenho medo de muitas coisas, mas a maior delas talvez seja nunca mais voltar a sorrir com o mesmo brilho de antes.
Te amai tanto na semana passada, e ontem tive nojo de você. Estava tomando o meu vinho com outro, depois de tudo que passamos e continuo sorrindo.
Autoconhecimento, identificar as qualidades e não só os defeitos, aprender com a experiência passada, tratar-se com amor e carinho, acreditar que merecemos ser amado e se é especial, fazer todo dia algo que te deixe feliz é o bolo da felicidade e prosperidade.
Em minha vida passada fui um alguém ingnorante, que tentava embebedar-se com vinho para esquecer suas tristezas; Andava pela cidade com ar de quem comanda, mas porém, um ar sufocante de depressão. Era elegante, as vezes mau humorado e as vezes bem humorado. Em minha maleta eu carregava lágrimas que ninguém tinha visto eu derramar e sonhos esquecidos dos outros. Sim, eu era um portador de almas, carregava as dores e as vidas falecidas em minha consciência e as levava para um um lugar melhor. Um lugar onde elas ficariam presas em seus mundos maravilhosos e em suas únicas lembranças mais Boas.
As vezes quando estou pacífico e feliz, sinto uma imensa vontade de me ver em senas de vidas passadas, mas... Quando estou raivoso e triste, confesso que essa possibilidade me amedronta.
Semana passada estava em um bar e me deparei com um cara que disse o seguinte:
- Vocês mulheres quando acabam um namoro ficam saindo e querendo mostrar que é feliz pro ex.
E a minha resposta foi a seguinte:
- Meu queridinho, as mulheres não vivem em função de homens, pelo menos não a maioria, quando terminamos um relacionamento encontramos outra vida nos aguardando que nos mostra que não existe apenas homens, amores e esperados telefonemas e sim amigos, balada, curtição e tequila. A vida tem diversos lados, e a gente aprende a olhar para todos eles.
Mata-me, o amor!
Na semana passada me ocorreu uns acontecimentos. Estive meio mal de saúde. Começou com uma gripe desgraçada, passou para pontadas, dor de cabeça, febre, e então resolvi ir ao hospital. Chegando lá, tive de esperar na sala de espera, como todo bom 'paciente'. Enquanto eu esperava minha mãe chegar lá, eu chorava. Havia uma mãe com um bebê. Havia uns senhores e senhoras de idade. Havia um jovem acidentado. E havia também uma mulher sem cabelo e com um lenço na cabeça. Imaginei que estivesse morrendo de câncer. E então ali estava a morte, a também estava a vida e toda a sua fragilidade. E ali estava eu. Então, me perguntei qual o sentido disso tudo, e a resposta veio em segundos. Na verdade, veio em forma de imagem. A imagem dele em minha mente, um rápido flash. Eu sabia sim que o sentido da vida era o amor. E eu sabia que ele era o meu sentido, o meu amor, a minha vida. Então comecei a tremer e chorar de tamanha emoção que era a vida. Então minhas mãos e meu rosto começaram a formigar e endurecer. Estavam se atrofiando, e eu parecia uma velha torta. Fiquei assustada e fui tomar um pouco d'água. Mal consegui segurar o copo. Nisso chegou minha mãe e começou a chorar junto de mim. Passei por uns exames rápidos e então as enfermeiras me disseram que eu não tinha nada além de uma forte gripe. De repente senti-me melhor e fomos embora. Mas minha mãe sabia o verdadeiro motivo de todo esse mal estar. Ela sabia a verdadeira resposta disso tudo, e momentos depois eu também descobri. Era ele, e só ele. E eu devia contar, desabafar e então me livrar. Mas eu não queria me livrar dele. Eu não queria dizer à ele que fosse feliz, porque eu queria ser o motivo de sua felicidade. Mas eu não era. Eu não era nada para ele, enquanto ele era meu tudo. E eu podia continuar vivendo, mas tudo já está tão sem graça. E eu tinha tanta esperança de ser feliz. Agora eu não tenho nada, nenhum sentimento, nenhuma pessoa, nada além do tédio. Nada além da monotonia insuportável. No fim das contas, perdi todo o amor pela família e a família por mim. Perdi o amor pelos amigos e os amigos por mim. Não perdi o amor por ele, mas ele nunca teve nem terá amor por mim. No fim das contas todos me decepcionaram e eu decepcionei todos. E essa é minha insuportável vida. E eu ainda me pergunto que diabos estou fazendo aqui. Talvez o lugar de demônios seja nesse inferno mesmo.
quero voltar aquele mar e te poder beijar
dentro de agua como na nossa vida passada
amor es a minha vida mas isto nao e uma interna despedida
Quanta gente ficou até de mal com os outros só por causa desta maldita política passada! Voltemos todos a ter um bom entendimento, por que, a política passa, os políticos não desistem nunca, e, a amizade sincera, essa sim, dura para sempre. Abraços fraternos.
''Em frases que se perderam em uma década passada ,
Em frases que não se entendem muito mais o que querem dizer,
Estavam soltos
Estavam soltos pessoas...
Estavam soltos palavras... ''
Na noite passada as lâmpadas nos abandonaram...
Mas não existe escuridão tão profunda e poderosa que a simples luz de uma vela não possa destruí-la.
Outras infinitas velas podem ser acesas com essa mesma chama.
E nem por isso a vida da vela será mais curta.
A alegria nunca míngua por ser compartilhada.
Sorrisos iluminam as trevas do mundo, são os compartilhamentos da felicidade.
Sorriam sempre
Uma pausa para o RESPEITO (ou o que preferir):
Semana passada enquanto caminhava para adentrar no supermercado, deparei-me com uma senhorinha e uma garota que deveria ter seus quinze à dezessete anos, logo supus tratar-se de avó e neta. A senhorinha a acariciou no rosto e a menina lhe sorriu docemente, e em seguida a vovó afastou-se em direção a um carro estacionado próximo ao acostamento da rua. A menina continuou sorrindo até a senhora lhe dar as costas. Conseguintemente, pegou o celular e em segundos começou a conversar com alguém do outro lado da linha.
— Ainda estou aqui com a velha chata! – Disse a mesma.
Fiquei espantada, obviamente. Foi como ver um anjo descer dos céus enquanto lhe surgiam chifres na testa.
— Urgh!! Eu não sei. Talvez daqui a umas duas horas. Minha avó esqueceu de pôr umas coisas no carrinho. Além de lenta, é burra! – Continuava ao telefone, e eu a ponto de ser flagrada observando-a boquiaberta.
Em alguns instantes, a vovó retornou, e a mesma face infame da adolescente irritada, de repente, se transformou num encanto de rostinho sorridente. Desisti até de fazer o que eu estava ali para fazer. Resolvi que lavaria a minha farda com sabonete mesmo. Dei meia volta e zarpei.
Mais tarde, combinei de sair com uma amiga para fazermos um lanche. Fomos ao shopping e nos sentamos à mesa do primeiro fast food que avistamos na praça de alimentação. Conversa vai, conversa vem, comida entra, gorduras trans também... E, cabum! Do nada uma gritaria incidiu na mesa ao lado.
— Você é uma incompetente! – Ladrou um homem de cavanhaque. Ele estava se levantando da mesa quando me virei para olhar. Vestia-se uniformemente, digamos que tinha uma boa aparência, e estava na companhia de uma mulher e duas crianças. Falava em bom e alto tom com uma atendente que, assombradamente, olhava para ele.
— Me desculpe, senhor, mas esse é o prato que consta no pedido... – Ela gaguejou.
— Mas não foi isso o que eu pedi. Eu e minha esposa passamos mais de quarenta minutos aguardando, algo que já é um desrespeito com o consumidor, e então você me traz essa porcaria que até minha filha de sete anos é capaz de fazer em menos da metade do tempo que vocês levaram. Isso é um absurdo! – Os gritos do homem ecoavam.
Fiquei tão constrangida pela mocinha ali em pé que perdi até o resto da minha fome, e olha que eu adoro sanduíche de bacon, e nesse dia eu havia pedido dois. Sobrou pro tiozinho que pede ajuda na rua.
À caminho de casa, escapei de ser atropelada três vezes, sendo que em duas, o sinal estava vermelho para os carros e livre para mim; Na terceira, o ser benéfico vinha na contramão, e ainda por cima me chamou de alguns grandes nomes. Nem minha mãe escapou dos elogios.
Chegando então à portaria do meu edifício me encontrei com Maria de Fátima, minha vizinha de andar. Ela estava com o filho mais novo de dez anos conversando com o porteiro.
— Me faz esse favor, Seu Antônio – dizia ela quando passei pela primeira porta.
— Espere só um segundinho, Dona Maria, que eu vou interfonar – Disse o Sr. Antônio.
Parei para falar com o baixinho e cumprimentá-la. A mesma me abriu aquele sorrisão de sempre.
— Boa noite, minha linda! Estou aqui desesperada atrás do gato desta criança, pra ver se ela me deixa em paz. Você não o viu por aí não, viu?
— Não, senhora – Lamentei.
O menino então começou a puxá-la por um dos braços.
— Mamãe, deixa eu ir pro parquinho, por favor!
Dona Maria apenas o ignorou.
— Pedi para o porteiro averiguar com alguns vizinhos. Vai que alguém viu o bichinho por aí, né?
— É...
— Vai mamãe, vai, vai! Deixa! – Insistia o menino.
E dona Maria nada.
— MÃÃÃÃE!!!!
— O que peste é que tu quer, menino?! Não tá vendo que eu estou conversando com a moça? Seu mal educado! Vai apanhar quando chegar em casa, me aguarde!
— CHATA! Te odeio!
Fiquei com aquela cara de pamonha batida, disfarcei com um risinho amarelo e subi.
Chegando ao apartamento, encontrei minha prima e o namorado na sala. A mesma logo apontou para o buquê enorme em cima na mesa de jantar.
— O que houve aqui, hein? – Perguntei entusiasmada.
— Um ano de namoro! – O casal de pombinhos respondeu quase ao mesmo tempo.
— Que lindo! Felicidades, gente! Que esse seja só o primeiro de muitos – Desejei de coração, e imediatamente disparei para o banheiro.
Depois do sanduíche mal digerido, era chegada a hora de reinar no trono. Me tranquei lá dentro e enquanto recuperava minha dignidade, não pude deixar de reparar que o namorado da minha prima esquecera o celular em cima da pia. Lá estava e lá ficou. Terminei minha tarefa de casa e, depois de uma ducha, uma última etapa que seria escovar os dentes. Olhando para o espelho à medida que enxaguava a boca, olhei de canto e o aparelho então vibrou e acendeu sobre o mármore. Aquilo não era um celular, era um tablet! E a mensagem apareceu na tela inesperadamente, de modo que até um cego leria sem intenção. Era da Sandrinha, irmã do namorado da minha prima e, também, melhor amiga dela.
“ÔHHH SEU RETARDADO, VAI DEMORAR MUITO AÍ AINDA? A FERNANDA NÃO PARA DE LIGAR AQUI PRA CASA, JÁ TÔ DE SACO CHEIO DESSA MENINA. VÊ SE BAIXA LOGO O FOGO DELA, OU CHUTA ESSA VACA DE VEZ!!”
Só pra constar, Fernanda não é minha prima. Minha prima se chama Bia.
Então, estava eu me refazendo de uma feição confusa quando outra mensagem apareceu na tela.
“GATINHO, CADE VC?! A GENTE COMBINOU QUE VC SERIA SÓ MEU HOJE, POXA! O QUE É QUE FOI? NÃO GOSTA MAIS DE MIM? E SE EU TE DISSER QUE PASSEI O DIA USANDO NADINHA POR BAIXO, HUM? TÁ NA CASA DA SONGAMONGA, NÉ? AFF, ME LIGA ASSIM QUE PUDER.”
Nossa, que fofa essa Fernanda!
E, fim! Foi nesse momento que eu desisti de viver. Deixei o banheiro e caminhei na ponta do pé até o corredor da sala e os dois ainda estavam lá, sentados no sofá, sendo lindos juntos. Pra piorar, peguei exatamente o momento em que o príncipe dizia:
— Você é linda, sabia? Não há outra pessoa no mundo com quem eu gostaria de estar nesse momento. Te amo, Bia!
Juro que pus a mão na boca na tentativa de interromper o refluxo, afinal, pimenta no olho alheio é refresco, mas e no seu?
Dei meia volta e quando já estava para entrar no meu quarto, eis que Bia surge e me empurra porta a dentro.
— Oh, meu Deus! Isso é um aviso – Eu disse, ainda me recuperando do susto, — Eu não devia me intrometer, mas você não merece isso. Sabe o...
— Shhhhh, fica quieta! – Bia me interrompeu. — Preciso que me faça um favor, urgente!
Permaneci sem entender enquanto a observava tirar o celular de dentro da blusa.
— Toma! Se o Juninho ligar outra vez diz que eu estou dormindo, sei lá, inventa que eu não tava me sentindo muito bem e que fui deitar mais cedo, tá bom? Mas fala baixinho, tá? Discreta.
— E quem é o Juninho?
Bia então me sorriu daquele jeito que substituia qualquer resposta dita. Retornou para a sala e eu, finalmente, me tranquei no quarto. Olhei para minha cama, para a escrivaninha, para a janela e até para o chiclete que colei atrás da cadeira do computador. Queria ter certeza de que mais nada nem ninguém iria me surpreender, naquele dia. Voltei-me para cama novamente e lá estava eu, dormindo, provavelmente sonhando com algum tipo de utopia...
É. Eu sou minha consciência, e sair para passear, as vezes, é estranho.
Meu passo torto e trêmulo,
minha camisa mal passada,
meu tênis sujo,
pedaços de vidro
chovendo do céu,
tudo é tão ruim,
quando não me visto
de você.
Roney Rodrigues em "Intempérie"
..."Não se despreza nenhuma experiência passada! Elas valem ouro! Imaginem nós sem elas? Nós seriamos sem gosto, sem opção, sem razão, sem noção, sem opinião, sem ideias. Nós seriamos todos sem."... Ricardo Fischer.
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