No Silencio da Noite Sinto sua falta

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Um dia, ela descobriu sozinha que era duas! A que sofre depressa, no ritmo intenso e atroz da noite e a que olha o sofrimento do alto do sono, do alto de tudo, balançada num céu de estrelas invisíveis, sem contato nenhum com o chão.

Quando Você Voltar

Vai, se você precisa ir
Não quero mais brigar esta noite
Nossas acusações infantis
E palavras mordazes que machucam tanto
Não vão levar a nada, como sempre
Vai, clareia um pouco a cabeça
Já que você não quer conversar.
Já brigamos tanto
Mas não vale a pena
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
Sei que existe alguma coisa incomodando você
Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te amo...

É noite pura e linda. Abro a minha janela
E olho suspirando o infinito céu
Fico a sonhar de leve em muita coisa bela
Fico a pensar em ti e neste amor que é teu!

D’olhos fechados sonho. A noite é uma elegia
Cantando brandamente um sonho todo d’alma
E enquanto a lua branca o linho bom desfia
Eu sinto almas passar na noite linda e calma.

Lá vem a tua agora. Numa carreira louca
Tão perto que passou, tão perto à minha boca
Nessa carreira doida, estranha e caprichosa.

Que a minh’alma cativa estremece, esvoaça
Para seguir a tua, como a folha de rosa
Segue a brisa que a beija… e a tua alma passa!

Travessia

Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver

Era noite e fiz um movimento descuidado dentro do sonho; virei bruscamente de mais a esquina e choquei contra a minha loucura.

Anaïs Nin
NIN, A., A Casa do Incesto, Assírio e Alvim, 1993

Por isso creio
Cada noite no dia,
e quando tenho sede creio na água,
porque creio no homem.
Creio que vamos subindo
o último degrau.
Dali veremos
a verdade repartida,
A simplicidade implantada na terra,
O pão e o vinho para todos.

É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.

Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa

Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa,
Substitui o calor.
P'ra ser feliz tanta coisa é precisa.
Este luzir é melhor.
O que é a vida? O espaço é alguém pra mim.
Sonhando sou eu só.
A luzir, em quem não tem fim
E, sem querer, tem dó.
Extensa, leve, inútil passageira,
Ao roçar por mim traz
Uma ilusão de sonho, em cuja esteira
A minha vida jaz.
Barco indelével pelo espaço da alma,
Luz da candeia além
Da eterna ausência da ansiada calma,
Final do inútil bem.
Que, se quer, e, se veio, se desconhece
Que, se for, seria
O tédio de o haver... E a chuva cresce
Na noite agora fria.

A UM MORIBUNDO
Não tenhas medo, não! Tranqüilamente,
Como adormece a noite pelo Outono,
Fecha os teus olhos, simples, docemente,
Como, à tarde, uma pomba que tem sono...
A cabeça reclina levemente
E os braços deixa-os ir ao abandono,
Como tombam, arfando, ao sol poente,
As asas de uma pomba que tem sono...
O que há depois? Depois?... O azul dos céus?
Um outro mundo? O eterno nada? Deus?
Um abismo? Um castigo? Uma guarida?
Que importa? Que te importa, ó moribundo?
- Seja o que for, será melhor que o mundo!
Tudo será melhor do que esta vida!...

A vida, a noite, as festas, tudo continua igual. O mesmo fedor de cigarro no cabelo, o mesmo homem bonito me olhando de longe, o mesmo homem bonito que, quando chega perto e abre a boca, eu gostaria que tivesse permanecido longe. O mesmo ânimo em pertencer, a mesma alegria em comemorar, a mesma festa em se encontrar. Mas ninguém sabe exatamente ao que pertence, o que comemora e muito menos o que encontra.

Onde estivestes de noite
Que de manhã regressais
com o ultramundo nas veias,
entre flores abissais?

O amor é uma doença. Eu sinto náuseas, febres, dores musculares. Eu acordo assustada no meio da noite. Eu choro à toa.

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crônica "O amor é uma doença".

Me sinto bem em não participar de nada. Me alegra não estar apaixonado e não estar de bem com o mundo. Gosto de me sentir estranho a tudo...

E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nesta saudade
Que eu sinto de tudo
Que eu ainda não vi.

Renato Russo

Nota: Trecho da música Índios.

Sinto saudades de quem não me despedi direito, das coisas que deixei passar, de quem não tive, mas quis muito ter.

Desconhecido

Nota: Embora a autoria seja normalmente atribuída a Clarice Lispector, na verdade o trecho se trata de um híbrido, que combina elementos e excertos de Antônio Carlos Affonso dos Santos com outros, escritos por um autor desconhecido.

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O jeito como eu sinto por você nunca vai mudar. É claro que eu te amo - e não há nada que você possa fazer pra mudar isso!

Amo-te como quem ama a rosa
Me aproximo
Sinto teu perfume
Rego-te
Te admiro
Mas não te tomo para mim
Pois ao tomar-te para mim
Eu veria tua beleza dissipando-se diante de mim
Faço-me, portanto, beija-flor
E beijo-te apenas
Nunca te carrego comigo
- Levo-te apenas dentro de mim...

Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto.

Fernando Pessoa
PESSOA, F. Livro do Desassossego, por Bernardo Soares. Vol. II. Mem Martins: Europa-América, 1986.
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Confissão

à espera da morte
como um gato
que saltará sobre a
cama

sinto terrivelmente por
minha esposa

ela verá este
corpo
duro e
branco

vai sacudi-lo uma vez, depois
quem sabe
outra:

"Hank!"

Hank não
responderá.

não é minha morte o que
me preocupa, é minha mulher
abandonada com este
monte de
nada.

quero
no entando
que ela saiba
que todas as noites
dormindo
ao seu lado

que mesmo as discussões
inúteis
sempre foram
esplêndidas

e que as palavras
difíceis
que sempre temi
dizer
podem agora ser
ditas:

Eu te
amo.

Charles Bukowski
Textos autobiográficos. Porto Alegre: L&PM, 2011.

Não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender e deixar de sentir.

Desconhecido

Nota: A citação é atribuída a Clarice Lispector, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

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