Ninguem te faz Feliz

Há uma espécie de conforto na auto-condenação. Quando nos condenamos, pensamos que ninguém mais tem o direito de o fazer.

O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não se amar a si próprio.

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.

Não há garantias. Do ponto de vista do medo, ninguém é forte o suficiente. Do ponto de vista do amor, ninguém é necessário.

Quem quer agradar a todos não agrada a ninguém.

Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos.

Nunca discuta, não convencerá ninguém. As opiniões são como os pregos; quanto mais se martelam, mais se enterram.

Nunca ninguém conseguirá ir ao fundo de um riso de criança.

Que maravilha é ninguém precisar esperar um único momento para melhorar o mundo.

Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer um pouco.

É errado quando acreditas em cada um, mas também é errado quando não acreditas em ninguém.

Engolir as más palavras que não se dizem, nunca fez mal a ninguém.

Na vida pública, ninguém olha para os que estão pior, mas apenas para os que estão melhor.

Não há ninguém mais fácil de enganar do que um homem honesto; muito crê quem nunca mente, e confia muito quem nunca engana.

Não levo ninguém a sério o bastante para odiá-lo.

Ninguém pode ser escravo de sua identidade: quando surge uma possibilidade de mudança é preciso mudar.

Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição.

Ninguém pode ver nem compreender nos outros o que ele próprio não tiver vivido.

A sabedoria não se transmite, é preciso que nós a descubramos fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma maneira de ver as coisas.

Mistério

Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.

Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.

Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas…

Talvez um dia entenda o teu mistério…
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!