Nietzsche Educação
Corajosos, despreocupados, escarninhos, violentos, assim nos quer a sabedoria, ela é mulher e só ama quem é guerreiro.
Nossa vocação toma conta de nós, mesmo quando não a conhecemos; é o futuro que dita a regra do nosso hoje.
“(...) e o fim de vossa viagem será chegar ao lugar de onde partimos. E conhece-lo pela primeira vez...”
“...Nossos tesouro está na colmeia
de nosso conhecimento.
Estamos sempre voltados a essa direção,
pois somos insetos alados da natureza, coletores do mel da mente...!"
Conheci muitas pessoas que não gostam de si mesmas e tentam superar isso, persuadindo primeiro os outros a pensarem bem delas. Feito isso, elas começam a pensar bem de si próprias. Mas essa é uma falsa solução, isso é submissão à autoridade dos outros. Sua tarefa é aceitar a si mesmo, não encontrar formas de obter aceitação.
Não conheço em absoluto o ateísmo como resultado, menos ainda como acontecimento: em mim, ele é óbvio por instinto. Sou muito inquiridor, muito cético, muito altivo para me satisfazer com uma resposta grosseira. Deus é uma resposta grosseira, uma indelicadeza para conosco, pensadores – no fundo, até mesmo uma grosseira proibição para nós: não devem pensar!”,
in Ecce Homo.
Saber esperar é algo tão difícil (...) Se eu tivesse deixado o sentimento esfriar por um dia apenas (...) Quem no meu lugar ja não tomou uma ovelha por um herói? será uma coisa tão monstruosa? Pelo contrário, é algo humano e comum.
“... Os poços mais profundos vivem suas experiências lentamente: esperam um bom tempo até saberem o que caiu em suas profundezas...!”
Quem não sabe desprezar não sabe respeitar.
Todo grande amor traz consigo o cruel pensamento de matar o objeto do amor, para subtraí-lo de uma vez por todas ao sacrílego jogo da mudança: pois o amor tem mais receio da mudança que do aniquilamento.
Há sabedoria nisso, sabedoria de vida, em receitar para si mesmo a saúde em pequenas doses e muito lentamente.
Reduzir uma coisa desconhecida a outra conhecida alivia, tranquiliza e satisfaz o espírito, proporcionando, além disso, um sentimento de poder.
O Diabo — o mais antigo amigo do Conhecimento
O Diabo é quem tem as perspectivas mais largas sobre Deus, por isso se distancia tanto dele; o Diabo é o amigo mais antigo do Conhecimento.
O homem do conhecimento, ao obrigar seu espírito a conhecer, contra o pendor do espírito e também, com frequência, os desejos de seu coração – isto é, a dizer Não, onde ele gostaria de aprovar, amar, adorar – atua como um artista e transfigurador da crueldade.