Neve
Longínquo tempo
Longínquo tempo.
A neve cobria a estrada.
Meus passos ficavam marcados.
Eu andava apressado.
Corria e ria…
Não sentia o frio que cortava meu rosto e mãos descobertos…
Não importava se era o frio da neve ou o calor do deserto.
Tinha você por perto.
Hoje estou só.
Não chove, nem venta.
Não neva também.
As ondas espreguiçam-se languidamente pela areia…
Uma vela lá longe tremuleia…
Ando.
Vagarosamente.
Não deixo marcas na areia.
A água do mar se encarrega de tudo apagar.
Não quero mais marcas.
Comecei a ter medo.
Já não sorrio… não rio mais.
Minha alegria ficou perdida há tanto tempo…
Minha alegria está tão lá atrás.
Há um tempo iniciei a saga de esconder…
E assim, confesso, tenho conseguido sobreviver.
Queria saltar de para-quedas, escalar montanhas, mergulhar numa água cristalina, tocar na neve... A vida é boa, mas é melhor com você!
Quebrando o gelo
Gotas de chuva de sentimentos batem em mim e viram flocos de neve,
mas ao caírem no solo se transformam em pétalas de rosas,
coração aquebrantado, rocha ganhando forma de diamante,
noite a dentro sendo iluminada estranhamente por incontáveis vagalumes caídos do céu,
alma lavada, solo fértil e pureza no coração, a felicidade esta no ar.
Lua de Gelo
Caminhando em meio a floresta coberta de neve densa olhei para o céu ao norte e vi a Lua de gelo entre os picos das montanhas.
Determinado a alcançar o topo da maior montanha continuei lutando inabalavelmente contra os meus medos e as minhas ansiedades,
abastecido de amor e movido pela coragem encarei feras, desviei de avalanches e zombei do frio congelante ao subir cantando as nossas músicas bem alto! A minha voz ecoava alegremente pelos corredores montanhosos.
Parei por uns instantes e pude refletir em silêncio sobre nós, sobre a nossa linda historia escutando apenas os barulhos dos ventos fortes e apreciando toda aquela paisagem a minha volta.
Com a alma recarregada de respostas e o pulmão fortalecido de equilíbrio, consegui chegar no lugar mais alto e mais belo do meu mundo. E então depois de muita euforia e gritos de realização pela conquista, comecei a conversar em particular com a Lua de gelo e ela atentamente me ouviu com garantias de cumprir o nosso pacto.
Agora sei que aonde você estiver meu amor, saberá o que tenho para te dizer, entenderá o que sinto e o quão importante você é para mim.
Peguei um pouco de neve e as espremi nas minhas mãos esculpindo-as num formato de bola,
logo, lancei em direção ao céu,
então percebi que havia criado um sol.
Inseparáveis
Caminhando na estrada cheia de neve em volta pelas 4:20 da manhã vi beleza, senti medo,
orelhas em pé, olhares atentos, meu cachorro avistou uma vida animada e esperançosa vindo ao longe na nossa direção,
ofereci uma bebida quente e um belo olhar penetrante falando sobre a minha alegria em conhecer aquela bela mulher que se apresentou de surpresa como uma linda aparição,
de passo em passo fomos ganhando a confiança apoiados pelos latidos do meu doce filho peludo,
depois de alguns sorrisos e saberes um do outro o céu voltou a ficar claro, apesar da neve eu me sentia numa manhã de verão,
da li em diante já se vão muitos invernos e muitos verões com nossas mãos inseparáveis.
Preciso disso...
Uma casa com a neve lá fora embelezando a paisagem,
as montanhas protegendo dos ventos gélidos,
o sol aparecendo brevemente entre as nuvens,
e você em frente a lareira para aquecer o meu coração.
Caçador de rosas
Os cachorros puxando o trenó na velocidade da luz em cima da neve pesada,
a noite do dia "D" querendo chegar com pressa,
os lobos uivando em volta com fome quase implorando para eu ficar,
fumaça da chaminé a vista coração acelerado,
entro na cabana com o espírito renovado, o café e os bolinhos acabaram de sair do forno a lenha,
hora de comemorar nossos três anos de casamento, entrego nas mãos da mulher prometida de todas as minhas vidas as únicas três rosas meio amassadas que ainda restaram lá fora da minha caçada de dois dias.
Mudando o cenário
Nas montanhas, no rio, na floresta a neve por toda parte,
a cor predominante é o branco,
dos altos e baixos, das idas e vindas o vazio é gélido é implacável,
não tão distante até aonde a minha vista pode alcançar um fenômeno da natureza quer se expressar,
vejo explosões em forma de fumaça gigantesca atingir o céu,
sinto o chão tremer com a mesma energia de um coração apaixonado,
o vulcão quer ganhar vida, quer mudar todo o cenário ao seu redor, sua força já está sendo sentida, suas mudanças já estão sendo vistas a distância.
Saindo da bolha...
Dentro de uma bolha de gelo cercado por neve e com o tempo fechado a vários dias não pude ver nada de novo, nada de especial,
até que o sol brilhou novamente e deu vida assim como visibilidade aos meus dias, então pude voltar a sonhar de novo.
Tsunami humana
Foi como uma bola de neve rompendo impiedosamente o pico do Everest. Ou mesmo um barulho ensurdecedor em grandes shows de rock in rool.
Observando minuciosamente parecia uma cidade em toque de recolher. Senão a curiosidade incessante de um repórter sintilante cobrindo um fato importante em pleno raiar do dia.
Olha ! Olha! Veja só. Corra depressa!!!
Somente elas entendiam aquilo. Nota-se que em meio aquele tumulto havia pessoas preocupadas com aquele acontecimento pavoroso.
Não havia coerência no que elas diziam : ‐- quem é? ‐- -- É ele. -- Quem ? -- O cara. -- Que cara? -- O dono do motão.-- Qual moto? -- Tornado.
Não deu para entender muito bem. Será um acidente? Ou uma confusão? Talvez seja a presença de Luiz Inácio Lula da Silva. Credo!
Não é nada disso. Mas a euforia demonstrada nos gestos e atitudes indicam o contrário. As frases clássicas e cálidas pronunciadas deixavam toda a plateia boquiaberta. Havia aqueles que ficavam enfurecidos tamanha surrealidade.
Nocivo, incompreensível e inofensivo. Cada um tem o seu ponto de vista, mas ali no dia 04-11-de 2009, aquela tsunami humana, era simplesmente sintomas da fase.
211222
Tu não amas. Finges! Pois o teu beijo agora é mais frio do que o Alasca. E o teu coração, inerte e rijo como uma esfinge. Tocas em mim e dentro do meu ser tudo vira nevasca... E petrifica minh'alma que antes ardia em chamas. A nossa cama tornou-se num imenso deserto. Olho e não vejo você por perto. Se fala comigo é somente com ironia. Somos dois ausentes vivendo juntos sem amor, sem alegria, sem assunto... Silêncio e distância torna a nossa casa ainda mais vazia. Estou indo embora! E quem sabe lá fora, em meio a desconhecida multidão, eu encontre algo que me deixe menos sozinho do que estou agora. Quem sabe um canto que me caiba? Mesmo que seja dentro do meu próprio mundo. Nessa areia movediça dentro do teu coração quanto mais eu corro mais eu me afundo. E mesmo assim eu te perdôo por tudo. Mas eu já não me iludo com mais ninguém em meu caminho. Às solas dos meus pés estão cheias de espinhos. Tanto andei descalço e sozinho... Várias vezes eu já morri. Ontem eu me perdi. Hoje eu vou me reencontrar! Por aí em qualquer lugar!... Muitas chances desperdicei. Agora tenho que me contentar com o que ficou. Tu Tinhas tudo e não se contentou e buscou coisas vazias que você mesmo inventou. Agora tu já não tens nem mesmo o que buscou! Você não me viu mas eu estava o tempo todo ao teu lado. Às vezes a gente vem e as pessoas vão como se não tivéssemos nem chegado. E o que é certo muitas vezes é visto como errado. Cuidado! O jogo não acabou. Você fica. Eu vou! Ontem, tudo. Hoje nada. Um dia o mundo, a estrada... Outro dia apenas o silêncio. E de repente tudo vira piada. - Mesmo que sem graça! Tudo passa. Mas eu nunca mais vou passar perto do teu coração. Vou rir da morte. Brincar com a sorte. Curar meus cortes. Aprendi a dizer não! E Agora que estou livre... Quero encontrar a paz na solidão!
Ontem nevou e fez frio. Não havia mais fogo para aquecer e a luz do Sol não brilhou mais. O caos trouxe a escuridão e a escuridão tomou os corações.
Ontem nevou e a neve cobriu nossas casas. Ficamos perdidos na rua, correndo de um lado para o outro, sem nem ao menos nos reconhecer.
Corações gelados, dominados pela maldade, riram de nós. O Sol se escondeu. Mas buscamos abrigo debaixo da videira.
O grito dos maus nos assombrou e o frio nos silenciou para sempre.
Quem restou se agarra firme naquela árvore e espera a redenção que aquece com fogo e ilumina com a luz que dissipa a neve e destrói o mal.
Contigo aprendi
que a dor tem que ser vivida
que a saudade é atrevida
solidão é real
resisti na esperança
me fiz criança
e brinquei de te amar
talvez isso tenha sido a diferença
porque todos que disseram que te amaram,
te usaram
e eu apenas te desejo
plena, sorrindo e feliz...
É estranho ser finalmente invisível. Uma das razões pelas quais escolheram vermelho é o oposto. Somos fáceis de pegar pois somos fáceis de ver. Como sangue na neve.
Somente mais um Belo Dia...
Não é um belo dia?
tudo esta em perfeita harmonia
a chuva soa como uma terapia
e o vento sopra a melhor das melodias
Não é um belo dia?
toda aquela falsa alegria
aqueles falsos sorrisos
tudo escondendo o triste dia...
Não é um belo dia?
Não vejo motivos para chorar
Ou vejo muitos que não quero nem tentar
Pois se iniciar temo não mais parar
Não é um belo dia?
Um belo dia para se trancar
um belo dia para filofar
Um belo dia para poetizar
Não é um belo dia?
Um belo dia para lutar
contra ao mundo que tenta de sufocar
um belo dia para amar...
Não é um belo dia?
A chuva que podemos ouvir
Esconde o choro e o medo
e nos leva a sorrir
Não é um belo dia...
Realmente não é um belo dia...
Um dia cheio de falsas alegrias...
Um dia o qual, tudo que queria era a sua companhia.....
Flor Mulher
Uma flor toda em cor
revestida de delicioso odor,
Revela-se simples, mas ilustre,
Sua beleza não possui embuste,
Desabrochada como o sol de verão
Ou em botão como um coração,
Ela é toda ela: a planta mais bela,
Branca de Neve ou Cinderela
Inspira Charles ou Irmãos Grimm,
É Princesa em qualquer jardim,
É adorada nas festas e no lar,
É admirada em todo lugar,
Faz a alegria em todos os cantos
E emociona ao entoar seus cantos
Hoje não tenho medo de dizer:
Deus aprimorou-se ao lhe fazer
E disse: “É muito boa minha criatura
Esta obra atingiu excelente altura
Modelei a flor chamada mulher
Esculpi a flor do bem me quer”.
Aberio Christe
"Pedro foi o único ser humano que sabemos ter andado sobre as águas, mas Jesus chamou sua fé de pequena. Pouca fé? Ele andou sobre as águas!!!! Por que Pedro foi reprovável? Porque seu medo sufocou sua fé. Jesus não considerou o macro ambiente, aquilo que Pedro não poderia controlar, Jesus não o mediu e avaliou com critérios mais ponderados pela influência externa de ventos e ondas, pela crise que se desenhava no horizonte. A cobrança ignorou a circunstância. O padrão sempre será esse, Ele exige em dias de tempestade, a mesma fé demonstrada nos dias bons. Ventos fortes não podem diminuir a intensidade da fé. Afundar é um contra censo, ainda assim, toda a narrativa bíblica revela um Deus de perto e não de longe. De capa a capa, um Deus de hoje, não apenas do ontem ou do amanhã."