Nem Cicatrizes Deixam
Dentro de mim
Existem vários sentimentos
Uns que deixam leves
Outros que inquietam
Mas sempre me dizem
Que sem eles não posso viver
Pois o que move o meu ser
É essa dualidade que envolvem
A intensidade de sentir
Como se não fosse
Ou fosse
A resposta da alma
Sagaz
Capaz de senti-los
Borbulhando
As ardentes razões de sentir
Todos os sentimentos que
Que o ser se permite viver
Presenciamos hoje, uma geração digital de cristal, que deixam de brincar na infância, se isolam do mundo físico na adolescência cheios de dúvidas até mesmo de si próprios, e certamente terminarão suas vidas com um grande ponto de interrogação.
"no pain no gain "
O QUE ME IRRITA MESMO...
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Há certas coisinhas que acontecem no nosso dia a dia que nos deixam visivelmente irritados: ir ao cinema e ter o azar de sentar ao lado do indivíduo que nos antecipa as principais cenas do filme.
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Ou, então, uma pessoa bem alta senta na poltrona à nossa frente; o mastigado crocante - também no cinema - dos comedores de pipoca ou do ploc-ploc dos chicletes; rangido de porta, nos escritórios, enquanto aguardamos ser atendidos; em casa, apressado para sair, na hora de pôr perfume, a tampa do frasco escorrega, rodopia no chão e vai repousar lá no cantinho embaixo do guarda-roupa ou de outro móvel qualquer; concordar com pessoas que nos pedem opinião, mas que, na verdade, precisam é de apoio moral.
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O que irrita mesmo é subir no ônibus e aguentar, sem poder dizer nada, aquelas pessoas que demoram uma eternidade na roleta pagando a passagem.
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Um dia desses, final de tarde, observei: uma senhora gorda, bem parecida, apresentado sinais visíveis de neurose, aproximou-se da roleta e tentou nervosamente abrir a primeira bolsa.
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Depois dessa, havia aquela bolsinha onde elas guardam moedas. Mexeu, remexeu, e nada de as moedas aparecerem.
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Em cima da gaveta do trocador havia de tudo. Um verdadeiro bazar: amostra de tecidos, grampos enferrujados, pente, botões, sianinhas, carnê do Baú da Felicidade. O que se pudesse imaginar estava ali exposto na mesinha do trocador.
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O tempo foi passando, passando (como é seu costume), e eu me enervando. A essa altura, já me sentia uma bomba. Só faltava explodir. Não demorou muito. Chovia e ainda não me encontrava sequer dentro do ônibus. Muni-me de paciência - qualidade rara hoje em dia - e suportei heroicamente a primeira etapa dessa angustiante maçada.
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A segunda etapa vai do momento em que ela retira a moeda da bolsinha, até o pagamento propriamente dito.
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Não entrarei em minúcias, por questão de brevidade. Bom, depois da longa "lengalenga", pudemos respirar naturalmente. Pensamos nós, passageiros.
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Mas que nada. Aconteceu o inesperado: a bolsa da dita enganchou na roleta e começou o puxa-puxa. Puxa daqui, puxa de lá, e eu sei, gente, que finalmente chegou a minha vez de pagar.
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Meti a mão no bolso para tirar a carteira, tentando ser mais rápido que todo mundo, querendo, com isto, me vingar mentalmente... Não a encontrei. Se não fosse minha timidez congênita, teria feito aquele escândalo.
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Pior do que tudo isso, e já não era pouco, os outros passageiros, saturados pela gorda, não compreenderam meu problema - o roubo da carteira - e começaram a me xingar deliberadamente.
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Essa não! Aí não prestou! Um verdadeiro disparo - de blasfêmias - cruzou no ar, juntamente com bofetes e encontrões. Estava todo mundo ababelado, à mercê do que desse e viesse, quando de repente ouviu-se o disparo de um revólver. Ficamos estáticos, pálidos, mal respirávamos.
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Poucos minutos depois, cada um de nós olhou para a cara do outro, meio sem jeito. Era como se quiséssemos inquirir: - Precisava de tudo isso!? Um pouco mais de calma não teria resolvido a questão? Mas agora é tarde demais.
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O silêncio é rompido pelo autor do disparo, um guarda da Polícia Civil, que falou com aspereza:
- O coletivo está detido e vai agora mesmo para a delegacia!
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Chegamos. O delegado, como sempre, fez perguntas de praxe e no final não deu em nada. Algumas multas, advertências e pronto. Uma história a mais dos propalados transportes coletivos. Fim de linha, fim de conversa!
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1977
As bebidas alcoólicas, geralmente, apenas deixam as pessoas mais suscetíveis a fazerem o que normalmente gostariam.
Pessoas são como flores, algumas deixam o perfume que é sua essência e dura para sempre, outras apenas as pétalas que murcham com o tempo e você as coloca num livro fechado.
''E do nada nos vemos presos em pensamentos que não nos deixam evoluir, que não nos trazem saída, que não nos mostrar caminhos a seguir, por mais que tentamos não saímos da prisão que nos encaixamos, uns desistem, outros continuar só vivendo esperando a hora certa, mas a hora não passa e quando se damos por contar nos que não virmos ela passar, e o tempo te cobra caro um preço que muitos não estão dispostos a pagar, a falta de empatia nos dia de hoje só mostra que todos temos dois olhos mas não a mesma visão das coisas, os cegos trazem o regresso e nos despedimos todos os dias sem nos darmos contas que não conseguimos mais viver e sim existir em um mundo onde tudo é cada dia mais obscuro"
Eu nunca me interessei pelo que os outros fazem ou deixam de fazer justamente para que isso seja recíproco. A maioria não compreende. Mas assim sigo sendo.
Gente gostosa é de alma, de personalidade. Essas não enrugam, não envelhecem e não deixam de existir.
As pessoas te ferem, te deixam sangrando e não se importam se você vai sobreviver ou não.
Por isso luto diariamente, me defendo com o que tenho em mãos e ataco se preciso, se eu não fizesse isso, hoje eu não estaria aqui relatando esse fato
Muitas palavras que entram em seus ouvidos te deixam confuso, algumas saem de sua cabeça, outras permanecem. Aquela palavra que permanece é a mais dolorosa, difícil de esquecer e fácil de lembrar.
Para esquecer seu passado, você deve construir seu presente, porque quando o futuro chegar, nada irá mais o temer... "Se você constrói o que ama, você encontra o que procura".
O peso da cobrança e a dor da traição são feridas profundas que deixam marcas indeléveis na alma e na confiança de um relacionamento.
O sorriso, não custa nada, dura frações de segundos, mas deixam marcas indecifráveis para toda a vida.
Idosos do meu país, vocês não se tornam velhos quando passam dos sessenta, mas quando deixam de participar do que acontece em volta, não opinam sobre nada em nome da “paz” e de atores se tornam platéia... e dessas que não aplaudem nem vaiam pelo medo do ridículo.
Existem pessoas tão exploradoras e egocêntricas que nos deixam a nítida sensação de que qualquer sacrifício que façamos por elas será sempre inútil, pois que jamais o notarão. Cobram sempre mais e mais, nunca se satisfazem e basta que não se vejam atendidas uma única vez para sermos transformados nos seres mais abjetos, frios e indiferentes que já pisaram o planeta.
