Navios
FICAR A VER NAVIOS
Significado: Não obter o que se deseja; sofrer uma decepção.
Origem: Dom Sebastião, Rei de Portugal, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o seu corpo nunca foi encontrado.
Por esse motivo, o povo recusava-se a acreditar na morte do monarca. Era comum o povo ficar a ver os navios chegarem a Lisboa no alto de Santa Catarina, na esperança que fosse o rei a regressar.
"Pode ser que se fabriquem máquinas graças às quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, se desloquem mais depressa do que se fossem cheios de remadores; que se construam carros que avancem a uma velocidade incrível sem a ajuda de animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais um homem (...) bata o ar com asas como um pássaro. (...) Máquinas que permitam ir ao fundo dos mares e dos rios."
Um porto, pode não buscar os navios. Mas está sempre aberto para o acolhimento das embarcações que procuram sua segurança e sua paz! Pois sua alegria, sua razão de ser, é a de verdadeiramente receber, proteger , dar fôlego e deixar a liberdade de irem-se, aqueles que assim o preferirem.******
CONCEITO
Teu corpo:
um porto
que eterniza
meus navios
um parto
que traduz
o meu avesso
a parte
que arremata
meu desejo.
o sol vai ao longe se apagando
o mar vai engolindo o sol
e os navios na praia chegando
as luzes vão ascedendo
e o meu amor morrendo
na trilha sonora dos desesperados
a lua lacrimeja a noite
serenando em terno açoite
os corações apaixonados.
Os marinheiros invadiam as tabernas. Riam alto do alto dos navios. Rompiam a
entrada dos lugares. As pessoas pescavam dentro de casa. Dormiam em
plataformas finíssimas, como jangadas. A náusea e o frio arroxeavam-lhes os
lábios. Não viam. Amavam depressa ao entardecer. Era o medo da morte. A
cidade parecia de cristal. Movia-se com as marés. Era um espelho de outras
cidades costeiras. Quando se aproximava, inundava os edifícios, as ruas.
Acrescentava-se ao mundo. Naufragava-o. Os habitantes que a viam
aproximar-se ficavam perplexos a olhá-la, a olhar-se. Morriam de vaidade e
de falta de ar. Os que eram arrastados agarravam-se ao que restava do interior
das casas. Sentiam-se culpados. Temiam o castigo. Tantas vezes desejaram
soltar as cordas da cidade. Agora partiam com ela dentro de uma cidade
líquida.
Defesas de ponto
Os mísseis anti navios representam grande ameaça às embarcações militares modernas, principalmente mísseis supersônicos, uma vez que podem ser lançados a centenas de quilômetros do alvo, e quando estão próximos do seu objetivo, podem voar apenas dois metros acima do nível do mar, tornando com isso sua detecção quase impossível, pois só são detectados quando estão próximos demais, dando à tripulação do navio apenas segundos para tentar alguma defesa.
Devido a alta velocidade do míssil é impossível defender a embarcação manualmente.
É aí que entra o sistema de defesa de ponto, que consiste num canhão rotativo automático, que através de sensores, detecta e atira no míssil, o destruindo antes que o navio seja atingido.
Da mesma forma ocorre em nossas vidas. Sem que a gente perceba o perigo e as investidas que são itentadas contra nós, algumas pessoas funcionam como defesas de ponto, e algumas vezes nós somos defesas de ponto na vida das pessoas.
Para ser defesa de ponto é necessário ter lealdade, e agir muitas vezes sem ser notado, defendendo sempre os navios que sem perceberem são caluniados, erroneamente julgados, e que se não forem protegidos, serão atingidos e talvez até afundados.
Quantas pessoas já foram nossas defesas de ponto?
Quantas pessoas já salvaram nossos navios?
E o mais importante: Quantas vezes já salvamos o navio do nosso próximo?
Negritude
Ouço o eco gemendo,
Os gritos de dor,
Dos navios negreiros.
Ouço o meu irmão,
Agonizando a fala,
Lamentando a carne
Pisada,
Massacrada,
Corrompida.
Sinto a dor humilhante,
Do pudor sequestrado,
Do brio sem arbítrio,
Ao longe atirado,
Morto e engavetado,
Na distância do tempo.
Dói-me a dor do negro,
Nas patas do cavalo,
Dói-me a dor dos cavalos.
Arde-me o sexo ultrajado
Da negra cativa,
Usada no tronco,
Quebrada e inservida,
Sem prazer de sentir,
Sem desejos de vida,
Sem sorrisos de amor,
Sem carícias sentidas,
Nos seus catorze anos de terra.
Dói-me o feto imposto ao negro útero virgem.
Dói-me a falta de registro,
do negro nunca visto
Além das senzalas,
No comer no cocho,
No comer do nada.
Sangra-me o corte na pele,
Em abertas feridas,
De dores doídas,
No estalo da chibata.
Dói-me o nu do negrinho
Indefeso escravozinho,
Sem saber de razões.
Dói-me o olho esbugalhado,
No rosto suado,
No medo cravado,
No peito do menino.
Dói-me tudo e sobre tudo,
O imporque do fato.
Meus pêsames sinceros à mentira
multicolor da princesa Isabel.
Mas contudo,
Além de tudo
E muito mais por tudo,
Restou-me invulnerável,
Um imutável bem:
Ultrajadas as raízes,
Negados os direitos,
Ninguém roubou-me o lacre da pele.
Nenhum senhor. Ninguém!
É o olho que tudo vê
Eu olho e só vejo views
No olho do vendaval
O povo a ver navios
Na era da fake news
Matrix destrói o Neo
Bem-vindos ao Brasil
Sob o céu de Brasília, as nuvens flutuam,
Lentas e majestosas, como navios no mar,
Cobrindo a cidade em um manto de sombra e luz,
Que nos faz sonhar com um mundo novo a desbravar.
Nessa cidade planejada, onde o concreto é rei,
As nuvens nos lembram da imensidão do céu,
E nos convidam a olhar além dos prédios e avenidas,
E a buscar novos horizontes, novos sonhos a alcançar.
Elas são como um espelho, refletindo nossos pensamentos,
Nossas esperanças, nossas angústias e nossas dores,
E nos lembram de que, assim como elas, somos passageiros,
Nessa jornada chamada vida, que é cheia de amores e dissabores.
Mas mesmo que o tempo passe, as nuvens sempre estarão lá,
Silenciosas testemunhas do passar dos dias e das estações,
E nos lembrando de que, em meio à correria e à pressa,
É importante sempre olhar para cima, e ver a beleza das criações.
Os navios embora sejam de grande porte e impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno, de acordo com a vontade do piloto.
Todos vamos desembarcar um dia no mesmo porto, cada um enfrentando as suas tempestades, precisamos ser fortes!
A nossa vida depende da nossa vontade e a vontade maior de Deus.
Estamos apenas de passagem nessa vida, por isso somos navios e não âncora. Pessoas entram e saem da nossa vida o tempo todo. Se o tempo levou é porque já te ensinou o que era preciso. Aceita e segue!
Série Minicontos
TRÁFICO HUMANO
Os pacientes dos navios negreiros, sossegados em meados do século XIX, materializa-se nos camburões da atualidade, sob a égide do discurso formal...
A cova dos leões, os porões dos navios negreiros, os canhões de guerra, as execuções em massa durante o regime nazista e os bolsões de pobreza atuais demonstram que:
Maldade é maldade em qualquer parte, em qualquer idade.
Naufragado no nevoeiro
Novo e pensador
Nesse mundo sem valor,
Navios nas mentes a naufragar
No céu do conhecimento quero voar,
Nevoeiro da ignorância
Nele pertenci apenas na infância ,
Na gravidade zero
No iceberg do titanic e como Lutero,
Nas 95 teses da minha imaginação
Nasceu a mais linda forma de expressão.
Enquanto o coração irradia
olhares para mares que nem sei
navios navegam onde sou rei
é bem melhor sorrir
enquanto o coração insiste em florir
pausar as esperanças e crescer
até a solidão desaparecer
não há abismo profundo
onde na pele, impera o amor...
Um navio está seguro ancorado no porto, mas não é para isso que navios existem.
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