Nascemos Chorando Mundo de Dementes William

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Uma Nota de William Contraponto

⁠Na dúvida?! Ponha no Google: William Contraponto.

Os tempos de jornalecos locais e seus coronéis não existem mais para aqueles que souberam se desprender dessa engrenagem pequena. E muitas vezes ignóbil, limitada física e intelectualmente.

Não desprezo a estrada que passei, mas aqueles que seguem crendo nela como caminho diante do tempo novo como forma de se estabelecerem como líderes e bastiões da verdade.

Na minha escrita difundida pelo mundo está a resposta.

Localmente? Pouco me importa. O que tenho é coerência. E quem quer fama local e poder geralmente não possui o escrúpulo e a autenticidade mínimos para ir na linha do que pertence ao pensamento amplo.

Inserida por Fabrizzio

O Homem na Porta
William Contraponto

O homem na porta observa
E tira suas previsões,
Entre uma e outra reserva
Vê o que há em ambas situações.

O homem na porta hesita,
Mas não cessa de esperar,
Pois cada cena palpita
Com algo a revelar.

Vê passarem os enganos
Com vestes de solução,
E os que fingem há muitos anos
Ser donos da direção.

Escuta o rumor da rua
Com olhos de dentro e fora,
Como quem encara a nua
Verdade que se devora.

Vê que a luz também confunde
Quando insiste em dominar,
E que o claro só responde
Se o olhar souber mirar.

Inserida por Fabrizzio


O Império da Mentira
William Contraponto

O sangue traça o marco da inglória,
Não há justificativa no terror gratuito.
A mentira inaugura uma fase decisória,
Com seu império, grito e bomba dá o veredito.

O medo ergue o altar do comandante,
Que vende paz com pólvora na mão.
Se o inimigo é vago e mutante,
Cabe ao discurso moldar a razão.

A história curva-se ao protocolo,
Entre sanções, promessas e punhais.
E a verdade, enclausurada no solo,
Silencia sob escombros imorais.

Cria-se o monstro em tela e manchete,
Edita-se a fúria com precisão.
A máquina mente, projeta e repete —
E a guerra ganha nova encenação.

Com mapas falsos e dardos verbais,
Assina pactos, escolhe a invasão.
E enquanto lucros fluem dos canais,
O povo sangra sem explicação.

Em salas frias, o jogo é traçado:
Quem morre, quem lucra, quem irá cair.
E a potência, ao engano viciada,
Segue a história que insiste em mentir.

Inserida por Fabrizzio

⁠A Antimística na Poesia-Reflexiva de William Contraponto

A poesia de William Contraponto é um território onde o sagrado não entra. Não por intolerância, mas por lucidez. Ele escreve a partir da fratura, não da fé. Seus versos não pedem bênção nem anunciam milagres. Não há promessas de luz nem pactos com a transcendência. O que há é pensamento. Pensamento cru, sem disfarces, atento ao jogo de forças que molda o mundo e os corpos.

Sua poesia é uma forma de resistência simbólica à sedução do absoluto. Em lugar da mística que apazigua, Contraponto oferece a dúvida que desinstala. Ele não canta a alma em êxtase, mas a consciência em ruína. A espiritualidade aqui não se eleva. Ela desce, interroga, desmonta. Busca no chão as perguntas que a metafísica costuma esconder sob mantos dourados.

A antimística de William Contraponto não é um gesto de negação vazia. É uma recusa pensada. Ele sabe que toda crença carrega um custo. Sabe que muitas vezes o conforto da fé é comprado com a moeda do silêncio, da obediência, do autoapagamento. Seus poemas não atacam a religiosidade individual, mas a indústria da redenção. Não zombam da busca por sentido, mas expõem os atalhos fabricados para controlá-la.

Não há espaço para o milagre onde o poeta vê estrutura. O que se apresenta como sagrado, ele examina como construção. O que é vendido como divino, ele desmonta como discurso. Sua escrita se nutre do desconforto de pensar em vez da segurança de crer. Não há salvação. Mas há clareza.

Na poesia-reflexiva de William Contraponto, a ausência de Deus não é um vazio. É um convite. Um convite a suportar o mundo sem muletas metafísicas. A construir sentido sem terceirizar o olhar. A habitar o tempo sem desejar estar fora dele. Sua poesia não é ascensão. É travessia. E cada verso, uma pegada crítica sobre a areia movediça daquilo que chamam verdade.

Seus poemas não consolam. Mas acordam. E isso, por si só, é um gesto profundamente humano.

Inserida por Fabrizzio

William Contraponto: Lucidez Entre Versos e Palavras

A poesia de William Contraponto nasce da urgência de pensar, não como quem busca respostas, mas como quem se recusa a calar diante do absurdo. Seus versos não se rendem ao consolo nem à beleza fácil: são lâminas que cortam o véu das aparências, faróis acesos no nevoeiro da linguagem. Em sua obra, cada palavra é escolha ética, cada silêncio é crítica, cada poema é um gesto de lucidez.

Filho do questionamento e irmão da dúvida, Contraponto caminha entre ideias como quem atravessa um campo minado de verdades. Sua filosofia é existencialista, mas não resignada; socialista, mas não panfletária; ateia, mas jamais vazia. O sagrado é desfeito com ironia e o poder, enfrentado com clareza. Sua fé, se há alguma, é na consciência livre, na autonomia do pensamento e na dignidade de quem se ergue sem altar.

Poeta-filósofo (ou poeta-reflexivo, como prefere ser definido) por natureza, ele escreve para inquietar, não para entreter. Não há ornamento em sua linguagem, apenas densidade. Cada poema seu é uma fresta por onde o mundo se desnuda. E é ali — entre versos e palavras — que habita sua lucidez: uma lucidez que fere, mas ilumina; que não explica, mas revela; que não conforta, mas desperta.

William Contraponto não oferece abrigo. Oferece espelhos.

Inserida por Fabrizzio

William Contraponto e a Espiritualidade


William Contraponto é um autor ateu, de vertente existencialista, que traz em sua obra uma visão crítica e reflexiva do mundo. Foi médium na umbanda e no espiritismo, mas abandonou essas práticas ao perceber que a mediunidade, em sua experiência, se manifestava como um fenômeno condicionado — fruto de influências culturais, psicológicas e sociais, não de uma realidade sobrenatural. Essa vivência marcou profundamente sua filosofia, que questiona o sagrado e propõe uma busca lúcida pela liberdade de pensamento

Inserida por Fabrizzio

Eu, Nereu Alves, e o William Bonner, temos 2 coisas em comum: erramos e pedimos desculpas, todos os dias.

Inserida por nereualves

⁠Sistema Clandestino
William Contraponto

Nos becos frios, vozes se escondem,
O jogo sujo corre sem avisar,
Na margem, segredos que respondem,
A quem se recusa a se calar.

Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.

Papel oculto, fala que consome,
O grito preso que ninguém quer ouvir,
No silêncio frio do poder enorme,
Quem ousa pensar pode sucumbir.

Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.

Mas há uma luz que nasce na esquina,
A força bruta que não vai ceder,
Contra o silêncio e a máscara fina,
Quem tem coragem vai renascer.

Sistema clandestino, sem perdão,
Na noite escura, trama a ilusão,
Correndo entre fios, sem razão,
Na luta muda da opressão.

Inserida por Fabrizzio

⁠O Silêncio Que Te Espia
William Contraponto

Te escondes no ruído e na agonia,
temendo o vulto da própria verdade.
Chamas de vida a farsa que te guia,
mas vives sob o fio da tempestade.

Teus gestos são ensaio e encenação,
reflexos de um deserto mal coberto.
Teu riso é disfarce da contramão,
pois nunca estiveste assim tão perto.

O quarto te devolve o que calaste:
um murmúrio sem rosto, frio, inteiro.
No fundo do silêncio que evitaste,
te espreita um ser sem nome e verdadeiro.

Não foges só do mundo lá de fora,
mas da presença crua que te habita.
O barulho é o refúgio de quem chora
sem ter coragem de escutar a dita.

Inserida por Fabrizzio

Corpo a Corpo
William Contraponto

Teu cheiro chegou primeiro.
Nem palavra, nem nome.
Apenas pele
em estado de intenção.

Tinhas o torso do erro
que eu nunca quis evitar,
e um olhar de quem conhece
a língua dos labirintos.

Não havia futuro em nós —
havia agora.
Esse agora denso,
que se despe com os dentes
e se escreve no escuro.

Minhas mãos em tua nuca,
teus quadris contra o mundo,
e tudo o que não sabíamos dizer
se dizia ali,
em cada investida.

Não fizemos amor —
fizemos ausência.
Do que disseram que era certo,
do que juramos reprimir.
Fizemos vício,
feito dois animais
com pensamento demais.

Depois, o silêncio.
Não o constrangido —
mas o pleno.
Como quem sabe
que o que aconteceu
não precisa de legenda.

E quando partiste,
deixaste um rastro de ti
no cheiro do lençol,
e um pouco de mim
nas tuas costas.

Inserida por Fabrizzio

⁠Boneca do Vazio
William Contraponto

Há um corpo que não respira,
com olhos fixos no não-ser.
No colo, a ausência gira
vestida de um quase-viver.

Não chora, mas comove a alma,
não cresce, mas sabe esperar.
É ternura sem ter calma,
é consolo a simular.

Boneca feita de lamento,
de desejo e de negação.
O tempo ali é fingimento,
repetição sem coração.

É culto ao que nunca sente,
fetiche do eterno imaculado.
Negar o real, tão pungente,
por um afeto embalado.

No berço, repousa o espelho
de um mundo que teme sofrer.
Prefere o falso conselho
a ver o amor perecer.

Tão real quanto uma mentira dita,
com olhos que não sabem ver.
É o retrato de uma era aflita
que troca o fato por parecer.

Inserida por Fabrizzio

⁠Os Que Ficaram
William Contraponto

Era.
Sem disfarces.
Mas também — sem cartazes.

Fui o que era,
sem anunciar,
sem negar.

Toquei muitos —
como eu —
sem nomear o que havia.
Corpos sabiam,
palavras não.

Alguns chamariam de busca,
outros, de fuga.
Para mim,
era caminho.

Até que me aceitei.
Me revelei.
Não ao mundo —
mas a mim.
E bastou.

Enquanto tantos,
com quem me perdi,
optaram por se esconder.
Assinaram papéis,
tiveram filhos,
ergueram casas.
Mas não abrigo.

Fizeram o que se espera.
E esperam, ainda hoje,
que a vida passe
sem que ninguém veja
o que falta por dentro.

Ficaram nas sombras
das aparências.
Eu?
Neguei esse papel.

Inserida por Fabrizzio

⁠Apresentação de Lilo
por William Contraponto

Há dentro de mim um menino que nunca se calou. Seu nome, quase um sussurro de infância, é Lilo — apelido que as vozes tortas e apressadas das crianças deram ao “William” que ainda não sabiam pronunciar seu nome direito.

Lilo não é apenas um personagem ou uma lembrança. Ele é o princípio inquieto, a centelha primeira que ainda hoje ilumina meus passos no caminho do pensar e do sentir. Enquanto o mundo impõe certezas e verdades prontas, ele permanece com suas perguntas — simples, musicais, profundas — feitas sem pressa, com a curiosidade de quem observa o céu, a terra e os próprios pensamentos e não aceita respostas fáceis.

Ele é o contraponto das minhas convicções adultas: uma voz que canta dúvidas, que mistura o existencialismo da alma com o naturalismo dos fenômenos, e o encantamento científico pelo universo que se desdobra diante dos olhos.

Lilo pergunta como quem toca uma viola de brinquedo — uma canção que nunca termina, uma melodia feita de perguntas que atravessam o tempo, o ser e o mundo.

É por isso que apresento Lilo a vocês, meus leitores, como o guardião das “Pequenas Grandes Perguntas”. Um convite para que, juntos, nunca deixemos de perguntar, de duvidar, de cantar a infância do pensamento.

Porque, no fundo, toda poesia é uma criança que se recusa a dormir.

Inserida por Fabrizzio

⁠Rito de Lama - A Saga dos Legendários
William Contraponto

Subiram calados a encosta,
sem celulares, sem nome.
Só homens. Só músculos. Só ordem.
Sem margem pra fome.

Pintaram-se com a terra
como quem volta ao começo,
mas era só mais um teatro
pra esconder o avesso.

Um gritou com voz de trovão,
o outro caiu de joelhos.
O suor nos rostos partidos
fingia lavar espelhos.

Passaram lama nos corpos
como quem sela um pacto.
Mas o toque era censura
revestida de ato.

Não era afeto o que unia,
era um medo compartilhado —
de que dentro daquele abraço
houvesse algo errado.

Diziam-se livres, guerreiros,
senhores da própria vontade.
Mas seguiam o velho script
de uma falsa identidade.

Não podiam se olhar nos olhos
sem desviar o sentido.
Pois sabiam — mesmo sem nome —
o que ali era omitido.

Chamam de rito, de cura,
de resgate da missão.
Mas é só o velho machismo
com nova embalagem e fardão.

E a montanha, que tudo via,
guardou em seu barro espesso
os segredos de um bando de homens
com medo do próprio começo.

Inserida por Fabrizzio

Tudo na vida depende

Tudo nesse mundo depende._
O que você é, Calunga?
_ Depende da situação. Depende do que eu sinto.
_ Você é uma pessoa brava?
_ Ah, não sei. Depende do dia, da hora, do que me façam, eu sou ruim. Dependendo, eu sou manso, quieto, carinhoso. Depende.
_ Você é uma pessoa segura?
_ Depende. Quando eu sou seguro, eu sou seguro. Quando não sou seguro, não sou seguro.
_ Você é um mentor?
_ Quando eu sou mentor. Tem hora que sou meio obsessor, também. Tudo depende, porque eu desenvolvo a perspicácia, que é a esperteza inteligente, o alerta constante. É estar ligado, sem nenhuma regra. Olha lá, você que gosta de ser seguro, de ter regra para tudo.
_ Ah, Calunga, como vou fazer se acontecer assim, assim, .....?
_ Não sei, não. Se você não desenvolver a perspicácia, não vai conseguir nada.
_ Mas como eu faço para desenvolver a perspicácia?
_ Primeiro passo: jogue fora as regras. Diga não sei. Segundo: jogue fora a sua rigidez. Eu sou assim; eu não sou assado. Isso é proibido. Isso não é moral. Isso não é decente. Decente é só assim. Pare com isso. Diga: olha, não sei. Tudo é possível. Depende. Se o ambiente for opressor, vou ter que usar o que sei e o que não sei.
Se a coisa me machucar muito, eu vou berrar muito. Se me derem um tapa, pode ser que eu dê um tapa. Mas pode ser que não faça nada. Depende. Eu não sou de nada e sou de tudo. Sou livre, mas estou ligado. Sei que dentro de mim há muita coisa que nem sei que tem, mas tem. E que as correntes do inconsciente me trazem muita coisa a cada hora e, a cada hora, me trazem uma coisa certa. Eu confio. Por isso, tudo depende.
_ Ah, porque eu sou seguro, sou firme. Comigo, tem que ser assim, se não não aceito.
_ Olha que você vai ter que engolir isso cedo ou tarde. E ainda vai ter que calar a boca. Então, não dificulte. Melhor dizer: dependendo da situação, eu aceito e fico quieto. Dependendo, eu brigo e não aceito. Não tenho nenhuma firmeza, nenhuma rigidez. Para ser seguro, a gente precisa ter perspicácia. Posso falar com os outros de tudo quanto é jeito. Tem gente que diz: Ah, não posso ser agressivo com os outros, porque isso é feio. Falo sempre com jeito. Acho que é melhor.
Tudo depende. Tem gente que se você não der uma mordida bem mordida, a pessoa não te respeita, não é verdade? Tem hora que precisa saber morder.Dependendo, você morde, grita e mostra os dentes. Dependendo, você é educado. Dependendo você é amoroso.
Assim, você vai ter os rins fortes, a circulação forte. As juntas do corpo flexíveis. Você nunca vai cair e quebrar a perna. Tem muita gente quebrando a perna ou o braço porque não quer ser relativa, não quer ser flexível. Não quer usar o verbo “depender” para ter a capacidade humana de ser plástica, de se ajustar á necessidade de cada situação.
O nosso organismo é uma das coisas mais adaptáveis do planeta. A alma, a cabeça, o corpo, tudo isso é adaptável, mas é a gente que encrenca. Vamos então parar de encrencar. Dependendo da situação, vou ver como vou ficar. Não tem esse negócio de pensamento predeterminado ou de personalidade rígida. Não tem nenhuma expectativa. Tudo vai depender;
_ Hoje, eu estou bom. Amanhã, não sei. Não conto com ninguém, não. Conto só mesmo com DEUS. Do resto, a gente nunca sabe.
Não queira brigar com a vida. Fique em paz porque tudo depende.

Vida eterna

Que na terra onde vivo em meu pequeno mundo, um amor veio em meu ser, ser que na terra meramente mortal, onde você o encontrou, acaso? Mera distração talvez, a terra onde viva nada sou nada sei, sabe que o amor que sinto por ti possa acabar mais quando na terra eu jamais estiver perto de ti por que não viver e nem ter a vida, virar uma mera alma a espera de ti para a eternidade!

"Conhecendo a geografia você descobrirá o seu incrível mundo."

Inclusão é o processo de trazer para o nosso mundo pessoas que, de alguma maneira, foram retiradas dele.

⁠Fingir ser ignorante deixa tudo mais fácil neste mundo.
(Maomao)

"Somos só eu e você contra o mundo … Atacamos ao amanhecer"