Nasce
Vaidade que nasce do zelo pela excelência enobrece; a que vem da soberba, ao menosprezar o outro, empobrece.
A moral é preocupação burguesa para afirmar-se perante o outro, diferente da realeza que nasce rica e reconhecida.
O outro é ponte e ruptura, não mera confirmação; no encontro e na diferença nasce o desejo e a renovação.
O amor nasce onde nunca imaginávamos poder nascer com apenas um olhar e cria raízes profundas se for correspondido.
Mais um dia que nasce em sua vida,
ame mais, rogue mais, ore com fervor,
Deus é digno do seu louvor.
Abençoado Domingo
No céu, nesta manhã, um recado:
um arco-íris, suave e encantado.
É da chuva que nasce a dança...
e quem disse que, após a tempestade,
não há esperança?
Posso imaginar o quanto é difícil para um homem que nasce pobre e negro. No entanto, somente ele sabe o tamanho e o peso da cruz que carrega. Cada um sabe onde o sapato aperta.
Quanto às cotas, cada país possui um processo histórico único. No caso do Brasil, há uma dívida com a população negra, especialmente devido ao período de escravidão. Acredito que políticas afirmativas são necessárias.
É evidente que nossos governantes sabem que o principal projeto para inclusão social passa por uma educação de qualidade para todos. Volto a afirmar: Não sou eu que vou ensinar a missa ao padre. Eles não mudam porque não querem, afinal, ganham muito com essa realidade caótica que está aí há mais de 500 anos. Por isso, defendo as cotas raciais.
Infelizmente, qualquer lei implementada sofrerá com a ação dos oportunistas de plantão.
COM SEQUÊNCIA
O verso nasce, assim, se tem a poesia
Tem magia, utopia, agrado, inspiração
Sem deixar a ilusão e aquela sensação
Num alfabeto do coração, em quantia!
O verso nasce, assim, se tem o encanto
Aquele canto em voo rumo a docilidade
O pranto sussurrando ao poeta saudade
E a cadência saciando o travador, tanto!
Que assim possa, quando o verso nascer
Ter em um sentido, ir além, e o pra valer
Completando cada estrofe com essência
Pois, o tudo se tem, e nada é terminante
Na bagagem apenas o que for importante
Numa poética de emoção com sequência...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 setembro, 2022, 13’42” – Araguari, MG
medos
tens medo de quê?
do fim?
o fim se põe com o sol
Nasce reiterado no arrebol
do manhã
morre, nasce, morre
os desejos, pela alma escorre
no amor, alegria, no tempo corre
os sonhos expirando
renovando
tristura chorando
dúvidas falando
és o outro, és o mesmo
até não teres temor de morrer
assim, serás duradouro...
... eterno...
© Luciano Spagnol (poeta do cerrado)
Anápolis, 13/01/2013, 08'53"
*paráfrase Cecilia Meireles
PRESÉPIO FACTUAL
Na gruta de pedra fria
Sob o céu e a estrela guia
Nasce o Filho, da Mãe Maria...
Reiterada com tantas outras na favela
Entre os burros e os bois de todo o dia
Na casinha humilde de porta e janela
Os Josés e Marias de coragem e ousadia
Encenam seus presépios a luz de vela
Ornados de sonhos, ilusões e valentia
Rangendo no peito está endurecida tramela
Dos solavancos da labuta e da hipocrisia
É um povo simples, pastor, de puída lapela
No ontem, hoje a mesma analogia (Desigualdade)
O homem não sabe do amor ter tutela
Não quer na vida conviver com fraternidade.
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