Nao Tente Adivinhar o que
Se o fim chegar
Se o fim chegar antes do que devia, que isso aqui fique como despedida.
Não sei se fui alguém bom. Talvez um pouco. Também errei — bastante, talvez. Algumas pessoas me conheceram bem, outras só de passagem. Mas todos viram uma parte de mim, nem que fosse uma frase, uma piada ruim, ou um silêncio desconfortável. O que ninguém viu, talvez, foi o que veio antes de tudo isso.
Antes de ser quem sou agora — essa mistura de dúvidas, sarcasmo e cansaço — eu já era eu. Simples assim. Gustavo. E isso, por mais bobo que pareça, carrega um peso enorme.
Desde que meu pai morreu, nada mais pareceu fazer muito sentido. A vida passou a ser um lugar meio sem cor, como se todas as coisas boas tivessem parado de falar comigo. Fiquei com a culpa, que nunca mais saiu do quarto. Me calei em vários momentos, mesmo quando queria gritar. E ainda assim continuei — como dava.
Sempre tive medo do escuro. E, mais ainda, de ficar sozinho. Ironia, né? Vivia afastando as pessoas. Me fazia de forte, mas no fundo sempre estive rachado. Só que não mostrei isso pra quase ninguém. Porque a prioridade, quase sempre, eram os outros. Eu era a sombra que acompanhava, não a luz que aparecia. E mesmo sendo piada, ou sendo invisível, eu gostava de estar lá — ajudando sem chamar atenção. Meio herói, meio ninguém.
Mas se eu me for — de verdade — não quero que ninguém carregue peso. A culpa, deixem ela ir embora comigo. Se quiserem falar comigo depois disso, falem. Pode ser sozinho, pode ser em grupo, pode ser rindo ou chorando. Eu escuto — de algum jeito.
E se quiserem me manter por perto, repitam minhas frases, minhas zoeiras, minhas histórias. Me deixem existir nos detalhes, porque é aí que eu sempre vivi mesmo.
Lembro de como conheci cada um que fez parte da minha história. Cada primeira vez. Cada encontro desajeitado. Cada gesto que parecia pequeno, mas virou memória. Eu carrego isso tudo comigo.
E se o fim vier mesmo — que leve só o corpo. Porque todo o resto vai continuar por aí. Espalhado. Em quem me sentiu, me ouviu, ou simplesmente me viu passar.
É isso.
Depois, eles não querem que eu crie ódio da burguesia.
A música e o autor se cruzam, mesmo estando a anos de distância um do outro: Paulo Freire, na ciência, com A Pedagogia do Oprimido; e GOG, com a música Televisão.
Um é teórico; o outro, prático — mas estão unidos pela aversão à miséria e à exclusão social do menos favorecido.
A burguesia só se preocupa com seus próprios problemas. Infelizmente, o povo ainda não enxerga a gravidade dos problemas sociais que enfrenta para que possa fazer a revolução social.
Temos os teóricos da academia científica e os teóricos da rua, que em suas músicas e poesias retratam a realidade de um povo.
Se você não pensa com sua cabeça e decidiu terceirizar o processo, é bom conhecer o prestador do serviço como a si mesmo.
Me casei com a vida só pra não deixá-la viúva pois bem sei que quando a morte vier me buscar ela irá junto. Portanto não haverá litígio no meu testamento pois minha companheira terá ido comigo.
by Elmo Writter Oliver I
12.06.2025-20:49h
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A vida é uma ilha cercada de incógnitas por todos os lados.
Então não perca seu tempo tentando entende-la apenas a viva.
by Elmo Writter Oliver I
12.06.2025-20:56h
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Dia dos Namorados
Pra mim, é um dia normal, pois não muda nada.
Solteiro, mas não sozinho.
Sempre apaixonado, mas nunca desesperado,
pois, no dia certo, eu acho aquela pessoa pra mim.
Conheço um não agora,
mas a vida ainda vai…
Como um pássaro, sempre voa,
mas, um dia, vai fazer seu ninho.
Você me intriga, Júlia Alves. Confesso que sou um bom leitor de pessoas (não pense de maneira errada, se ligaaa). No entanto, não consigo decifrar você. É uma incógnita fascinante — nunca sei ao certo o que vai dizer, e isso é simplesmente extraordinário. Desperta em mim uma vontade ainda maior de te conhecer, de mergulhar mais fundo no mistério que é você.
Você me instiga a querer me perder no brilho dos seus olhos cor de café, a deixar meu coração se render completamente às ondas hipnotizantes do seu cabelo. De fato, Júlia, você me intriga mais do que posso expressar.
O moinho não mais existe, mas o vento continua.
Hoje é Dia dos Namorados… e não tem como não pensar em como o amor mudou com o tempo.
Antes, tudo começava com respeito — um olhar de longe, um sorriso tímido, uma carta escrita à mão. O coração batia forte só com a presença. O toque era no olhar. A conversa era no silêncio partilhado de um banco na varanda.
O amor era raiz. Casa simples, vida dividida, afeto multiplicado.
Filhos, trabalho, noites silenciosas e o mesmo travesseiro por décadas.
Mesmo com pouco, havia tudo.
Hoje, com tanta tecnologia, o amor virou pressa, like, distração. Mas no fundo… a gente sente falta daquele tempo onde amar era verbo de ação — e não de costume passageiro.
Que neste Dia dos Namorados, a gente se inspire *neles* —
Os que envelheceram juntos, olhando pro mesmo horizonte, sem nunca soltarem a alma um do outro.
Porque amor de verdade não sai de moda.
Feliz Dia dos Namorados 💖 🌹
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
Mudar a rota muitas vezes é necessário.
Ajustar as velas do barco para não ser náufrago...
A água congelante de mar pode...
... ser pior do que a alteração do percurso.
“A sombra da lua reflete o mar nos teus olhos”
Explicação:
A sombra não reflete.
Mas aqui, nem o mar é real — ele é um reflexo no vazio, um eco na ausência.
O olhar está escuro, distante, sem vida própria, como se o único brilho que nele houvesse viesse de uma ilusão — da lua encoberta, do mar não tocado.
Um reflexo no escuro... de algo que nunca foi seu.
