Nao tenho o Direito de Magoar Ninguem
Mil vezes já expliquei que, se a conduta de um filósofo pode ser explicada pela hipocrisia, pelo fingimento proposital ou por algum distúrbio mental, não faz sentido apelar ao conceito de 'paralaxe cognitiva'. É óbvio: se algo tem uma explicação psicológica banal, para quê recorrer a um conceito histórico-cultural ao descrevê-lo? [...]
Falei em paralaxe cognitiva mais especialmente a propósito de Kant e Marx. Nenhum dos dois era louco, nenhum dos dois era burro, nenhum dos dois era um farsante proposital. Nos casos de Maquiavel e Rousseau preferi explicações mais propriamente psicológicas: a inépcia, no primeiro caso, a autopersuasão histérica, no segundo. [...]
Paralaxe cognitiva é o deslocamento (estrutural, entenda-se) entre o eixo de uma construção intelectual e o eixo da experiência real à qual nominalmente ela se refere. É um fenômeno cultural que aparece na história da filosofia, endemicamente, a partir do século XVII, e que, por definição, nada tem a ver com hipocrisia, mentira ou loucura pessoal.
Em resumidas contas, a paralaxe cognitiva aparece quando o filósofo, no seu juízo perfeito e sem nenhum intuito de mentir, descreve como realidade aquilo que ele está pensando em vez do que está vendo.
A paralaxe cognitiva resulta inevitavelmente do abandono do realismo filosófico.
A paralaxe cognitiva é um engano fundamental, básico, que o filósofo comete na interpretação da SUA PRÓPRIA filosofia.
O mais velho e constante chavão anti-olaviano é: 'Os alunos dele obedecem-no servilmente.' Aquele que emite essa opinião oferece-se, automaticamente, como modelo de pensamento independente e busca desapaixonada da verdade, qualidades que ele comprova ao julgar com tal segurança um curso que jamais frequentou e cinco mil pessoas que jamais viu.
É óbvio que ninguém pode praticar semelhante atividade mental sem grave incompreensão das suas próprias palavras, num paroxismo de impropriedade vocabular em que o uso do idioma mal se distingue dos grunhidos pré-verbais. Por exemplo, que significa o verbo 'obedecer' quando aplicado a uma exposição teórica? ou que significa o termo 'servilismo' quando aplicado a uma situação pedagógica em que o professor não dá ordens a ninguém e, se as desse, não poderia, pela distância, averiguar jamais se foram obedecidas?
A incapacidade para as tarefas intelectuais mais elevadas coloca um sujeito a uma tal distância dos estudiosos sérios que ele só consegue vê-los através de uma rede de fantasias atemorizantes, que então ele tenta exorcizar mediante afetações de desprezo. No Brasil, ser inteligente espalha na vizinhança uns sofrimentos indescritíveis.
Se a Bíblia veio antes da igreja, esta originou-se daquela, mas se foi a igreja a primeira, então esta originou aquela.
Todos as manhãs nos surge uma nova oportunidade de fazer as coisas corrigindo os erros de ontem, aproveite as novas chances.
- A vingança é uma das piores atitudes do ser humano, e apenas uma delas é a pior de todas.
- Qual, senhor?
- O desprezo. Não existe algo mais doloroso que isso.
Porque nosso país está do jeito que esta! Simplesmente porque nossa Justiça, Politica e politicos brincam de cobra cega, e o povo é quem esta com a venda nos olhos!!!
nenepolicia
Como te choro Mundo
*
Como te choro Mundo
Tão colorido e delicado
Fonte de inspiração
És agora conspurcado
Moribundo, desencantado
Exausto de competição.
Vais perdendo o teu fulgor
Num lento e apático turpor.
E o Homem ?
Alheio ao sangue que escorre
Inspira e respira, olhos ao Alto
Que alivia o peso da consciência
Os gritos de sofrimento
As cóleras lavradas em explosão
A busca de um pouco de pão.
E o mar ? E os rios ? E os animais ?
Palavras, promessas, ações e omissões…
Somos sentenças de homens que mandam
Apenas trágicas consequências
De convergências e divergências !
Quem te promete a liberdade, escraviza-te! O pior inimigo é aquele que se aproxima de ti como amigo.
Calar e observar, esperar o suceder do acaso, em manifesto existencial, na mera expectativa de vida.
As delícias da vida estão na simplicidade do sabor, na sutileza de um sorriso e no sentir um puro amor.
BEM -TE -VI
Quando o visualizei em voos mirabolantes, coletavas insetos no ar. Vivia bastante saudável na comunidade dos pássaros.
Depois de degustar o besouro,posado, num fio de luz, cantava louvores; feliz da vida. Que, apesar de repetir o mesmo cântico e gesto, não cansavam seus ouvintes.
Em seu cantar, me transmitia uma mensagem de paz,esperança fé e crença; quando na letra de uma canção repetia o refrão, dizendo que “bem me via”; quando eu não estava bem. E vivíamos bem, naquela doce ilusão.
Quisera eu ti ouvi-lo novamente!...Por muito tempo; ainda que seu repertório fosse o mesmo: Bem -te –vi. Pois do “bem”, não hei de me cansar.
Mas na fúria louca que se vive... Uma vida sem rumo e sem coração, ceifou-lhe à vida. Precocemente.
Hoje,quando ti vi caído e já aderido no asfalto quente,pelos pneus dos veículos; doeu em mim. Logo, interroguei-me: pode haver poesia num pássaro que já morreu? Pode. A poesia não morre com um ente; nem vive sem ele, ainda que morra.
Por isso, é que não devemos nunca, deixar de dizer: Bem- te- vi. Mesmo que o momento seja de lamento e dor.
O que me acalenta um pouco mais é saber que teus remanescentes ainda falam a tua língua e cantam a tua música. O representando na terra dos viventes. Desejam o bem a ti, na eternidade das aves, e a mim nesta vida efêmera; o mesmo que você desejava a todos nós em vida aqui na Terra: bem- te- vi.
(29.05.18)
SALVA DE UMA MORTE CERTA
CRÔNICA
Helena vivia aos apuros com Romildo, seu esposo. O homem deu de beber e implicar com ela. Aquele relacionamento só piorava a cada dia. Helena sustentava a casa sozinha; trabalhava feito burro e não aguentava mais aquela vida.
Vivia muito queixosa com os colegas de trabalho e com os vizinhos, sobre o mau relacionamento matrimonial. Precisava logo dar um jeito naquela situação...
E procurou a maneira mais radical e desaconselhável possível para resolver o problema: foi à venda de Seu Natã, o papai, comprar uma colher de Aldrim 40 - um veneno letal -, muito usado em décadas passadas, para o combate de pragas nas lavouras.
Lena estava determinada: iria mesmo beber aquilo e morrer.
-Seu Natã, pegue pra mim uma colher de Aldrim!
-Seus olhos, são de uma pessoa que chorou muito! Esse veneno a senhora vai usar em quê?!
- Nas formigas.
-Sendo assim, menos mal...
Papai buscou para a Lena, uma colher bem cheia do produto. E embrulhou cuidadosamente num papel de pão.
À tarde daquele mesmo dia a mulher começou a passar mal para morrer; mas, antes do passamento quebrou tudo na casa. Daí a pouco começou a andar meio torta. Romildo em apuros pediu ajuda aos vizinhos e chamou a Polícia Militar.
Foram três fortes policiais para dar conta de imobilizá-la e pô-la na viatura. Ela babava e deu para estrebuchar mas não conseguia morrer. Buscaram ajuda médica no Hospital Regional da cidade.
Já sabendo que a esposa havia tomado veneno, pela boca da própria companheira, Romildo disse logo ao médico de plantão o que ocorrera.
Tendo sido feito todos os procedimentos de praxes que o caso requer - pela eficiente equipe do Dr. Felisberto Fragoso...
Com poucas horas de trabalhos, obtiveram a melhor das surpresas: Lena não corria nenhum risco de morte e já estava de alta hospitalar. Havia ingerido “araruta” no lugar do veneno. - As mães usavam a fécula de araruta para fazer mingauzinho para seus bebês.
Papai morreu feliz por salvar aquela vida.
(29.05.18)
Reação inconcebível do ser, quando se encontram ódio e amor, vencerá o mais forte em resistir o mal intrínseco ao seu interior.
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