Não tenho medo
Silencio, não tenho medo do silencio.Incomoda um pouco as conversas inteligentes que começam e minha mente entre eu e mim mesmo. Sinto falta do tic-tac do relógio pela casa. Afinal sou do seculo passado da geração horas de cataventos da tv, tempo do automático de luxo e do pre quartzo, era das chaves, das cordas, das manivelas, do impulsionar um pouco antes de chegar ao fim. Ao completar agora anos redondo, hoje não tenho mais medo de falar o que penso mas continuo com muito medo de chegar o tempo onde eu não possa mais querer falar aquilo que acho, assim como compreendo e entendo. A voz do silencio fala e a própria alma silenciosamente, responde por respostas antigas que já está cansado de ouvir. Bendita seja vos solidão, prima irmã da tristeza que não é doença e muito menos demência, é um estado de espirito livre, que nos torna a melhor e a mais agradável companhia de nos mesmo. Incompletamente, por si só, nos basta.
Não tenho medo do inculto e do ignorante por que eles sabem que não sabem.Tenho medo do boçal por que acha que sabe de tudo que não sabe.
Não tenho medo da cumplicidade dos que fazem o bem. Para muitos, ser bom nos dias de hoje, é um pecado quase que mortal.
Em uma determinada situação perguntaram a mim se não tenho medo de morrer, respondi que tenho medo de não viver, pois todo aquele que tem medo de lutar pelo que almeja, esse não vive, apenas existe.
Não tenho medo de envelhecer. Tenho medo de perder a meninice, pois é nela que guardo o brilho, a magia e o encantamento do meu olhar de criança.
Não tenho medo de morrer, pois esta é a única certeza que tenho. Meu maior medo é de não viver tempo suficiente para realizar meus sonhos.
Não tenho medo da morte, porque ela
é inevitável. Hoje estou aqui, e em um piscar de olhos deixarei de existir neste mundo constante. Em algum lugar longínquo ou talvez pouco distante estarei.
Na lembrança de quem me amava lá com certeza permaneço, e quando a cortina desse grande show chamado vida se fechar, todos saberão que nada em minha vida foi em vão.....
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"Não tenho medo de recomeços, muito menos de mudanças.
O que me da medo de verdade é o círculo vicioso da rotina e de me acostumar a não lutar pelos meus desejos.
Isso é a morte em vida.
Eu estou viva, portanto, mereço viver."
(Janaína da Cunha)
Não tenho medo do bicho de sete cabeças, enquanto ele necessita de sete cabeças para funcionar, eu só preciso de uma.
Não tenho medo de viajar sem rumo, levando só aquilo que cabe na minha mochila. Eu tenho medo é de viver uma rotina.
Não tenho medo do futuro,pois sei do meu passado e do meu presente ...Logo não irei me martirizar pensando no que possa dar errado,prefiro acreditar NO QUE PODE DAR CERTO ... pois como eu disse em minhas reflexões anteriores : ANTES MOMENTOS DE FELICIDADE do que UMA ETERNIDADE DE SOLIDÃO.
*" O MEDO NÃO ROUBARÁ OS MEUS SONHOS
