Nao sou uma Pessoa que Espera a Elogiar
- O amor poderia ser igual uma sandália melissa nos pés, quando o pé começasse a doer ou a incomodar,iriamos jogar ela em algum canto e nunca mais usar, não é? Mas não pode ser assim. - Disse aquela menina bizarra
- Poderia sim, poderia ser como um esmalte, que se a gente não gostasse da cor, apenas molhariamos o algodão num removedor de esmaltes e acabou amor - Prosseguiu uma outra menina.
- Mas na vida, o que eu aprendi foi que o amor não é algo que sempre pode controlar, por cedo ou tarde tudo invade, as pessoas que foram mortas por você, voltam. Os amores passados só lembram o sofrimento, o amor recente carrega o peso da palavra "Se". Os amores inesquecíveis sempre são comparados com os novos amores que acabam chegando. - Continuou a menina bizarra com a sua teoria mais bizarra ainda -
- Se? Explique mais um pouco sobre isso - A sua amiga pediu.
- Se a gente nunca vai dar certo, se eu amo ele realmente, se eu pudesse aquele lá de volta. Mas aí, o que vem na cabeça é desistir, tirar o time de campo e nunca mais querer sair de casa, mesmo aprendido a sofrer cada parte do seu corpo. Como se tudo fosse decorativo e o final é prático, e se resume em uma palavra . - A menina bizarra com a sua teoria bizarra havia ter sofrido tanto assim?
- E qual palavra se resume? - Sua amiga mostrava interesse, pois como nunca havia sofrido, queria saber como era.
- Eu sofro, uma palavra fácil e prática. - A menina bizarra agora demonstrava tristeza no seu olhar vazio.
- Por que tem esse olhar tão triste, menina bizarra?
- Porque eu não quero mais viver, entende? A vida pra mim é triste, não tem cor, não tem nem um amor decente para mim. Queria afundar minha cabeça no travesseiro e morrer lá, quietinha, sem ninguém encher o saco - Continuou a menina bizarra - É só isso - E continuou com um solução.
- Oh, não chore! - Disse a outra amiga interessada no assunto - É triste sofrer?
- Triste? É apavorante! Você não se sente mais vontade de nada e sempre se lembra daqueles que já se foram um dia e que prometeram que iriam voltar.
- E por que você sempre diz de coisas que morreram? - Terminou a amiga -
- Porque eles me levaram junto, agora, só sobre o corpo, mas a alma foi levada a tempo - A menina bizarra em vez de chorar, abriu um sorriso - E talvez, assim seja melhor -
- Espera, pra onde você está indo? - Disse a amiga -
- Procurar os que se foram com a minha alma, quer ir junto? - A menina estranha abriu um sorriso forte -
- Tenho medo - Terminou a amiga.
- Então, eu vou - disse jogando seu corpo para trás da janela e num salto, viu todos os rostos preferidos, todos os sonhos desfeitos e o principal, ela finalmente conseguiu ver o rosto que ela tanto amava, o rosto dele.
- Pobre menina! - Disse sua amiga, saindo de sua casa e olhando o corpo, da menina bizarra atirada ao chão, com um machucado na cabeça e com um sorriso no seu rosto.
Ver você me deixa impotente, sem reação, feliz, e com uma extrema vontade de você, do seu sorriso, dos seus olhos e do seu cheiro.
. Tem lembranças que insistem em permanecer, elas vem carregadas de saudades, mais é uma saudade boa, saudade que aquece o coração e cresce a alma.
As vezes essa saudade, sonha demais, pede mais, deseja demais... Mais por fim, eu ás amo com toda intensidade!
E há qualquer momento... ela vai estar aqui novamente, me pegando pelas manhãs, alimentando as minhas noites, preenchendo minha alma e me acariciando com toda sua leveza.
Pode parecer loucura, mais eu adoro senti-la!
A saudade
Em todo coração existe um conto
Onde se esconde uma saudade fria
Saudade que possui meigo encanto
Daquele bem que foi amado um dia
E assim que há noite e o sono principia ao poder do seu mágico quebranto
Esta saudade que se transforma tanto
Em sonhos que são lúbricos desejos
Beijando a boca dos antigos beijos
Beijo também os lábios de ironia
Mais, no esplendor fugas dos pensamentos
Antegozando o amor de iguais momentos
Volto a este bem que foi amado um dia
Manter o corpo e higienizar a mente. Saúde!
Palavra pequena mas que vale uma vida.
Ser saudável e curtir a vida. Viver a vida e curtir a saúde.
Que Deus nos dê sanidade suficiente para nos mantermos saudáveis.
Minha alma precisa ser pluma
Respirar leveza
Como uma rosa
A exalar singeleza
Definir o que é leve?
Não tenho tal pretensão
Tampouco explicar o peso
Que joga a alma no chão
Pra quê entender?
Se o importante é sentir
Os pueris sentimentos
Que fazem a vida colorir
Levito, bato asas
Devaneio na contramão
No corpo a tempestade
Na mente o paradoxo
Na alma a mansidão
Ainda que me espreitem
Os loucos olhos das circunstancias
Choro para depois sorrir
E continuo a minha dança
Bailo no ar
De mãos dadas com o vento
Faço do universo meu palco
Meu tablado é o firmamento
Cortinas são ondas do mar
Feitas de encantamento
Não importa se estou só
Ou se alguém segura a minha mão
Se não há verde no outono
Se o sol foge no verão
Se não tem flores na primavera
Apenas folhas no chão
Ainda assim farei poesia
Me entregarei à emoção
“Falsa realidade”
Só, em meu quarto, me vejo no espelho
Uma face triste, em um dia longo
Que não tem fim. A tarde vem chegando
O sol vai ficando vermelho.
E a sensação de pesar não passa
Estou me maltratando!
Devagar o dia acaba e a noite por chegar,
Deixa-me cada vez mais apreensivo.
Procuro algo para me agarrar.
Tento me agarrar aos meus sonhos,
Sem sair da realidade!
Vou minha vida encenar,
Farei da minha vida ficção,
Algo que eu possa passar e repassar,
Uma representação daquilo que sou,
Uma representação daquilo que quero ser.
Vou tentar viver intensamente a vida,
Fazer acontecer, mudar, me surpreender...
-Sair desse quarto!
24/09/2010
Doces alegrias*
Um tempo que vai longe... Um tempo onde tudo parecia bom e cada sonho tinha uma especial doçura. Longe vai o raio de Sol que gerou o tempo... E como disse tão bem Caetano Veloso: “És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho... Tempo, tempo, tempo, tempo... Faço um acordo contigo: tempo, tempo, tempo, tempo...”.
Assim, entre o calendário e as lembranças, "cá" estou numa tarde morna, ainda saindo do pós-dengue... E detive-me a pensar no efeito dos dias sobre o homem; em como tudo é. E apenas com o passar dos anos, sem aquela euforia própria da mocidade, onde tudo nos parece infinitamente "infinito", lá, naquela viagem que fazemos naturalmente, a busca da realização, a fé no outro, o amor para sempre, o nome do primeiro filho, a faculdade concluída, a primeira viagem a tão sonhado país (seja ele qual for), o emprego, o casamento... Enfim... Tudo nos parece fazer crer no acontecimento. "Agora" aquele instante em que temos a mera ilusão do timão da besta vida.
Não, não estou deprimida. Estou é feliz pela certeza de que o tempo tudo ajeita, tudo molda; na medida em que ele vai passando por nós, ou... Nós por ele... Difícil é fazer tal comparação, não há no homem o domínio sobre o seu desgaste inevitável, a sua vaidade se esvai de qualquer maneira; nada permanece, nada vira estátua... Costumo dizer para os amigos que, por vezes, me chegam aflitos com ou, sem razão, a eles digo na busca de socorrê-los do seu momento de dor, do medo, da insegurança, esta luta vã que nos acode para mostrar que somos frágeis diante do dragão. Então, olho nos olhos do amigo aflito e numa tentativa de socorrê-lo, digo: problemas não criam mofo. Verdadeiramente não criam é óbvio, mas somos tão frágeis, bichinhos encolhidos diante das emoções que nos arrastam ao inseguro instante que nos joga contar os mares da vida.
Com o passar dos tempos, nos tornamos naturais herdeiros da segurança. Os sonhos agora são tingidos de verdades tão amigas como: o amor não é para sempre, os sonhos são substituídos por realidades sonhadas, as alegrias permanecem sem serem como nos contos de fadas, os amigos continuam amigos - mas deles não sabemos as estradas -, lembramos, com felicidade, um tempo lindo vivido e que sem ele não há biografia. O espelho nos diz com total segurança que o que vale é o que foi vivido e sentido, nada além do que se dá e se recebe... O que passou não passou apenas, nos deixa a certeza das experiências e um grande conforto na alma, uma calma que só se alcança, mesmo, com o santo tempo... Bem, é possível que para muitos o tempo tenha trazido apenas rugas ou rusgas, isso também é possível. Claro que sinto saudades de certos momentos vividos, lembranças felizes não faltam: pessoas que amamos e não damos aquele abraço que queremos ainda dar, o segredo que a ninguém revelamos... É assim a bendita vida para quem se deu e quem se dá. "Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada não", já disse o nosso poetinha... Sou grata ao tempo que tudo nos dá: das dores, as experiências; das tristezas, o aprender a sorrir; dos amores, as incertezas que nos fazem fortes; da criança, o homem; da mãe, avó... E... Já é quase noite, dou-me conta do tempo, que é bendito sempre... Feliz é o homem para quem o tempo passou, sem deixá-lo triste, sem deixá-lo amargo. Preciso declarar que o tempo só me fez melhor... Como um velho vinho... Um apurado sabor, um definido aroma, e me debruço sobre ele com uma certeza: bendito seja o tempo, que nos traz as noites, que nos traz os dias e com suas horas, no seu tique-taque, doces alegrias...
(Ednar Andrade).
Há momentos em nossa vida que requerem calma e equilíbrio combinado com uma determinação austera... continuar seguindo em frente.
um outro mundo existe... uma outra vida...”
Mas o que adianta ir pra lá ?
Se tua alma é anonima e perdida
SEM REGRAS PARA AMAR
Fizeram-me acreditar
Que um amor pra valer,
Floresce uma vez na vida,
E não volta a acontecer,
Também a mim foi falado,
Que para se viver feliz,
É preciso achar a metade,
Que no outro está a existir.
Ainda me ensinaram,
Que há regras para amar,
É somente quando jovem,
Que se pode apaixonar.
Nada disso é verdade,
Estou aqui para dizer,
Mesmo já tendo idade,
Vi o amor florescer.
Esqueci as tais regras,
E deixei o amor fluir,
Quando o amor acontece,
Não adianta resistir...
Lily
Metal é a qualidade musical vinda das cordas de uma guitarra e de um baixo e das baquetas de uma bateria
Perder e se perder
Às vezes penso que tudo sei
E me surpreendo com uma descoberta,
Com uma nova aprendizagem.
Que maravilha o que a escola da vida propicia!
Quem pensa e acha que não há mais o que aprender,
Não sabe nada, nada enxerga...
Parou, estancou, secou...
Deixou de viver...
Nem morrer, morreu...
Simplesmente perdeu, só perdeu e como perdeu!
Temos uma necessidade tão grande de amar e de sermos amados, que esquecemos que a essência do verdadeiro amor é: "Ame ao teu próximo, como a TI MESMO".
Antes de amar alguém, ame-se! Ame-se como se não fosse viver o amanhã. Como se cada segundo, fosse uma dádiva. Admire-se, sorrie ao olhar-se no espelho, tenha orgulho de sí e do que faz. O amor próprio é tão importante quanto ter alguém para amar.
O que mata é envelhecer percebendo que teve uma vida de cautelas, baseadas em suposições frágeis que, se concretizadas, não passam de meros pedregulhos que caíram no seu caminho justamente por você ficar parado.
