Nao Preciso de Amigos Falsos

Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos.

janela que se abre
o gato não sabe
se vai ou voa

A grandeza do homem está em ele se reconhecer como miserável. Uma árvore não se dá conta da sua miséria.

Não é justo aquele que julga às pressas, ou usa da violência; o sábio serenamente considera o que é certo e o que é errado.

Quem não sente amor, deve aprender a adular; caso contrário, não consegue viver.

Quando o coração pode falar, não há necessidade de preparar o discurso.

Creio que o homem sonha unicamente para não deixar de ver; pode acontecer que um dia jorre a luz interior em nós e nenhuma outra nos será mais necessária.

A maior eloquência não é a palavra pronunciada, mas a verdade em ação.

O homem é a criatura que não pode sair de si, que só conhece os outros em si, e, dizendo o contrário, mente.

É monstruoso dizer-se que o artista não serve a humanidade. Ele foi os olhos, os ouvidos, a voz da humanidade. Sempre foi o transcendentalista que passava a raios X os nossos verdadeiros estados de alma.

Não me agrada aconselhar, porque, em todos os casos, trata-se de uma responsabilidade desnecessária.

Não tenha medo de dar um grande passo, caso ele seja recomendável; é impossível atravessar um abismo com dois saltos pequenos.

É a direção da vela, e não o sopro da tempestade, que determina o seu curso na vida.

A riqueza não consiste na possessão de tesouros, mas no uso deles.

Os sentimentos não devem ser lógicos. Perigoso é o homem que racionaliza suas emoções.

As nossas maiores dissimulações são desenvolvidas não para esconder o que há de ruim e feio em nós, mas o nosso vazio. A coisa mais difícil de esconder é aquilo que não existe.

Se temes a solidão, não tentes ser justo.

Não se compõe uma sabedoria introduzindo no pensamento os resíduos diversos de todas as filosofias humanas, tal como não se fica com saúde engolindo o conteúdo de todos os frascos de uma velha farmácia.

A verdade não é a estrada para a riqueza.

Mais um ano. Mais um palmo a separar-me dos outros, já que a vida não passa de um progressivo distanciamento de tudo e de todos, que a morte remata.