Nao posso te Ajudar
DEFUNTO POR ENGANO
“UM GRAVE ACIDENTE aconteceu hoje na BR que vai de Monte-alto a Guanambi envolvendo um carro e um caminhão, com vítima fatal. O agricultor conhecido por José Tatu veio falecer no local”...
A noticia foi veiculada pela Radio da cidade de Carinhanha que chegava a Cerra do Ramalho em transmissão de boa qualidade. O locutor da Radio interrompe o seu programa que no momento alcançava excelente audiência para noticiar o trágico acidente. O Sr. Joventino que assistia no momento o seu programa no pé do radio estarreceu-se ao ouvir a noticia. Não podia ser outro! Tratava-se realmente, da pessoa que ele conhecia, sem sombra de dúvida. Se o locutor houvesse dito: O agricultor José da Silva, ou Pereira e é de cetra e tal, ele por certo ouviria aquela noticia sem muito alarme; visto que acidente com vítima, nessas rodovias, são fatos corriqueiros e que infelizmente, sempre ocorre com vítimas, que na maioria das vezes são fatais. Mas, neste caso específico, ele não tinha dúvida.
_Meu Deus! Tenho que tomar algumas providências!
Por alguns momentos, o Sr Joventino tenta por ordem nas ideias. Precisava tomar algumas providências, como: dar alguns telefonemas. Precisava avisar aos parentes mais próximos daquele homem. Ele também se sentia parente do defunto que afinal foi casado com uma parenta sua e com ela tiveram muitos filhos que também eram seus parentes. Numa circunstância como essa ele num podia mesmo ficar de braços cruzados. Pensou o Sr Joventino e em seguida lançou uma interjeição: Nossa! O pobre homem ainda tão forte...! É! Deus escreve certo por linhas tortas, vai ver que chegou a hora de ele ir ao encontro da prima, pobre mulher! Morreu tão cedo! É! Deus é quem nos dá a vida e é a Ele que compete tira-la. Dizia O Sr Joventino, deixando na voz um tom de pesar e conformação.
Depois de ele ter absorvido aquela triste noticia, o Sr Joventino se deu conta de que o programa que ele assistia já estava quase no fim. Mas, agora, mediante o acontecido, quem teria cabeça para assistir programa de Radio, por excelente que seja? Amanha no mesmo horário, aquele programa estará lá, mas, o pobre homem, este, por certo, já haverá de está sendo enterrado...
Preciso avisar Osvaldo! Pensou ele em ligar para o irmão, já com o celular na mão. Osvaldo é cunhado de Zé Tatu...
Aquele monologa reticente era proveniente de suas ideias mal organizadas. Não era para menos, ninguém está preparado para fatalidades. Embora a morte seja certa para todos...
_Alô!! Disse Lena, a nora de Osvaldo, ao atender o celular do sogro.
_ Oi Lena! Sou eu, Joventino! Osvaldo tá aí?
Dizia ele do outro lado da linha com uma voz empanada de urgência. A esposa do sobrinho do Sr Joventino responde:
_Não! Ele está no pasto vendo uns bezerros. Mas, aconteceu alguma coisa¿ O Sr me parece preocupado, sei lá! Disse Lena ao notar estranheza no tom de voz de seu locutor.
_Sim! Aconteceu uma tragédia....
_Uma tragédia!! O que aconteceu tio Jove? Disse Lena alarmada.
_Eu acabei de ouvir no Radio uma noticia ruim!
_Mas, o que dizia.
Atalhou Lena.
_Dizia no radio que Zé Tatu morreu hoje num acidente que houve na rodovia que vai de Monte-alto a Gaunambi...
_O Sr ta falando do cunhado de seu Osvaldo?
_Sim! Num há outro Zé Tatu! Que eu saiba, não?
_Mas, ele não mora não é na Barrinha?
_Sim! Mas, vi dizer que ele, volte e meia, ta indo pra essas bandas de lá, tem parentes em Ganambi e Matinha.
_Mas, será que não pode ser outra pessoa, tio Jove?.
_José Tatu? Não! Nunca vi falar em outro por aqui. Avisa Osvaldo.
Disse ele e em seguida desligou, após despedir da mulher do sobrinho. Ele havia feito sua obrigação, avisar a família do morto.
Osvaldo entra em casa momento depois de Lena desligar o celular e ela repassa a ele a noticia que acabava de receber:
_Tio Jove acabou de liga!
_Deixou algum recado?
Disse Osvaldo pondo o chapéu em cima da mesa da cozinha fazendo tenção de tomar um copo d’água.
_Sim! Ele mandou te dizer, que ouviu no radio, que o seu cunhado Zé Tatu morreu hoje, num acidente de carro, indo pra Guanambi.
Disse Lena de modo natural, como se dissesse, sirva-te uma xícara de café, eu acabei de coar.
Aquela noticia dada assim de chofre, demorou um pouco para que ele digerisse, parecia não querer acreditar no que ouvia. Essas noticias são assim mesmo parece não nos cair bem aos ouvidos... Lena observa o sogro como se esperasse dele alguma reação, nesse meio tempo, todavia, o silencio reina entre eles. Ela sai deixando o sogro na cozinha e vai ao quintal, ele pega o celular nesse meio tempo e liga para esposa para dar-lhe a noticia. Daí por diante foi como rastro de pólvora... Essa noticia pegou todos de surpresa e não houve entre os parentes quem não ficara alarmado. Uma de minhas irmãs parecia até que tinha sido ela a perder o marido tamanho foi o chororô por causa do cunhado. Minutos depois de ter recebido a trágica noticia ela telefona para os filhos, esta do chororô. A outra, a qual o marido avisara, também não mediu esforços em propagar a triste noticia. As duas ligaram para os filhos em Brasília dando em primeira mão a fúnebre noticia... A minha outra irmã, a do chororô, liga para outros filhos dela que vive em Florianópolis e dar a noticia. Ela pede para um deles que ligasse para Curitiba e avisasse os filhos do cunhado que morrera. Avisá-los que o pai deles havia morrido num acidente de carro... A ideia que rondava sobre a cabeça de todos era de que o carro envolvido no acidente fosse do filho do morto que acabava de chegar de Curitiba... Viera com duas das filhas e uma sobrinha, outra neta do falecido.
Aquela noticia transmitida pela Radio de Carinhanha percorreu de Serra do Ramalho a Lagoa dos Índios, da Lagoa dos Índios a Coribe, de Coribe a Brasília e a Florianópolis, e de Florianópolis a Curitiba e de Curitiba ao Pará. Percebe-se então, que a ligeireza em que a noticia chegava ao seu destino era da velocidade da luz, portanto, foi percorrido cinco estados em questão de minutos. Eu e uma sobrinha minha filha de outra irmã que não foi citada aqui, saímos desembestadas direto para a agência de ônibus intencionando cancelar as passagens; nós iríamos viajaria no fim do dia...
O artigo dizia claramente em letras graúdas: “o agricultou conhecido por José Tatu se envolveu num acidente com um caminhão na BR indo de Caitité a Guanambi, nas mediações de Monte-alto vindo falecer no local, ele conduzia uma Belina cinza...”.
_ Este não é meu cunhado!
Verbalizei esta exclamação chamando a atenção do irmão do Rogério que nos ajudavam procurar na internet mais detalhe sobre o acidente, conforme orientou-nos o locutor da radio que noticiou a tragédia, e de minha sobrinha, que no momento estava meio descompensada por causa da noticia. Ele disse:
_Como não! Ta aqui dizendo o agricultor....
_Repare! Eu disse. Veja! Continuei, apontando para um detalhe que dizia: “o agricultor conduzia uma Belina cinza”... Percebeu Juca¿ Zé tatu não dirige, nem tampouco possui carro e alem do mais, Dorim não viria de Curitiba num carro como este...
_Verdade! Num é ele mesmo não tia! Graças a Deus!!! Disse ela. Graças a Deus!!! Disse eu. Voltamos ao Rogério, o rapaz da agencia de ônibus e com um sorriso de orelha a orelha pegamos as passagens de volta...
O SONO DA BELA
Lua, ó! Pálida Lua
Tão clara e branda
A noite que é tua
Aqui da varanda
Eu vejo as ruas
A noite vela
O sono da Bela
O sono profundo
Da cidadela
Desperta para o mundo...
E abre as janelas
As ruas deserta
Na cidadela
Só a aurora desperta
Com bocejar e bela.
Bela e Majestosa
Tão bela!
Ela desponta majestosa de esplendor;
num descortinar de orvalho
despertando com seu alvor.
A passarada regorzija
anunciando seu despertar,
e uma brisa embalsama
a fria madrugada.
Pouco a pouco
surje os raios nitescendo
sobre a relva orvalhada.
Que deslumbre!
A aroma inebriante
que exala das flores
inebria os amantes
que contemplam seu alvor.
MOMENTO PRESENTE
O viver da gente
É a arte do tempo
E o tempo da gente
É o estresse do momento
E no momento presente
É dessabores, neurose e dores...
Ainda somos contentes!?
Contentes seremos todos nós...
Pobres viventes de vida artros
Nada ofende seus olhos!
Calados vivemos, pobres de nós!
E na cara trazemos o sorriso
Hora frouxo hora apertado
Traremos nos olhos o
ceticismo no riso
Guisa desacorçoado.
Orgulho de ser Poeta
Sou Poeta dos amores traídos
Sou Poeta das meretrizes,
Das amantes mau amadas
Sou Poeta das mocinhas enamoradas
Sou Poeta das solteiras e das casadas
Das amantes apaixonadas
Sou Poeta das noites enluaradas.
Sou Poeta dos bares e dos botequins.
Sim, Sou Poeta! Faço verso com carinho
Sou Mensageiro do amor.
Ah! Sou Poeta sim senhor!
ESTA HISTÓRIA QUE AQUI NARRO EM FORMA DE VERSOS É A CARA DA REALIDADE DE MUITOS RETIRANTES, INFELIZMENTE!
JOSÉ & JOÃO
JOÃO E JOSÉ, tomaram seus filhos e mulher
Partiu do sertão em busca de pão.
No sertão a coisa dava feia
Não tinha o que comer;
Acabou a água de bebê.
Há muito tempo não chovia no sertão,
Tudo que se via era desolação,
Por isso que José e João
Partiu do sertão em busca de pão.
Ao chegar na cidade grande
A situação piora. E agora?
Não tinham o que comer
E nem onde morar.
Não viram outro jeito
Senão mendigarem.
Debaixo das pontes e via dutos
José e João foram morar.
Suas filhas foram se prostituirem
E seus filhos foram se drogarem.
Desesperados sem saber o que fazer
José e João começaram a beber.
Sua mulher pensa em voltar para o sertão
Porque lá, mesmo passando fome seus
Filhos não eram ladrões.
José e João partiu do sertão...
Os seus sonhos tornou-se Utopia,
Sonhava ver um dia seus filhos
Na escola estudando pra doutor...
Uns foram presos e outros
A droga matou.
Valda Fogaça
ANJO IMAGINÁRIO
Minhas asas estão prontas para o voo se pudessem, mas meu corpo cansado da lida impedem-as. Eu retrocederia se pudesse, pois eu seria mais feliz se permanecesse imersa no tempo viva.
Ás vezes imagino que sou um anjo que pretende afastar-se da dureza desse mundo, cujo olhos escancarados, boca dilatada e asas sempre abertas... É esse o aspecto desse anjo o qual imagino, o rosto direcionado ao passado onde ver uma cadeia de acontecimentos, uma catástrofe única que acumula incansavelmente ruínas sobre túnel e as dispersas ao nossos pés. Ele gostaria de deter os maus feitores, acordar os "mortos" e juntar os fragmentos, mas uma tempestade sopra-o do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro ao qual ele vira as costas enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.
Chego à maturidade super carregada de conhecimentos e experiências, embora não sendo de fato um anjo bem feitor mas deixo a minha contribuição ao mundo: o meu legado.
Recordar, as vises, nos deixam tristes, ou saudosos, mas, todas as recordações nos dá a oportunidade para uma reflexão, é aí que vale a pena resgatar lembranças, caducas ou ressentes...
Como Posso?
Como posso deixar
Esse sentimento
Tomar conta de mim
Sem brigar contra ele
Como pode ser tão forte
Um sentimento entre estranhos
Se nem te conheço ainda
E se que te toquei
Como vou viver com ele
Se não acredito nele
Nem quero que ele cresça
Dentro do meu peito
Como a vida nos traz algo assim?
Porque tem que ser assim?
Não, não quero esse sentimento Confuso
Mesmo sendo alegre, lindo e forte
Como posso?
Posso te dizer amor?
Que tanto calor ao tocar meu corpo, seu conforto na quentura de tuas mãos me abranda de ternura.
Posso de dizer amor ? Em sussurros te chamo a noite e um pernoite se faz após tanto , e acordo com a libido de um novo dia.
Posso te dizer amor ? Nada seria sem seus olhos a me fitar e sua boca na minha, e você amiúde, falando em meu ouvido o que tanto amo escutar.
Posso te dizer amor ? Que dizendo tudo o que quero ainda é pouco diante do muito que seu aconchego me proporciona , e aciona meus melhores sentimentos que entre momentos de delírio eu te pergunto baixinho:
Posso te dizer, amor...
São somente duas pessoas que você pode dar confiança, a primeira pessoa é Deus e a segunda é a sua mãe. Das restantes coloca como segunda opção.
Mal posso esperar...
Pra repetir aquela noite.... Lembro de todos os detalhes como se fosse ontem...
Sim meu doce... Já faz tempo.... Semana passada passou como uma eternidade....
Vem me buscar... Me leva daqui...me leva pro teus braços ,eu sei que é um lugar seguro e é onde eu sempre quero estar...
Encosta minha cabeça em seu peito.. e deixa eu te sentir novamente,seus carinhos,seus dengos,seus mimos sua doçura....me envolva em teus abraços e me Nina....me faça dormir...pra depois me acordar...
Mal posso esperar...
Quando o propósito é claro, as montanhas deixam de ser obstáculos e se tornam degraus.
Com a força vinda de Deus, podemos superar qualquer obstáculo.
Tudo posso naquele que me fortalece." (Filipenses 4:13)
Eu Posso
Eu posso erguer meu próprio caminho, seguir adiante sem medo ou lamento, vencer espinhos,
rasgar o tempo e moldar o destino, romper correntes,
sarar feridas,
e renascer das cinzas do vento.
Ultrapassar os muros erguidos, ultrapassar a dor, unir pedaços, ultrapassar o medo e ser maior.
Eu posso tocar o infinito,
eu posso ser livre no grito,
eu posso vencer o que há de mais aflito, ser coragem,
ser verdade,
ser sol,
ser.
Eu posso acender minha chama,
ser fogo, ser brasa.
Ser centelha e maré que inflama.
Ser tempestade que passa.
Ser quem sonha e quem ama.
Ser o voo que não se atrasa.
Eu posso trilhar novos passos,
ser coragem,
ser imensidão,
ser o sopro que toca o chão,
que rasga a escuridão,
ser a força do meu trovão.
Eu posso recomeçar do nada,
ser coragem,
ser imensidão,
ser o sopro que toca o chão,
que rasga a escuridão,
ser a força do meu trovão.
Eu posso acender minha chama,
ser fogo, ser brasa.
Ser centelha e maré que inflama.
Ser tempestade que passa.
Ser quem sonha e quem ama.
Ser o voo que não se atrasa.
QUANTO POSSO
Quem o lê, ó soneto, extasiado e manifesto
sentimento de zelo nos vossos versos belos
envoltos em encantos mágicos só por lê-los
embriagando o olhar com o poético contexto
E neste ato sentimental, um romântico gesto
cheio de toque, de cheiro, e o teor em tê-los
agradando o sentido no agrado em contê-los
e, então, sentirá a sedução, deixando o resto
É o amor, com o amar, ao amador, mesclado
com emoção, inspirando o que é tudo vosso
um coração apaixonado, que a ti, reverência
Porque é tamanha a paixão, e tão afortunado
destino, em dar-vos a devoção, quanto posso
fazendo pouco o simples versar desta poesia.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 julho 2024, 15’16” – Araguari, MG
Viver até que posso !
Viver até que posso, mas sem Deus será difícil.
O Mundo é muito mal e sem Deus por certo irei parar no lago de fogo ardente.
Mas cabe a mim e vocês fazermos a escolha correta. Deus nos faz um convite maravilhoso, está registrado em Isaías 45:22.
Olha pra Ele e por certo será salvo você e a sua família.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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