Nao posso te Ajudar
Eu, corpo neutro de barata, eu com uma vida que finalmente não me escapa pois enfim a vejo fora de mim – eu sou a barata, sou minha perna, sou meus cabelos, sou o trecho de luz mais branca no reboco da parede sou cada pedaço infernal de mim – a vida em mim é tão insistente que se me partirem, como a uma lagartixa, os pedaços continuarão estremecendo e se mexendo. Sou o silêncio gravado numa parede, e a borboleta mais antiga esvoaça e me defronta: a mesma de sempre. De nascer até morrer é o que eu me chamo de humana, e nunca propriamente morrerei.
O grande castigo neutro da vida geral é que ela de repente pode solapar uma vida; se não lhe for dada a força dela mesma, então ela rebenta como um dique rebenta – e vem pura, sem mistura nenhuma: puramente neutra.
Mas por que eu? Mas por que não eu. Se não tivesse sido eu, eu não saberia, e tendo sido eu, eu soube – apenas isso. O que é que me havia chamado: a loucura ou a realidade?
descubro meus vícios assim
cheguei na cabana e pensei
sem têvê eu não fico
sem você eu não vivo
Ser normal é bom. Mas também não queira ser normal – ninguém jamais conseguiu! À parte isso, você pode conseguir absolutamente tudo o que quiser.
Eu não quero alguém que morra de amor por mim, só preciso de alguém que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu amo, quero apenas que me ame como eu amo não me importo com que intensidade. Quero poder fechar os olhos e imaginar alguém e poder ter a certeza de que esse alguém também pensa em mim quando não estou por perto.
Nota: Trecho de um poema muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Mario Quintana.
Em público gosto de roupa bem conservadora, alguma coisa que não seja espalhafatosa. Mas no palco gosto da rouba mais espalhafatosa que puder.
Não gosto de ser chamado de Elvis Pelvis. É uma das expressões mais infantis que já ouvi vinda da boca de um adulto. Mas se quiserem me chamar assim não posso fazer nada, sou obrigado a aceitar.
Porque dormir deveria ser a coisa mais respeitada do universo. É o único momento no qual você não pensa nem em suicídio nem em latrocínio. Dormir deveria ser respeitado.
O amor é mesmo feito de coisinhas. Não importa que tipo de amor seja, se esse ou aquele, o meu ou o seu. São sempre olhares, sorrisos, afinidades, coincidências, abraços, paixão, respeito, saudade, encontro. Aprendi que as pessoas amam de formas diferentes, nem menos nem mais. Da forma delas, em silêncio, em palavras, gritando ou sussurrando.
Choveu demais, esfriou. Mas deve haver algum jeito exato de contar essa história que começa e não sei se termina.
Engraçado, não gosto do meu quarto - das paredes, dos móveis -, mas gosto demais das coisas que posso ver pela janela. Das coisas que estão fora dele, porque o que está aqui dentro eu acho muito parecido comigo. E eu não gosto de mim.
Pois o que de repente eu soube é que chegara o momento não só de ter entendido que eu não devia mais transcender, mas chegara o instante de realmente não transcender mais. E de ter já o que anteriormente eu pensava que devia ser para amanhã.
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