Nao me Importo com o que Pensam a meu Respeito
Viver não é um privilegio que se possa ter escolhido nem um castigo de que se possa escapar.
Ter sido o Papa João Paulo II ou Adolf Hitler, ser o Pelé, Barack Obama ou A Rainha Victoria, viver a vida de Madona ou ter tido os altos e baixos que fizeram de Michael Jackson o maior ídolo pop de que se tem notícia, sem esquecer, é claro, os Beatles, que encantaram as ultimas gerações, os grandes homens e mulheres que marcaram a humanidade não escolheram ter nascido para viverem, ter tido glorias ou serem lembrados como assassinos genocidas.
Você nasceu e está vivo lendo essas linhas para cumprir um desígnio. Nascer, viver e morrer, deixando ou não suas marcas, herdeiros e sucessores, ou simplesmente ser mais um dos bilhões ou trilhões de pessoas que já povoaram o mundo que conhecemos, dos quais sabemos um pouco pelo legado cultural, pelas construções faraônicas, pelas guerras e barbáries a que levaram a humanidade, cada um no seu tempo.
Repasso na memória o pouco da história que conheço do Guarujá e nem mesmo o nome de algumas ruas me levam a pessoas que construíram algo e que mereçam essa lembrança. Menos ainda placas, estátuas e menção elogiosa na história.
O Cônego Dom Domênico Rangoni pode ter sido único, pelas obras que construiu. Ele é lembrado pelo maior hospital da cidade, um colégio que ainda hoje ensina aos mais jovens e várias outras obras benemerentes.
E se me lembro de poucos que merecem, sei de cor os nomes dos de todos os prefeitos e de muitos vereadores, desde 1.989, ano em que me mudei para o Guarujá, que administraram a cidade e a transformaram no que ela é hoje.
Um amontoado de favelas, milhares de pessoas que não obtém escola para seus filhos nem amparo na doença e na velhice para seus entes queridos, bairros inteiros que alagam.
Guarujá só é lembrado positivamente pelas belezas naturais, que temo, não resistirão ao descaso à maldade dos que a administram.
Viver não é um privilegio que se possa ter escolhido nem um castigo de que se possa escapar.
Pense nos políticos que o Guarujá teve e repasse mentalmente o que eles fizera de bom, o que deixaram de fazer e verá que ser chamado de mau administrador, venal e canalha, não é um castigo de que se possa escapar.
É difícil, quase impossível, ter orgulho, de ter sido político de Guarujá.
Ser da Igreja não significa ser a Igreja. Para ser da Igreja é necessário reservar alguns dias da semana, talvez uma quarta e um domingo, algumas horas do dia, a décima parte das suas finanças... Para ser a Igreja é necessário uma vida inteira, é necessário se esvaziar, perder, se humilhar. É necessário morrer no altar que Ele morreu.
Amizade não é ter alguém ao seu lado 24 horas por dia. Isso se chama encosto. Amizade é outra coisa!
Será que vocês não sabem que o acaso não existe; e que TUDO é operação e poder de Deus, o criador de todas as coisas?
Não existe o tempo da ignorância depois de Jesus, o ultimo sacrificio pelos erros das pessoas. Existem pessoas que ainda não sabem o certo ou errado? Essas pessoas não são de Cristo, servem ao mundo que não conhece as coisas de Deus e fazem tudo aquilo que separa, a luz das trevas; vivem na escuridão.
JUSTIÇA É O QUE DEUS QUER. Se vocês não são justos, esperam que Deus seja cumplice dos seus crimes? Todo aquele que não for justo e honesto com o seu semelhante...é transgressor e inimigo de deus. Esta em trevas; não conhece a Deus, seu amor; e muito menos a salvação que veio por Jesus Cristo, o justo..
Amar é contemplar a mais plena felicidade não se restando nenhum espaço vazio, nada mais será tão necessário em nossa vida.
Na verdade, são guias cegos os que falam de riqueza e não amam aos irmãos verdadeiramente..Ser bom, não é ser dizimista e estar na igreja, ser bom, é temer à Deus; e amar o próximo como vc se ama.
Não é mistério algum viver a vida.Para uns lágrimas e sofrimento,para outros,alegrias e prazer.Mas no fim de cada vida,uma revelação.Só os bons viverão em paz
Deus não está em todos os lugares. Pelo contrário, em todos os lugares está Deus. Pois a sua magnitude não se limita a nada. Ele é maior que tudo !
Velocidade é a bola da vez. Não sei bem se é isso, mas não tenho mais tempo para errar. Há alguns meses, numa mesa-redonda em Belo Horizonte, o professor Eugênio Trivinho (PUC-Santos) falava em "dromoaptidão". Nunca mais me esqueci. Ele fala difícil, a platéia de estudantes de graduação em Comunicação ainda não sabia o que fazer com aquelas palavras. Muita gente riu baixinho, pensou logo no dicionário. "Dromoaptidão" era um conceito que Trivinho desdobrava ali para aquela "galera". E era mais ou menos a aptidão que nós (e os próximos habitantes desta Terra) devemos ter para lidar com a velocidade.
Além do professor de Santos, capítulos de livro trazem pesquisas sobre o tal do "tempo real" e a perseguição de um intervalo cada vez menor entre os fatos, os fatos e as idéias, os fatos e os textos, os fatos e o jornalismo. Uma correria que aparece na vida de todo mundo das mais variadas formas. Gerações que se sucedem e ficam sem o que fazer cada vez mais cedo.
A geração dos meus professores universitários fazia doutorado aos 45-50 anos. A minha geração é de doutores antes dos 30 ou pouquíssimo depois. Inventou-se, para dar conta disso e manter a "linha de corte", o pós-doutorado. E deste se pode ter um, mas é pouco. Há jovens estudiosos com cartelas de dois, três ou quatro, antes dos 40 anos, uns dentro e outros fora do país.
Vou pelo mesmo caminho, mas não sem me perguntar: para quê estou correndo tanto? Onde vou parar? Para quem quero falar o que eu aprendo? Turmas cada vez menores? Poucos indivíduos que querem fazer carreira na ciência? Embora haja vasta comissão de ressentidos que vão mal na profissão ou que apenas repetem a crítica infundada àqueles que fazem da pesquisa a profissão (muitas vezes a vida), é nisso que este país se fia, com o pouco que ele é, para atravessar camadas e camadas de ignorância reverberada até por quem estuda.
Em todas as grandes universidades deste país (não estou falando de faculdades), há equipes grandes de pessoas de variado nível de formação questionando, examinando, estudando e propondo o que se faz do lado de fora daquelas cercas. Em qualquer região do Brasil, pessoas dedicadas ao conhecimento (e não apenas à informação replicada, muitas vezes mal replicada) fazem seminários para ver o que é possível para melhorar isto ou aquilo.
Fico observando aquelas equipes da Engenharia de Materiais. Eles têm de pensar em tudo, no presente e no futuro, e de fato alteram as perspectivas do que acontece dentro de nossas casas. Ou aquela turma de jaleco branco que acaba de passar por ali. São biólogos e vão almoçar. Um pouco mais cedo, estavam discutindo alguma coisa sobre meio ambiente. Os cientistas da Computação estão ali trancados resolvendo o que fazer com a pesquisa de um tal ex-aluno de doutorado que inventou algo muito importante para isto ou aquilo. E a turma da Faculdade de Educação entregou hoje cedo as matrizes que direcionarão o ensino de Matemática nos próximos anos, se os professores deixarem.
E para quê corro tanto? Para ver a banda passar. Para chegar na frente. Para que minha vida aconteça à minha revelia. Para que meu filho tenha um futuro bacana. Para ter grana. Para aprender coisas que pouca gente sabe. Para contribuir. Posso dizer tanta coisa para me justificar, mas prefiro ficar cansada. No final, estaremos todos vizinhos nas mesmas covas. Para quê correr?
Uma moça me contava, há duas semanas, a experiência de morar no exterior. Não em Londres ou em Nova York, mas em Moçambique. Antes disso, fez um estágio no interior da Amazônia e depois concorreu a uma vaga na África. Lá, não tinha quase onde morar. Pegou malária duas vezes. Depois de três anos, resolveu voltar para o Brasil porque ficou grávida. Não fosse isso e teria curtido mais a missão. Dizia ela: "Aprendi muito com esses povos. Lá você dizia ao cara para pensar no futuro, guardar a comida, conservar o peixe e ele dizia: para quê?". Quando ela argumentava: "Para você ter um dia melhor amanhã". O africano dizia: "Mas aí eu posso ter um dia melhor hoje". Caça, pesca, coleta. Isso mesmo, vida de quem está, não será. E se for, melhor.
Ela dizia isso e sugeria a alunos de Letras que concorressem a vagas oferecidas por agências nacionais de fomento para viagens ao exterior. Não para Milão ou para Lisboa, mas para Moçambique ou para qualquer outro canto do mundo onde não haja uma vida, no fundo, muito parecida com esta. Ela dizia isso e refletia: correr para quê?
Não quero viver da coleta. Não sou caçadora e nem estou preparada para o "carpe diem" dos filmes americanos ou dos poemas árcades, mas bem que eu queria um descanso. Não este descanso falso dos finais de semana que começam no sábado à noite. Não a pseudoparada dos que dormem de dia. Ou a noite exausta de quem trabalha sem parar. É isso o que se tem feito. Eu queria o descanso de viver este dia do moçambicano sertanejo. De quem não conhece, simplesmente não sabe o que é, o celular, a televisão, a caixa de e-mails ou a luz elétrica. Impossível.
Faz tempo que a velocidade vem mudando de jeito. Não por conta da internet, que esta é apenas a etapa que nos soa mais fresquinha. Desde o telégrafo, o trem a vapor, o telefone. Desde que a distância pareceu ser relativa. Desde que os burricos que atravessavam montanhas pararam de trabalhar. O tempo vem sendo manipulado. As pessoas vêm delegando suas reflexões e seus desejos a outras. Se gostam ou não, se querem ou não, se são ou não, tanto faz. Terá sido tudo uma imensa onda de práticas meio espontâneas.
Sem ler sobre o assunto, mesmo sem freqüentar aulas de "Análise do Discurso", seja de que linha for, é possível parar para ouvir os ecos de tudo o que se diz. Aqui, neste Digestivo, é possível ler uns textos que ecoam outros; tantos que expressam bonitamente a conversa do boteco, com mais elaboração, é claro; outros tantos que conversam entre si e nem sabem. O que importa é saber o quanto estamos presos a uma rede invisível de sentidos que já vêm meio prontos. Uma teia de relações que já chegam feitas. Uma onda transparente de significados que carrega os ditos e os não-ditos. Sem ter como escapar. Os dizeres estão sempre presos a outros, mesmo que não se saiba se alguém já disse aquilo antes. E principalmente por isso.
Pensar deveria ser a coisa mais importante de tudo. Da vida em família, da escola, da convivência. Saber pensar deveria ser a habilidade mais almejada de todas. Antes de saber envergar roupinha de marca ou saber inglês, antes de conhecer música ou ler Machado de Assis. Antes de ser "do contra" ou de apoiar a "situação". Pensar deveria ser obrigatório. Não sei pensar. Não aprendi direito. Antes que eu consiga (porque eu até tento, há quem nem isso...), vêm logo essas redes de sentidos me carregando. Que antídoto há para isso? Pensar de novo, ler mais, conhecer os textos (falados, inclusive) que já rolaram nesta correnteza e tentar ao menos me localizar. Saber que ecos tem minha voz. Pensar de novo e assistir aos efeitos do que eu disser.
Em 2002 eu tinha um blog. Ele era até conhecido. Fazia resenhas e entrevistas com escritores. Depois me cansei dele. Hoje tenho preguiça dos blogs, assim como de outras coisas e pessoas. Lá no meu blog era assim: eu mal pensava e já havia escrito. Muitas vezes funcionava. Mas isso não tem a menor importância para mim mais. No blog, no site, na mesa de bar, a velocidade eclipsa uma série de coisas mais importantes. Muito do que se escreve é de uma irresponsabilidade exemplar. O Digestivo já foi texto de prova de vestibular várias vezes. Imagine-se o que isso ecoa nas práticas de muitos lugares? Parece bobagem? Não é. Muito do que se toma como verdade é irrefletido, bobo, superficial, reelaborado, tolo, restrito, mas se quem escreve só faz escrever sem pensar, imagine-se o que fazem os que apenas lêem, e lêem mal?
A velocidade com que as coisas podem ser feitas e ditas tem trazido à luz o que deveria ficar guardado em tonéis de carvalho. Há produtos da cultura que jamais, esteja a tecnologia como estiver, sairão dos barris antes do tempo. Ainda bem.
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