Nao me Arrependo de ter te Amado tanto assim
Nem todo dia é leve.
Nem toda manhã chega com o sol.
Há caminhos que pedem silêncio,
outros que exigem força além do que se tem.
Mas, ainda assim… eu sigo.
Com o coração cansado, às vezes.
Com os olhos marejados, muitas vezes.
Mas sigo.
Porque dentro de mim mora uma certeza que não desiste:
o tempo pode ser difícil,
mas existe uma esperança em mim
que não conhece o fim.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Foi amor, sim.
Mesmo que só do meu lado.
Cheio de cuidado disfarçado
e palavras que só eu entendia como declaração.
Entreguei o que tinha — e talvez até um pouco mais.
Esperei o que não veio, sonhei o que não se constrói sozinho.
Mas, hoje, eu entendo: a expectativa era minha,
e isso muda tudo.
Não te culpo.
O erro, se é que houve, foi meu:
de achar que bastava sentir pra ser correspondido.
Mas não é assim. Amor bonito é quando dois corações escolhem se encontrar,
não quando um insiste em ficar onde o outro não quis morar.
Hoje, recolho o que sobrou com ternura.
Foi real, mesmo que só pra mim.
E isso me basta pra seguir em paz.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Às vezes, tudo o que a gente precisa é dar mais um passo.
Mesmo sem certezas. Mesmo com medo.
Porque a força não vem de fora —
ela nasce no silêncio de quem confia.
Pode doer, pode cansar,
mas há algo maior guiando seus passos.
Uma presença que não se vê,
mas acalma, sustenta e cuida.
Então, não pare.
Respira fundo… e vai.
O céu caminha com você.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Entre pernas, passos e tropeços a gente vai deixando algumas coisas pelo caminho e encontrando outras... O que não pode é se subtrair. O processo tem que ser de acréscimo, sempre. Nada é tão definitivo assim e a gente nunca É, a gente ESTÁ...
Sempre digo que quem se aprofunda nas coisas, quem mergulha, sabe exatamente o gosto que tem o alimento cru porque não se contenta com o que está pronto, posto sobre a mesa. A gente vai experimentando aqui e acolá, vai sentindo o ritmo, o tempo, tendo cuidado com algumas coisas e desrespeitando as placas de aviso de perigo de outras. A gente cai, levanta, chora, celebra. A gente vive. A gente se conhece através das reações dos outros a nós mesmos. A gente se trabalha ou estagna, regride ou evolui. A escolha é sempre nossa. Tal como as consequências. A gente resolve se entregar quando é tarde pra descobrir que pra respeitar o nosso próprio tempo, é preciso lembrar e ter o mesmo respeito pelo tempo do outro. E que muitas vezes, pra ser honesto, é preciso se correr um risco o qual não queremos. Mas a gente corre. Que o medo não tenha tanto poder sobre nós... E que não fiquemos condicionados por experiências anteriores - há sempre uma oportunidade de surpresa, mas teremos que estar abertos a isso. Nada é tão definitivo.
A maioria dos dramas está nas ideias que formamos das coisas. Os acontecimentos que nos parecem dramáticos são apenas assuntos que a nossa alma converte em tragédia ou em comédia, à mercê do nosso carácter.
Jamais os moralistas conseguirão fazer compreender toda a influência que os sentimentos exercem sobre os interesses. Essa influência é tão poderosa como a dos interesses sobre os sentimentos. Todas as leis da natureza têm um duplo efeito, em sentido inverso um do outro.
Jamais essa mulher nascerá. Só de uma rede de laços se pode nascer. Ela continuará a ser semente abortada, poder por empregar, alma e coração secos. Ela há-de envelhecer funebremente, entregue à vaidade das suas capturas.
Tu não podes atribuir nada a ti próprio. Não és cofre nenhum. És o nó da diversidade. O templo, também é sentido das pedras.
«Mas tu, que pões má cara diante do poder da terra, diante da grosseria, da podridão e dos vermes dos homens, começas por pedir ao homem que não seja e que não tenha nem sequer cheiro.
-Tu as eu tort. Tu auras de la peine. J'aurai l'air d'être mort et ce ne sera pas vrai...
Moi je me taisais.
-Tu comprends. C'est trop loin. Je ne peux pas emporter ce corps-là. C'est trop lourd.
Moi je me taisais.
-Mais ce sera comme une vieille écorce abandonnée. Ce n'est pas triste les vieilles
écorces...
A. impossibilidade de participar de todas as combinações em desenvolvimento a qualquer instante numa grande cidade tem sido uma das dores de minha vida. Sofro como se sentisse em mim, como se houvesse em mim uma capacidade desmesurada de agir. Entretanto, na parte de ação que a vida me reserva, muitas vezes me abstenho e outras me confundo. […] A ideia de que diariamente, a cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu certamente deveria tomar conhecimento e que entretanto jamais me serão comunicadas — basta para tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro à minha frente. O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido. Nem me consola o pensamento de que, entrando na confrontação simultânea de tantos acontecimentos, eu não pudesse sequer registrá-los, quanto mais dirigi-los à minha maneira ou mesmo tomar de cada um o aspecto singular, o tom e o desenho próprios, uma porção, mínima que fosse, de sua peculiar substância.
Contra a memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Nota: Trecho de texto de Marla de Queiroz. Por vezes, é atribuído de forma errônea a Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector.
...MaisIV
Conclusão a sucata! ... Fiz o cálculo,
Saiu-me certo, fui elogiado...
Meu coração é um enorme estrado
Onde se expõe um pequeno animálculo
A microscópio de desilusões
Findei, prolixo nas minúcias fúteis...
Minhas conclusões Dráticas, inúteis...
Minhas conclusões teóricas, confusões...
Que teorias há para quem sente
O cérebro quebrar-se, como um dente
Dum pente de mendigo que emigrou?
Fecho o caderno dos apontamentos
E faço riscos moles e cinzentos
Nas costas do envelope do que sou ...
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso dos outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
Da sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio, ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Frequentemente chorava ao passear naquele jardim, agora demasiado estreito para ela, como o pátio, a casa, a cidade: lançava-se antecipadamente pela vasta extensão dos mares.
Seus sentimentos, magoados sem que elas o percebessem, mas vivazes, o segredo de sua existência, tornavam-na exceções curiosas naquela reunião de pessoas cuja a vida era puramente material.
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