Nao Magoe uma Mulher

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Eu não espero pela disposição. Você não realiza nada se fizer isso.

Não tem jeito de ser verdadeiramente notável neste mundo. Estamos todos impalados nas curvas da condição.

Então vai fazer o que te faz feliz. Não troque a liberdade por pura ilusão, use sua cabeça e também seu coração.

Eu antes tinha querido ser os outros para conhecer o que não era eu. Entendi então que eu já tinha sido os outros e isso era fácil. Minha experiência maior seria ser o âmago dos outros: e o âmago dos outros era eu.

Clarice Lispector
Aprendendo a viver. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

Nota: Crônica A experiência maior.

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A busca da felicidade é pessoal, e não um modelo que possamos dar para os outros.

Como é mesmo que minha mãe dizia? Quem não é visto não é lembrado. Longe dos olhos, longe do coração. Pois é.

Gastei tudo que não tinha.
Sou mais velho do que sou.
A ilusão, que me mantinha,
Só no palco era rainha:
Despiu-se, e o reino acabou.

(...)
Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido.
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido.

É óbvio que eu não sou quem você quer, senão seria igual a muitas outras.

A arte maior é o jeito de cada um, vivo pra ser feliz, não vivo pra ser comum.

Charlie Brown Jr

Nota: Trecho da música Beco sem saída.

Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas...

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Elisa Lispector, de 19 de outubro de 1948.

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Viver é experimentar, e não ficar pensando no sentido da vida.

A civilisação não suprime a barbárie, aperfeiçoa-a.

Se a paz não puder ser mantida com honra deixa de ser paz.

De amor eu não morro
De paixão eu não sofro
Quem quiser me amar
Tem que fazer gostoso!

Então, se é digna de si mesma, não teima em espertar a lembrança morta ou expirante; não busca no olhar de hoje a mesma saudação do olhar de ontem, quando eram outros os que encetavam a marcha da vida, de alma alegre e pé veloz.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Não existem línguas mortas, mas cérebros letárgicos.

Carlos Ruiz Zafón
in A Sombra do Vento

Não consigo deixar de pensar nos tempos em quartos solitários, quando as únicas pessoas que batiam à minha porta eram as senhorias cobrando o aluguel atrasado ou o FBI. Vivia com ratos e camundongos e vinho, meu sangue escorria pelas paredes em um mundo que não conseguia compreender e ainda não compreendo. Em vez de levar a vida que eles levavam, eu passava fome. Fugia para dentro de minha própria mente e me escondia. Fechava todas as cortinas e ficava olhando para o teto. Quando saía, era para ir a um bar onde eu mendigava por bebida, andava a esmo, apanhava nos becos de homens bem alimentados e confiantes, de homens idiotas e com vidas confortáveis. Bem, ganhei algumas lutas, mas só porque era louco. Fiquei anos sem mulher, vivia de manteiga de amendoim e pão amanhecido e batatas cozidas. Eu era o idiota, o estúpido, o louco. Queria escrever, mas a máquina de escrever estava sempre penhorada. Então eu desistia e bebia...

A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia até agora. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1948.

Nota: Trecho do Poema de sete faces.

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O meu problema é não conseguir ficar brava por muito tempo. Eu sempre acabo perdoando as pessoas que, na maioria das vezes, não merecem ser perdoadas.

“É um cara que não tem noção de como você gostaria de estar ao lado dele num final de semana qualquer.”