Nao Machuque o meu Coracao

A mediocridade é a arte de não ter inimigos.

O amor não pode coexistir com o temor.

Não seria a música uma língua perdida, da qual esquecemos o sentido e conservamos apenas a harmonia?

Não há nada que valha a dignidade do silêncio.

Puxar em comum, mas não pensar em comum.

Quando eu era moço observei que nove das dez coisas que eu fazia fracassavam. Como não desejava fracassar, eu trabalhava dez vezes mais.

Eu não procuro nada em ti,
nem a mim próprio, é algo em ti
que procura algo em ti
no labirinto dos meus pensamentos.

Eu estou entre ti e ti,
a minha vida, os meus sentidos
(principalmente os meus sentidos)
toldam de sombras o teu rosto.

O meu rosto não reflecte a tua imagem,
o meu silêncio não te deixa falar,
o meu corpo não deixa que se juntem
as partes dispersas de ti em mim.

Eu sou talvez
aquele que procuras,
e as minhas dúvidas a tua voz
chamando do fundo do meu coração.

Criatividade sempre significa fazer o não familiar.

O amor, que não perde nem desvaira, esse é que é o amor.

Aquele que não tem ciúmes, até mesmo das calcinhas da bem-amada, não está apaixonado.

O pobre lastima-se de querer e não poder, o avarento ufana-se de que pode, mas não quer.

Os ingleses conquistaram o mundo porque não aguentavam mais a própria cozinha.

Se um homem não faz novas amizades à medida que avança na vida, ficará logo sozinho. Um homem, senhor, deveria manter as suas amizades em contínuo restauro.

A memória é muito vigorosa nas crianças e por isso a imaginação é excessivamente viva, pois esta não é mais que uma memória dilatada e composta.

Todo o nosso mal provém de não podermos estar sozinhos: daí o jogo, o luxo, a dissipação, o vinho, as mulheres, a ignorância, a desconfiança, o esquecimento de nós mesmos e de Deus.

O caráter não é esculpido em mármore, não é algo sólido e inalterável. É algo vivo e mutável, e pode tornar-se doente, como se torna doente o nosso corpo.

Quanto a lisonjear a multidão, juro que não posso! O povo está no alto, a multidão está no fosso.

Antes não se imaginava o que agora é provado.

O perigo não está na multiplicação das máquinas e sim no número cada vez maior de pessoas habituadas, desde a infância, a só desejar o que as máquinas podem dar.

Não há nada no mundo, nem recompensa, nem castigo, o que há são consequências.