Nao Ha Tempo para Errar

Não pode haver graça onde não há discrição.

Não há poder. Há um abuso do poder, nada mais.

Não há coisas de que mais te devas recordar do que daquelas em que hajas errado, para nas mesmas não tornares a errar.

Não há nada de justo ou de injusto que não mude de qualidade ao mudar de clima.

Não há homens cultos; há homens que se cultivam.

Não há dois tempos iguais de solidão porque nunca se está só da mesma maneira.

Não há nada melhor que uma vida sem matrimônio.

Não ha coisas úteis ou inúteis: a medida do seu valor está em nós.

De todos aqueles que consideramos felizes, não há um que o seja.

A felicidade não existe, há apenas pessoas felizes.

Não há duas pessoas no mundo que, por uma indiscrição diabolicamente concebida, não possam vir a tornar-se inimigos mortais.

Não há nenhuma mulher que se considere feia.

Não há coisa mais fácil que vencer os outros homens, nem mais difícil que vencer-nos a nós mesmos.

Quando um escritor se transforma num clássico, já não há necessidade de lê-lo: basta citá-lo.

Como ao bem ocupado não há virtude que lhe falte, ao ocioso não há vício que não o acompanhe.

Numa situação intensa não sabemos que dizer. Para isso é que há o formalismo do silêncio, traduzido num abraço de emoção ou nos «sentidos pêsames» sem emoção nenhuma.

O ser, o ter e o fazer são como triângulo, no qual cada lado serve de apoio para os demais. Não há conflito entre eles.

Há momentos em que o governo perde a confiança do povo, mas não conheço momentos em que o governo possa confiar no povo. O povo concede o seu favor, nunca a sua confiança.

Miséria deste século; não há muito eram as más acções que tinham de ser justificadas; hoje são as boas.

Há, sim, um direito do mais sábio, mas não um direito do mais forte.