Nao Ha Passageiros na Nave Espacial Terra

Um livro é como uma janela. Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena parte da paisagem.

Gostaria de viver para estudar e não de estudar para viver.

A arte, felizmente, ainda não soube encobrir a verdade.

Pobre não é aquele que tem pouco, mas antes aquele que muito deseja.

A satisfação está no esforço e não apenas na realização final.

Uma alma que se sabe amada, mas que por sua vez não ama, denuncia o seu fundo: vem à superfície o que nela há de mais baixo.

A vida é um eco. Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo.

Num certo momento da vida, não é a esperança a última a morrer, mas a morte é a última esperança.

O bom juiz não deve ser jovem, mas ancião, alguém que aprendeu tarde o que é a injustiça, sem tê-la sentido como experiência pessoal e ínsita na sua alma; mas por tê-la estudado, como uma qualidade alheia, nas almas alheias.

A beleza da mulher deve avaliar-se não pelas proporções do corpo, mas pelo efeito que estas produzem.

Não abandones as tuas ilusões. Sem elas podes continuar a existir, mas deixas de viver.

Quem quer agradar a todos não agrada a ninguém.

Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los.

As vivências terríveis fazem-nos pensar se o seu protagonista não é, ele próprio, algo de terrível.

Se de noite chorares pelo sol, não verás as estrelas.

Se fracassar, ao menos que fracasse ousando grandes feitos, de modo que a sua postura não seja nunca a dessas almas frias e tímidas que não conhecem nem a vitória nem a derrota.

Quem só tem o espírito da história não compreendeu a lição da vida e tem sempre de retomá-la. É em ti mesmo que se coloca o enigma da existência: ninguém o pode resolver senão tu!

Aquele que não é capaz de se governar a si mesmo não será capaz de governar os outros.

O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda oportunidade.

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.