Nao Gosto do que Vejo
Meus amigos eu já nem sei quem são, você eu já não vejo a um tempão
De verso em verso, de refrão em refrão, de minuto em minuto eu fiz essa canção.
Momento lindo que ficou na memória, você pra mim entrou na história, momentos marcantes, formas excitantes, Penso em você a todo dia a todo instante.
Um cara imperfeito que você visualizou um homem perfeito que você sempre sonhou, um cara imperfeito que você
Nunca odiou, um homem perfeito que você sempre amou, menina linda com cabelos ao vento, minha vida e você, lutei
Contra o tempo, lutei com amor, lutei sem noção, e por isso que pra ti dedico essa canção.
Espelho do que fomos
(Eliza Yaman)
Olho o espelho e vejo o que não vejo:
teu rosto em mim, teu gesto em minha mão.
És reflexo que vive no desejo,
és ausência que tem encarnação.
E mesmo que não estejas ao meu lado,
és parte do que sou, do que me forma.
Teu amor é traço eternizado,
na moldura onde a dor virou reforma.
Nas minhas sombras de madrugada não vejo mais meu rosto.
No espelho vejo meu reflexo buscando um paradigma neste imenso mundo.
"Este será mais um Dia dos Pais sem você… e a saudade não diminui.
Vejo as vitrines cheias de presentes, as pessoas falando sobre o que vão comprar, e eu só queria poder te dar mais um abraço.
Você foi, e sempre será, meu maior exemplo… meu porto seguro… o homem que me ensinou a sonhar.
Pai, se o céu tivesse telefone, eu ligaria só para ouvir sua voz e dizer que eu te amo.
Saudade não tem fim… e a minha só aumenta."
Meu peito arde quando te vejo, mas não é de desejo, é de anseio
desejar não é ansear, ansear é algo mais profundo de se pensar
não é momentâneo, é sentimental e espontâneo.
pois, tolas foram as noites que pensei que podia te ter, mas, mais ainda fui eu, por não ver.
já me perdi no vazio que há em mim, e tudo isso foi porque no meio do barulho, você não me deixou por um fim.
Para quem fala de mim, não vejo problema algum nisso. Afinal, é o seu ponto de vista, e, se for algo realmente construtivo, sempre será válido tentar melhorar como pessoa. Até porque eu não sou perfeito. O pior não é falar mal pelas costas, mas sim depois me dar um abraço, fingindo que nada aconteceu.
Hoje eu vejo claramente. Quarenta e cinco anos de derrotas. Sou um sobrevivente solitário. Não posso confiar em ninguém.
Eu não vejo o vento;
Mas sinto o seu sussurro como um lamento;
Quando as árvores se balançam e suas folhas se arrancam;
Observo queno vento é potente, é forte e raivoso;
De repente se acalma;
Se torna suave, balança meus cabelos, me refresca.
Este vento!
Que balança o mar e movem os barcos;
O vento que assusta e ao mesmo tempo encanta.
O vento que afugenta;
O vento que trás catástrofes é o mesmo vento que nos acalma.
Vem do oeste a leste.
Atravessam os trópicos da Terra;
Nos traz frio, nos traz a brisa.
O vento carrega coisas e nos trás a brisa.
O vento carrega coisas e nos trás a chuva, que nos limpa, nos renova.
O vento nos seca;
Ao mesmo tempo ele é vida, é riqueza.
É o ar que sopra onde quer.
Fico sem saber da onde vem, ou para onde vai.
Eu vejo um mundo em agonia, onde muitos correm para uma direção onde não tem salvação, se dirigindo inconscientementeao um próximo abismo.
A arte mais linda que já li mora na inocência das crianças.
Eu, como poetisa, não vejo o mundo como todos veem. Eu leio o mundo poeticamente.
Ser poeta é um ato de desordem. É um ato de coragem. Ser poeta não é apenas escrever e esperar que o leitor se encante com suas palavras. Ser poeta é ler a vida, é escutar a alma das coisas, é perceber o que os olhos distraídos não enxergam.
As crianças vivem isso sem esforço. Elas não escondem sentimentos. Elas choram, riem, pintam, cantam. Elas são intensas. Elas são presentes que a vida nos dá todos os dias. Os adultos, nós, nem sempre conseguimos ver a arte que elas fazem com as mãos, com os olhos, com o silêncio do corpo.
Elas não fingem. Elas se entregam. Elas vivem a arte como se a vida dependesse disso — e, de certa forma, depende.
Eu vejo isso. Eu sinto isso.
E posso dizer, com toda a simplicidade que a verdade permite: a arte mais bonita que já li veio de uma criança.
E, se prestarmos atenção, poderemos aprender com elas. Aprender a sentir a vida de verdade, sem máscaras, sem pressa, sem medo de ser intenso. Aprender que a beleza não está em objetos caros, nem em grandes feitos. A beleza está no que damos de nós, no que sentimos, no que ousamos deixar nascer.
As crianças nos lembram disso. Sempre lembram. E talvez, se aprendermos a escutá-las, possamos nos tornar um pouco mais humanos, um pouco mais poéticos, um pouco mais vivos.
Lua
Lua, faz dias que não te vejo.
Dias nos quais me encontro sem o teu brilho.
Sinto falta da tua companhia,
falta dos momentos nas noites mais densas
e frias.
Minha lua,
minha querida Lua...
Você se escondeu entre as nuvens
e me deixou.
Me deixou vagando pela noite,
procurando conforto
no frio
e nas memórias
que um dia já me aqueceram.
C.
Não Vejo-Me Aqui
Ao emanar a fumaça do cigarro, sinto que estou me livrando da angústia que há em mim.
A melancolia me corrói,
é angustiante, me destrói.
Não vejo-me aqui,
Desejo desistir.
Um sentimento indescritível,
Uma dor interna horrível.
Tenho um corpo funcional e limitado.
Dor, angústia, agonia, tormento.
Penso: é uma condição mental?
Um acontecimento anormal?
Sinto-me desconfortável constantemente.
É… essa é a vida que eu levo e sou consciente.
Meu corpo é uma anomalia.
Nada faz sentido, nada.
Só sei que fumar, me automedicar, me alivia.
— Lorenzo Almeida (24.10.24).
Toda vez que te vejo, cresce um prazer
Mas não encontro uma palavra para dizer
Pois sei que mesmo de longe, não vai caber
A saudade latente que sinto por você.
Sua beleza se aperfeiçoa em sua pureza
Um sorriso tão lindo, uma flor de delicadeza
Quero te amar puramente, sem avareza
Seja minha conselheira, minha clareza
Seja guiada pelo Espirito Santo, minha bela princesa.
Promessas quebradas
Coração partido
Essa dor que esmaga
Desesperança que corta
Não vejo futuro
Não vejo saída
Em meio a dor
De sonhos falidos
O peito aperta
Estou sozinha
Não há mão pra segurar
Não há em quem confiar
Em guerras desmedidas
Perdi o que chamei de lar
E essas dores só aumentam
A necessidade de me isolar
Lutei, mas foi em vão
Sempre foi tudo em vão
Talvez não possa mais me levantar
Muito disso eu mesma busquei
E me vejo sem saída outra vez
No abismo que não posso suportar.
- Marcela Lobato
A vejo.
Mesmo quando há paredes — invisíveis, não estão lá —
eu as toco.
Mas ela está além.
A vejo.
De onde eu estiver,
Para onde eu olhar,
ela é presença intocável.
É reflexo que não sou eu,
é mais bonito,
mais radiante.
É ela.
A vejo como quem vê esperança,
como quem encontra farol na tempestade,
clareira na floresta densa,
lanterna acesa em minhas mãos trêmulas.
Ela é presente do além.
E eu, sem saber agradecer de joelhos,
me ponho diante da cama,
sem jeito nas palavras,
busco compreensão.
A vejo.
Além do que é dito,
além do que é mostrado.
Vejo no conflito,
na dúvida,
na dança entre luz e escuridão.
A vejo.
Mesmo quando me sinto pequeno,
impuro,
feito de falhas,
feito de sombras.
A vejo,
e me pergunto como pode
tamanha luz repousar sobre mim.
Há sentido nesse silencio.
Porque me guia,
mesmo sem mapa.
Me toca,
mesmo sem gesto.
Me revela,
mesmo sem palavra.
No olhar.
Sim. Vejo você.
Me perco toda vez que te vejo,
como o rio que esquece o caminho do mar.
Sem você, não há verso nem desejo,
a canção não aprende a rimar.
Teus olhos — castanhos, calmos, inteiros —
guardam o outono em pleno verão.
Neles, o tempo adormece primeiro,
e o amor desperta em contramão.
Você é o sopro que o tempo espera,
a brisa que volta só pra tocar.
Inspira meus sonhos, tempera a quimera,
ensina a saudade a dançar.
Há um azul escondido no brilho moreno,
um silêncio que sabe cantar.
Mergulho nele, pequeno e pleno,
só pra esquecer de voltar.
E se amar for mesmo um risco incerto,
que o vento leve o que for razão.
Prefiro seguir de peito aberto,
com você no centro da canção.
Se o mundo apagar a retina,
ficarei nos teus olhos — castanha e sina.
SPECTRUM
Já não me reconheço,
Porém, sei bem o que sou,
O que vejo, o que tornou
-se meu Eu: tão avesso!
Volto sempre ao começo
De uma estrada sem fim,
Que se perde dentro de mim...
Aonde vou!? Sempre esqueço.
Onde está o seu brilho?
Onde está o seu brilho?
Há tempos já não lhe vejo sorrindo,
Você está sempre aflito, preso entre pesadelos e medos.
Dois bandidos: essa tal da depressão e seu cúmplice, a ansiedade.
Levam seus sonhos e trazem várias tempestades.
Não descansamos um segundo,
Perdemos nossa identidade, sujeitamos-nos ao submundo.
Invisível, em nossos pensamentos, tristeza e abandono de si mesmo.
Não sei mais quem você é, já não lhe reconheço.
Onde está o seu brilho?
Mas ainda ouço, lá no fundo,
Um sussurro pedindo socorro,
Pedindo perdão por sentir demais, sem explicação —
Indício de que ainda existe um coração,
Que anseia o dia em que o sol traga o verão,
A um lugar frio, adormecido, sem cor.
A alma se esconde, cansada da dor,
Sem dormir, com medo de outro amanhecer.
O corpo é abrigo de um grito contido,
Eco perdido, jamais esquecido.
Um alguém que clama, refém da esperança,
E mesmo que a noite pareça infinita,
Há sempre um sopro que ainda acredita
Que um dia a dor se cansará de ficar.
Sussurros e desejos, a alma no escuro,
Absorve medos, abraça o impuro.
No silêncio das esquinas, eu ainda te vejo,
Entre lágrimas e pensamentos em vão,
A mente trava, mas luta o coração,
Que insiste em crer na salvação.
Pois entre um pedido de socorro,
Habita o amor — e o perdão.
— Luís Takatsu
