Não Gosto da sua Frieza
No calor das palavras forjamos ferramentas dificeis de manusea-las; mas na frieza do silencio somos habilitados á usar quaisquer ferramentas, mesmo as feita por terceiros!
A terra consome a carne,mas os ossos ficam. A carne apodrece e os ossos permanecem,na frieza da pele o íntimo aquece. O que amedronta os mortais se não somente a morte? É o medo de enfraquecer, de ficar sem sustento, de se ver sem movimento. Existem ossos muitos fracos, aqueles que se quebram facilmente, mas isto por não terem a rigidez que merecem. Neste vale de ossos secos a mediocridade permanece, fazendo juz a insanidade que poucos desconhecem.Meus ossos me seguram quando meu corpo padece, na ilusão de uma morte eles não enfraquecem. É o esqueleto que dá forma, não o exterior que deforma. Quão a força que me segura sobre esse corpo inseguro. Tão uniforme a forma que me dar forma, tão sublime o ato que se tornou fato. Qual a palavra se não osso? Tão forte e seguro, tão imortal que só morre ao fogo, ao extremo não se vai , ao limite se constrói. Esses ossos
que me sustentam são os que me alimentam,tão completo e e incompleto, tão repleto de gestos.Tão sutil a palavra que o faz e tão forte a segurança q o traz.
“Tristeza”
Minha tristeza.
Quero de ela fugir
Sair dessa frieza
Que vem só me consumir.
É como correnteza
Que vem me destruir.
Quero de ela escapar
Tento me reconstruir
Ela veio me desvairar,
Está quase a me extinguir.
Sinto-me caindo, ela vai me devorar
Já não consigo existir.
Vou a ela implorar
Que me deixe sair.
15/07/2010
... e tudo não passou de palavras vazias. Eu podia ver no seu sorriso, podia ver na frieza dos seus olhos a me olhar sob uma superioridade que espantava-me. Os teus lábios rosados , que destacavam-se pela palidez de sua pele se abriam de leve, como um pequeno corte cicatrizado. Quando os abria para proferir palavras vazias, essas que fizeram-me sentir o céu e ir tão rápido para baixo que cheguei a me assustar. Mentiras, tudo não passava disso, enquanto a olhar dentro da imensidão de seus olhos , acreditava em cada vírgula sem nem ao menos parar para pensar. E então eu vi , debaixo do véu da noite que cobria-te a face, o papel manchado de sangue com palavras vazias. E pela primeira vez não senti lágrimas em meus olhos. Quando a morte chegou para levar-te de mim eu entendi bem o que querias dizer com palavras vazias.
É clássica a minha falta de jeito com extremidades. Tornou-se habitual esperar uma frieza natural em todos os inícios e em todos os terminos. Talvez por medo, talvez por costume.
Estou aqui pra você meu bem. Eu te digo não com frieza, mas a verdade é que estou em suas mãos e você me tem a hora que quiser. O único problema é que queres me ter do teu jeito, e o teu jeito agora já não importa, mas se quiseres podes me ter assim, eu sei que vais gostar. Mas não tente me prender, porque meu coração está machucado, quebrado, e os cacos ficaram perdidos no meio do caminho sem volta. Mas estou aqui, e você está presente em meus pensamentos, em meus sonhos, em minhas lembranças. Eu só te quero assim, sem medo nem cobranças, sem prisões, só com paixões. Eu te quero assim… Livre, leve, flutuante.
"Não é o estudo Teológico que ocasiona frieza espiritual, mas, estes pecados que você tanto acaricia no sótão do teu coração".
A frieza e a indiferença me invenenam, onde estão os verdeiros e autenticos sentimentos?
As pessoas perderam ou simplismente não se importam.
Eu não sei se choro ou simplismente, finjo que sou forte.
AS MÁQUINAS CESSAM
Engrenagens frias, falta de alma, as máquinas cessam
Frias....
Mas na frieza há quem as imite. E, sem limite, maquine. Gente que maquina
Até virar uma esquina, e, numa quina de mesa, pancada surpresa
O destino pega logo ali; um pouco depois do desatino
E depois da trama, no atoleiro de lama, a vida ensina
Ou seca do céu à raiz
Tua frieza me congela o coração. Sinto um frio na alma, frio que em nada se parece com o calor do teu abraço.
Não te conhecia, te reconheci. Acho que nunca soube o que você queria, quem era você. Chegou com força, forte. Beijou meus olhos. Beijou meus olhos e fez carinho na minha alma. Prometeu cuidar. Quis mudar, me mudou. Despertou o que, há muito tempo, eu não queria sentir. E senti. E foi bom. E me fez sentir bem, viva. Despertei. Quis sentir, quis viver, quis querer. Quis que o tempo parasse, quis voltar no tempo, quis ter mais tempo, já que o tempo foi o abismo que nos separou. Ah, quanto tempo esperei. Quanto tempo esperei, mesmo sem saber. Só sabia que chegaria, mas não sabia que seria tão forte e tão rápido assim. Me mudou. Me fez ter certeza de que estou viva e que cada minuto é precioso. Pena ter me ensinado tudo isso e não ter apreendido e nem sentido nada.
