Não Existe uma Pessoa Certa

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Não adianta dizer que não existe
Esse racismo que vivemos
onde o negro sofre tanto
em um apartheid silencioso
oh meu Deus
como está o meu povo
lá na áfrica
Sofrendo ou vivendo
querendo se encontrar
na áfrica
Algo que mate a sua fome,
na pobreza se esconde
o seu sorriso
o colonialismo se agravou
o sofrimento se alastrou
transfundiu suas lagrimas
no que seria um paraíso
chora a minh’alma !
E como está à áfrica ?
e como anda minha raça ?
A noite somos nós !
A noite somos nós !
Negritude és tão bela

Dizer que estou grata parece mínimo.
Existe alegria.
Saudade.
Ficaram lembranças boas,
Que o tempo e as ondas não conseguem apagar.

Mas que venha.
Venha e seja melhor.
Menos dor.
Mais graça.
Mais afeto.
Menos pressa.
Mais amor.

Venha e seja aquarela.
Só o branco não me atrai.
Seja brilho.
Esplendor.

Venha e seja abençoado.
Não tenho medo de virar as páginas dessa história.
Tenho sede de vida.

Por isso venha.
Venha recheado de paz,
Coberto com poesia.

Por que ter medo da morte?
Enquanto somos, a morte não existe, e quando ela passa a existir,
nós deixamos de ser.

Existe um universo em todos nós e as vezes o meu se liberta em forma de poemas.

O pior amigo, ele existe?

Conheces o teu pior amigo? Ele existe? Se considerares que todo amigo é bom por natureza, que a amizade é coisa boa em essência, a resposta é não.
Mas se já disseste um dia que tens um melhor amigo, estabeleceste um sistema hierárquico.
E, se existe o melhor, existe o pior.

Na hipótese de o pior amigo não existir, o assunto encerra-se por aqui e a crônica termina.
Mas, na hipótese de ele existir, há que conceituá-lo.

Teu pior amigo, só o reconhecerás no momento em que ele a ti se revelar.
Teu pior amigo pode ter sido o teu melhor amigo até um instante atrás; e ter deixado de sê-lo no instante seguinte.
Teu pior amigo nem sempre está consciente da sua condição; e pode achar que te fez um grande bem.
O que vale dizer que podes ser, tu, o pior amigo de outrem.

Teu pior amigo poderá sê-lo também em plena consciência, para atingir objetivos, alheios a ti.
Teu pior amigo se irá valer dos teus erros involuntários para justificar os dele, voluntários.
E, em nome de teus erros, teu pior amigo cometerá novos e novos erros.

Teu pior amigo, tu terás certeza quando ele desvelar-se.
Pois ele apunhalar-te-á não pelas costas, mas pela frente, no coração.
E, quando apunhalar-te, ele o fará em retribuição a um abraço.
Um abraço que deste logo antes.
Antes de ele apunhalar-te.

O estado de pior amigo pode ser transitório, como os estados da matéria, que passa do líquido ao sólido e ao vapor e vice-versa.
De pior poderá reconverter-se em melhor.
Ou saltar para qualquer outro grau de hierarquia de valor absoluto ou de outras escalas (o mais fiel, o mais chato, o mais carinhoso, o vacilante, o inteligente, o "burrão"...).

O pior amigo diferencia-se do inimigo, que é mais sincero em seus propósitos íntimos.
O pior amigo deseja, ou está condenado a, um dia, ignorar o afeto que se encerra entre ele e ti.
O inimigo pode ser generoso. O pior amigo, em seu delito, terá propósito mesquinho.

O pior amigo, ao revelar-se, ajudar-te-á a crescer, por força de uma grande desilusão.

Somos de mundos diferentes, onde o amor não existe, onde as lágrimas caem secas, de onde é possível amar sozinho!

‘E a vida existe e também é bonita. E se renova. Tem lados de luz’.

Não existe sedativo
para uma dor cultivada
que não morreu quando devia.

Caminhos cruzados

Existe uma linha invisivel que une aqueles destinados a se encontrar, não há coincidências na vida, tudo conspira, tudo passa.
Num eterno ciclo, vamos ao abismo da tristeza ao ápice da felicidade.
Perdemos o passado a cada segundo e construimos o futuro sem termos conciência disso.
A distância é apenas um pretexto para que nosso reencontro seja mais aprazível.

TERÇA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2007

Existe sempre uma coisa Ausente - Caio F.
Paris — Toda vez que chego a Paris tenho um ritual particular. Depois de dormir algumas horas, dou uma espanada no rodenirterceiromundista e vou até Notre-Dame. Acendo vela, rezo, fico olhando a catedral imensa no coração do Ocidente. Sempre penso em Joana d’Arc, heroína dos meus remotos 12 anos; no caminho de Santiago de Compostela, do qual Notre-Dame é o ponto de partida — e em minha mãe, professora de História que, entre tantas coisas mais, me ensinou essa paixão pelo mundo e pelo tempo.

Sempre acontecem coisas quando vou a Notre-Dame. Certa vez, encontrei um conhecido de Porto Alegre que não via pelo menos á2o anos. Outra, chegando de uma temporada penosa numa Londres congelada e aterrorizada por bombas do IRA, na época da Guerra do Golfo, tropecei numa greve de fome de curdos no jardim em frente. Na mais bonita dessas vezes, eu estava tristíssimo. Há meses não havia sol, ninguém mandava notícias de lugar algum, o dinheiro estava no fim, pessoas que eu considerava amigas tinham sido cruéis e desonestas. Pior que tudo, rondava um sentimento de desorientação. Aquela liberdade e falta de laços tão totais que tornam-se horríveis, e você pode então ir tanto para Botucatu quanto para Java, Budapeste ou Maputo — nada interessa. Viajante sofre muito: é o preço que se paga por querer ver “como um danado”,feito Pessoa. Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.

Enrolado num capotão da Segunda Guerra, naquela tarde em Notre-Dame rezei, acendi vela, pensei coisas do passado, da fantasia e memória, depois saí a caminhar. Parei numa vitrina cheia de obras do conde Saint-Germain, me perdi pelos bulevares da le dela Cité. Então sentei num banco do Quai de Bourbon, de costas para o Sena, acendi um cigarro e olhei para a casa em frente, no outro lado da rua. Na fachada estragada pelo tempo lia-se numa placa: “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) — frase de uma carta escrita por Camilie Claudel a Rodín, em 1886. Daquela casa, dizia aplaca, Camille saíra direto para o hospício, onde permaneceu até a morte. Perdida de amor, de talento e de loucura.

Fazia frio, garoava fino sobre o Sena, daquelas garoas tão finas que mal chegam a molhar um cigarro. Copiei a frase numa agenda. E seja lá o que possa significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem. Tomei um Calvados, entrei numa galeria para ver os desenhos de Egon Schiele enquanto a frase de Camille assentava aos poucos na cabeça. Que algo sempre nos falta — o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Sentir sede, faz parte. E atormenta.

Como a vida é tecelã imprevisível, e ponto dado aqui vezenquando só vai ser arrematado lá na frente. Três anos depois fui parar em Saint-Nazaire, cidadezinha no estuário do rio Loire, fronteira sul da Bretanha. Lá, escrevi uma novela chamada Bem longe de Marienbad , homenagem mais à canção de Barbara que ao filme de Resnais. Uma tarde saí a caminhar procurando na mente uma epígrafe para o texto. Por “acaso”, fui dar na frente de um centro cultural chamado (oh!) Camille Claudel. Lembrei da agenda antiga, fui remexer papéis. E lá estava aquela frase que eu nem lembrava mais e era, sim, a epígrafe e síntese (quem sabe epitáfio, um dia) não só daquele texto, mas de todos os outros que escrevi até hoje. E do que não escrevi, mas vivi e vivo e viverei.

Pego o metrô, vou conferir. Continua lá, a placa na fachada da casa número 1 do Quai de Bourbon, no mesmo lugar. Quando um dia você vier a Paris, procure. E se não vier, para seu próprio bem guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo.

O Estado de S. Paulo, 3/4/1994

'E nós meninas sabemos que não existe coisa pior que homem sem atitude.'

O fato de eu ter errado não prova que Deus existe.

Entre Mim e Ela

Entre mim e ela
Existe um oceano
Peixes, algas, cavalos marinhos
E estrelas do mar.

Entre mim e ela
Existe um céu
Inúmeras estrelas
E uma lua minguante.

Entre mim e ela
Existe um multiverso
Inúmeros cometas, planetas
E um imenso vácuo.

Entre mim e ela
Existe uma multidão
Inúmeras vidas
E tanta gente em depressão.

Entre mim e ela
Existe a filosofia
Kant, Nietzsche, Hume, Platão
Poucas certezas e inúmeras indagações.

A beleza do céu estrelado existe, para não cairmos no erro de olhar somente para nós próprios.

As pessoas não existem em função da religião. É a religião que existe em função das pessoas. Mesmo na política não é o povo que existe em função dos políticos. São os políticos que existem em função do povo. No ensino, os professores existem em função dos alunos. Os médicos existem, acima de tudo, em função dos pacientes. Também a existência dos advogados, cientistas, jornalistas, tudo se resume em função do povo. Entretanto, na maioria das vezes, essa posição está invertida. Utilizam-se do povo para os seus próprios interesses e satisfações. Aqueles que exploram a religião para seus próprios fins egoístas oprimem e denigrem as pessoas. Eles tiram impiedosamente vantagens dos outros, apossando-se do que podem e então, cruelmente, deixam as pessoas de lado quando não tem mais nada a oferecer. Da mesma forma, aqueles que exploram o mundo da política para o seu próprio fim compartilham do mesmo desprezo pelas pessoas. Os senhores não devem ser enganados por esse tipo de pessoa. As pessoas não existem para beneficiarem os líderes. O que deve ocorrer é justamente o oposto. Os líderes, inclusive políticos e clérigos existem para beneficiar as pessoas. Os professores por sua vez, existem para o bem dos estudantes. Entretanto, muitos dos que se encontram em posições de liderança comportam-se arrogantemente, denigrem as pessoas.
(Daisaku Ikeda).

Não existe pessoas fracas e nem fortes, nossos pensamentos faz ver essas duas formas, quando você nasceu esta sujeito de encarar a vida como ela é, a capacidade esta dentro de nós, não tente ser fraco e forte, tente ser apenas o que você é, Deus sabe o que é importante para nós, e nós somos importante para ele.

Agnosticismo é a filosofia da humildade da sabedoria, não existe uma certeza, temos a humildade de afirmarmos a nossa ignorância existencial.

A noite nem sempre é escura, só é escura quando seus olhos não enxergam a beleza que existe nela.

Escrever é doar ao mundo aquilo que existe dentro do seu mundo.

Se Deus existe, eu sou Ele!