Nao Existe o Belo e o Feio
Chico Buarque
Sempre foi a mais bonita das meninas dessa sala.
Não, não é do Chico Buarque, é daquele que vos fala
Que, por sua conta e risco, admirava as melenas
Da menina encantadora, que não era de Atenas.
Para ela declamava os poemas de Neruda,
Era um sinal dos tempos, uma “paixonite” aguda.
Comentavam toda hora a Geni, a Carolina,
Mas um dia, a Roda viva afastou-o da menina.
Despedida lacrimosa cheia de “não me abandone”,
Procurou diversas vezes conversar por telefone.
Inspirado na Maysa ou, ainda, no Jacques Brel,
O contato se manteve, só que via Embratel.
Com o tempo, declinaram duração, ardor, freqüência
E, com o passar da banda, conformou-se com a ausência.
Corroída pouco a pouco, desabou a construção.
Amanhã foi outro dia, apesar do coração.
Muitos anos se passaram, numa festa do colégio,
Encontraram-se de novo. Dissipado o sortilégio.
Passearam em silêncio pelo pátio da escola,
Recordando os bons tempos, quando lhe passava cola.
Procurava ver no rosto da senhora corpulenta,
Entre rugas, o sorriso, o encanto, a pimenta,
Que haviam desertado sem sinal de compaixão.
Ocorreu-lhe: “Para ela é a mesma sensação?”
Conversaram mais um pouco com colegas de outrora.
Nada mais fazia a ponte do “então” e do “agora”.
Cabisbaixo, afastou-se sem que ela o notasse.
Caminhando, só lembrava a mais linda da sua classe.
Por instantes, a lembrança cativava por inteiro
Parecia-lhe ouvi-la a cantar Pedro Pedreiro
A imagem se turvava , apesar de obsessiva.
Era tudo a vingança da maldita roda viva.
Relembrava os momentos do passado esquecido
E o trauma do encontro com o grande amor perdido.
Vítima de uma lembrança que um dia o deixou louco,
Prisioneiro de uma frase “partir é morrer um pouco”.
Uma farsa do destino, um embuste traiçoeiro
O instante revivido não valia o primeiro.
Um abraço, um beijo morno e a viu se afastar
Uma lágrima a segue , um suspiro: Vai passar.
*Do livro ´´Desespero Provisório``, Ed. Edicon
Talvez sejamos iguais
Como posso. dizer-te não
Quando falar com esse jeitinho
E com este olhar delicado.
Mergulha no meu coração.
E eu que estava quietinho
acordo e fico dominado.
Impresiona-me a tua beleza.
Na verocidade de uma fêmea valente.
Vejo uma menina asustada.
Que se enconde atrás de uma cortina de tristeza.
Menina inteligente
Menina carente e amada.
Mulher elegante
Sempre desconfiada.
Menina mimada
Demostra esta contente,
porém esta sempre armada.
Gosta de julga, mas não de ser julgada.
Eu te adoro.
Talvez sejamos iguais.
O dia está lindo
O mar, manso
A brisa, suave
Hoje está um dia tranquilo
Só não sei em que parte do caminho estou
Talvez da metade para o fim
Ou quem sabe para o início
Tenho apenas a certeza de que já andei bastante
Nem sempre em linha reta
E que me equilibrei muito para não cair de vez
A corda é meu chão
Então, continuo andando...
Deixe o que não mais te serve para trás
Abra espaço no seu coração e na sua alma
Enterre seus sentimentos menos nobres e mais pobres
E, mesmo que não existam julgamentos e condenações alheios
Morra!
Renasça em harmonia e paz
(Re)começe
Fertilizando alegria e luz
Semeando a renovação e a libertação
Viva!
E, sempre que for necessário
Mude, transforme
Não com a pretensão de a todos agradar
Mas com a intenção de a você mesmo amar
Por que procuras aquilo que nao poderá encontrar? Ao inves disso consentre-se em tentar um novo caminho
Sinto pena do Diabo, ele não sabe o que é dor de verdade, pois sei que ele nunca sentiu a dor de te perder.
Um cego não pode enxergar por não ter seus olhos, um paralítico não pode andar por não ter suas pernas, e eu não posso viver por não ter você.
Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio e não se pode tocar duas vezes uma substância mortal no mesmo estado; por causa da impetuosidade e da velocidade da mutação, esta se dispersa e se recolhe, vem e vai.
A vida má, sem moderação, desprovida de entendimento e de respeito pelo sagrado não é uma vida má, mas um morrer lentamente.
Nem sempre falamos o que vêmos
talvez por não acreditar
por ñ querer magoar,assustar
por medo de não ouvirem
mais a dúvida sempre vai permaneçer
agir certo?
deveria fazer diferente?
não se culpe
se não foi dito
não te deram espaço para isso
de uma coisa pode ter certeza
na vida tudo passa
aquilo que não dissemos agora
será dito depois de alguma maneira
em atos,pensamentos,arrependimentos
se tiver alguma importância
o ato não falado com certeza será comunicado.
Quero fechar os meu olhos
sonhar com a paz
aquela que não vivemos mais
imaginar um gramado lindo,verde,bem tratado
imenso,quase sem fim...
e nele me deitar
no centro
e me deixar envolver pelo barulho da agua que cai
pura limpida transparente
e me levar para la,me banhar...
e no solzinho do fim da tarde,me secar,aquecer
ja é noite,escureçeu
abro os olhos,vejo as estrelas a brilhar
olho a lua a encantar
iluminando o amor dos casais a passear pela areia
com o cheiro do mar,respirar
aaah como é bom imaginar...
Cansei de escrever, mas não parei. Até hoje não encontrei respostas; quando encontrar talvez pare de postar.
'Do salto ela não desce, nem atende à minha prece. Profana aos pés da cama, me olha de cima, sente o clima, curte a fama.'
‘Não chegue tão perto’.
Senti vontade de dizer. Quis realmente falar nos olhos dele, mais senti meu corpo gelar e perder levemente o controle. Eu sabia que não devia, realmente sabia, eu tinha noção de tudo, de muito mais, eu sabia. E repetia isso pra mim enquanto o olhava, cada vez mais próximo. E próximo.
Conheci homens, engraçado agora eu tinha homens, ainda estranho isso.
Homens que me fizeram perder o controle. De maneiras diferentes, sempre. Nunca foram iguais, jamais.
Já me fizeram perder o controle. Do meu corpo, dos meus sentimentos, dos meus pensamentos. Mais ele tinha um dom, especial. De me fazer perder o controle, ainda que eu o possua, de fazer ficar perdida em mim.
Já vi olhos que me roubavam os pensamentos enquanto lutavam para me decifrar, mas os dele apenas façam com que eu me sinta a vontade para me entregar, para me confessar, para beijar. E esses beijos, que me viciam, esses lábios que são feito imãs. Essas mãos que sabem exatamente como me levar e me buscar, que conseguem me deixar segura, que se encaixam tão bem nas minhas, que me dão carinho sempre. Esse corpo que sempre pede pelo meu, mesmo quando ele já está tão junto, não se contenta. E, esse coração, esse sentimento, do qual eu tampouco sei. E pela primeira vez, não tento decifrar. Aceito, confio, liberto o meu. Sem maiores explicações, sem maiores expectativas. Quando o dele pedir por liberdade, ele saberá se expor também.
Não sei, mais tanto pensei fitando aqueles olhos juntos aos meus, que percebi que dizer para ele se afastar não adiantaria. Ele já estava muito perto. Eu não podia resistir, não conseguia. Nem queria. E também. Ele queria. Mais do que o corpo, estar perto. Ficar próximo.
E eu sorri, com a exposição que ele não percebia. Com o sentimento que vazava pelas bordas de um recipiente há muito fechado.
Fechei meus olhos e com os lábios nos dele, pedi:
- Chegue mais perto.
Querer um bem que você sabe que pode dar, mas você senti que o interesse não se torna mais único,
Saber do dom de amar, coisa que não se faz mais diferença,
Sentir mais do que o outro, sentir mais verdade!
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