Nao Conto Detalhes e muito menos
MINHA COR.
Pintei um quadro,
Nele tinha uma tinta,
Não importa a cor,
Porque ela sempre será o diferencial,
Pois a visão sai dos olhos,
Que transmite o sentimento ao coração.
Não importa a cor dos seus olhos,
Eu sempre serei preto,
Nisso podemos concordar plenamente,
Mas a minha competência e capacidade,
Tem sido analisada pela minha cor, infelizmente.
Não busco pena e nem perdão,
Quero virtudes,
Os sentimentos podem mentir por palavras,
Que nunca falam as realidades,
Mas o preconceito é transmitido por atitudes.
Nesses anos todos, ouvi falar de igualdade,
Entre os povos, não acredito,
Pois não existe algo pior do que ser excluído,
Por causa da sua cor preta, um súdito.
Pensam que nos deram a liberdade,
Mas vivemos trancafiados pelo racismo comercial,
Onde temos limites de cargos,
E somos contados em troca do faz de contas,
E vamos vivendo pelos passos do movimento social.
Existe a possibilidade de sucesso sim,
É ter uma profissão de vitórias individuais,
Você precisará depender de você mesmo,
E ser grande, e agradecer a Deus por esses dons especiais.
Agora, irei retornar a pintar o quadro.
Quem sabe, terei acertado na cor,
Quem sabe, um dia tudo passará,
E que seus olhos possam transmitir ao seu coração,
O sentimento de respeito e amor.
Autor: Cássio Charles Borges
SETE CORES.
Sempre pensei
Que as cores não são iguais.
Que a palavra amor
Vem do amar.
Mas percebi que
As cores têm seus significados
E são desiguais.
E que o amor tem suas diferenças
Em sua forma de amar.
Percebi,
Que o preto nunca será branco,
Que o branco nunca será amarelo,
Que o amor de pai
Nunca será o amor de mãe.
Que o amor de irmão
Nunca será o amor de amigo.
Que o amor da mulher
Nunca será o amor do homem.
E que em um casamento
Poderá não existir um marido.
Entendi,
Que as cores enfeitam as flores,
E o amor pode existir
Entre um casal de homens e/ou mulheres,
E que ao preconceito deve resistir.
De longe ou perto também somos animais,
E temos no sim ou no não, o livre-arbítrio para decidir.
Sim, eu compreendi que as cores são iguais.
No amor,
Sim, no arco-íris.
Tem sete cores.
Autor: Cássio Charles Borges
JANELA.
Daqui dá para ver o tempo.
Lembre-se que os momentos
Não são vividos em histórias
De duendes e fadas.
E que o tempo
Está nas memórias
Escritas e sem palavras.
Daqui de casa dá para ver
Uma nuvem em forma de gente.
Olhando pela janela a espera do futuro,
E pelo milagre a promessa,
Pois a verdade nunca mente.
Daqui vou ver o tempo.
Daqui vou ouvir o vento.
O céu estava azul, agora nublado,
Quem sabe poderá chover,
Não, o sol abriu as nuvens,
Com o seu jeito bravo.
O tempo vai passar,
O tempo vai melhorar,
Quem sabe amanhã o sol
Nasce; um dia sem sol,
Um sol disposto a amar.
Quem sabe a lágrima
Da chuva, uma gota vai molhar,
Toda esta terra, gente,
Toda esta serra, marrom.
Toda esta floresta, cinza.
Toda esta água, preta.
O tempo do tempo calor,
Não vai passar a dor.
Não vai nascer a flor.
Daqui consigo ouvir o vento.
Pela janela consigo ver o tempo.
Sem chuvas e com lágrimas.
O tempo é seco, o vento é seco.
Pela janela do meu quarto,
Eu vejo as palavras nubladas,
Escritas pelo tempo, quente.
E a janela não está fechada.
Autor: Cássio Charles Borges
Cem anos e Cem dias.
É tempo de guerra,
E o mundo diz viver em paz.
Digo que os homens não serão conhecidos
Pelos seus órgãos genitais.
Os seus nomes serão escritos
Com letras formais.
Em seus nascimentos
Terão minutos para serem circuncidados.
Os machos não correm na corrida,
As fêmeas viverão como machos,
No cotidiano da vida.
Os dias não terão noites
Mas as noites serão dias.
A água não apagará o fogo,
E as fumaças não serão nuvens, enxofre.
Os filhos serão como os pais
E os pais viverão como filhos.
Na partida muitos irão se alegrar,
E na chegada todos irão chorar.
Os sonhos não são desejos
E o querer não é vontade.
Quando você acordar,
Diga que o amor de muitos,
Irá esfriar.
Que a leis
Não respeitarão os mandamentos.
Que os corpos
Não terão o espírito.
Que as cicatrizes,
Não serão das feridas.
Pois, por águas viverás em brigas.
E a terra esquentará.
Irmãos não serão amigos.
Famílias não viverão unidas.
Neste tempo.
Vestido de luz,
E acima de uma nuvem,
E como a um relâmpago
O filho do homem chegará.
Quem tem ouvidos ouça.
Quem tem olhos, leia.
Sem anos e sem dias.
Autor: Cássio Charles Borges
TALVEZ.
Talvez o meu melhor,
Talvez seja o teu pior.
Talvez eu não saiba te conhecer,
Talvez tu não saibas me entender.
Talvez a minha dúvida,
Talvez seja a tua certeza.
Talvez a minha alegria,
Talvez seja a tua tristeza.
Talvez a minha ida,
Talvez seja a tua volta.
Talvez um dia eu volte,
Talvez no outro você vá embora.
Talvez eu não consiga sorrir,
Talvez esse seja o meu caminho.
Talvez eu não seja a tua estrada,
Talvez não tenha começo sem fim.
Talvez a mentira tenha uma verdade,
Talvez a verdade tenha uma omissão.
Talvez a solidão seja uma liberdade,
Talvez o sozinho não seja uma solidão.
Talvez o gostar seja como o amor,
Talvez sejamos parecidos.
Talvez sejamos mais que iguais,
Talvez o fingimento esconda a dor.
Talvez os sorrisos não tenham sido de felicidades,
Talvez a felicidade não esteja na alegria.
Talvez a alegria não tenha um sorriso,
Talvez o amanhã, a tarde e a noite não sejam o dia.
Talvez, talvez.
Autor: Cássio Charles Gomes Borges
FILHA.
Naquele dia, não nevava, mas parecia,
O meu coração flutuava na preocupação,
Do tempo, da hora e do dia,
Tinha muito amor, e sentia a vida na multiplicação.
O seu nascimento, o teu nascer,
Me fez caminhar a estrada de filho para pai,
E urgentemente crescer,
E nessa estrada ver a diferença do fica e vai.
Filha! Quando te vi pela primeira vez,
O meu coração que nunca falava falou,
Filha! O pai agradece a Deus pelo que Ele me fez,
Tu és benção, e teu sorriso em mim exalou.
Eu sabia que não mais seria o mesmo,
Que os meus sonhos não serão únicos,
Que minha história não será a esmo,
E que meus dias serão, eu e você, sempre juntos.
Filha, papai te ama sempre e muito.
Autor: Cássio Charles Gomes Borges
SIMPLES DESENHO.
Escrevi no céu o seu nome,
E as nuvens não atrapalharam
Ver a escrita entre o sol e a lua
Seguindo a direção das águas
Saindo da fonte.
E tomando café,
Fiz aquele simples desenho
A montanha, o nascer do sol, o rio,
A árvore, o pássaro, o cachorro, a estrada,
No campo duas crianças brincando,
A casa e a fumaça saindo pela chaminé.
Desenhei o teu nome no céu.
Autor: Cássio Charles Borges
ALIENADO.
A sua foto não está mais na estante,
Pedi ao coração para mentir aos meus olhos,
Que amor não é paixão,
Não tem significado, não existi
E que é uma imaginação.
Mas o coração não mente
O coração é verdadeiro,
E em toda a verdade
O meu amor saiu para fora,
Se transformou em um grito imenso,
Pedindo para você não ir embora.
O amor falou ao meu coração
Que eu preciso aprender
A amar e ser amado,
Que a mentira é um pecado,
E mesmo estando alienado,
Tenho amor, sei amar e serei amado.
Autor: Cássio Charles Borges
Aprendi com o Tempo
Aprendi com o tempo
que o perdão não é um laço,
não é um nó que te prende
a quem rasgou teu espaço.
Não é um sim ao erro,
nem um cheque em branco,
não apaga a cicatriz,
não devolve o que faltou.
O perdão é uma ponte
que se constrói por dentro —
para que eu atravesse
sem levar o fardo pesado,
sem arrastar a corrente
do ódio envenenado.
Não é para quem feriu,
não é para aliviar sua culpa,
é para que minha alma
não vire terra arrasada,
para que eu não carregue
a sombra da espada.
Aprendi que perdoar
é fechar a porta do inferno,
é seguir sem olhar pra trás,
livre, inteiro, sem guerra.
Porque o perdão não cura quem errou
cura quem sobreviveu.
Livre, enfim, de ser juiz.
FAMÍLIA
Cada uma com seu valor
Não tem como comparar
Nem classe social
Porque família é amor.
Família símbolo de felicidade
Ambiente de paz e proteção
Coberta pelas bençãos divinas
União e sinceridade.
Nossa família é o nosso chão
Nossa força e verdade
Onde brota a esperança
É a nossa base e proteção.
Autoria- Irá Rodrigues
Peixe fora d’água
Sou peixe fora d’água, sem mar, sem ar,
tentando respirar num mundo que não é meu.
A brisa que procuro não vem me tocar,
e o céu que imagino… já escureceu.
Lutei sozinha, por dois, por nada,
amei demais onde não havia chão.
Carrego um cansaço na alma calada,
com o peito pesado, ferido em vão.
Queria alguém que me visse, inteira,
que fosse abrigo e não tempestade.
Mas tenho apenas presença passageira,
que chama de amor o que é só metade.
E sigo sem saber se é amor ou prisão,
se é laço ou rotina, se é real ou ilusão.
Mas sei que meu limite grita em silêncio,
e o que era flor, virou contradição.
Autora:Lindalva Machado
No mundo de tantos corações
No mundo com bilhões de corações,
me apaixonei por um que não vê o meu.
Que não ouve o grito atrás do sorriso,
nem percebe o choro que escondo nos olhos seus.
Eu queria ouvir “eu te amo como nunca amei”,
“eu te desejo como nunca desejei alguém”.
Queria ser sonho que virou verdade,
não essa ausência que grita e ninguém vem.
Seu beijo é estranho, sem alma, sem calor,
seu carinho arranha ao invés de acalmar.
E seu abraço… ah, tão solto, sem cor,
não encaixa no meu, não consegue abraçar.
Por trás do sorriso há um grito mudo,
pedindo socorro, pedindo lugar.
E o seu silêncio, afiado e profundo,
me corta aos poucos, sem mesmo tocar.
Só queria ser vista, sentida, amada,
nos detalhes pequenos, na alma cansada.
Ser o abrigo de alguém que entende
que o amor, quando é real, não fere… ele rende.
Autora: Lindalva Machado
Uma Adoração Completa
Cadafibra do meu ser anseia por cada parte sua.
E não me refiro apenas à conexão espiritual. Falo da sua pele aquecida sob o meu toque, da sua nuca que se arrepia com o sopro da minha respiração, do seu sabor inebriante que seduz minha boca como o mais irresistível dos vícios.
Adoro o seu gemido contido quando minha língua serpenteia por entre suas coxas.
Amo quando seu corpo se curva, implorando por mais, rendendo-se sem reservas, como se o universo se dissolvesse em nós e nessa paixão insaciável.
Te amo em cada detalhe: no suor, no aroma, no som úmido dos nossos corpos em atrito.
É um amor que clama na carne, que lateja nos lençóis...
Que não busca serenidade – mas sim gemidos abafados, marcas na pele, mordidas na alma.
Porque quando afirmo que te amo por inteiro... é por dentro, por fora, em todas as dimensões em que posso te possuir.
Maiadomini
TEMPO
É o que não temos, mesmo que seu dia seja chato e quer que passa, e passou você sobreviveu da sua vida meio cansativo, mas outro dia você dar de conta que já tá perto de acabar o ano, e o que levamos? Dinheiro, móveis, uma casa ou sua vida confortável que temos nesse mundo, mas parece que é vida se você não tiver um teto sobre sua cabeça ou comprar comida nesse mundo você não sobreviver... se vamos acabar debaixo da terra e não levamos nada, porque corremos tanto, se vamos perder tudo.
[Não só é possível,
como totalmente
plausível e factual]
Amar de igual pra igual,
numa paridade
matemática,
em proporções simétricas,
como somente os sapiens
sabem fazer.
harmonicamente
nesta sinfonia
melódica,
de intensidade
astronômica
e musical.
garimpando
a virtuosa
poeticidade,
como somente os sapiens
sabem fazer.
Amar de igual pra igual,
numa paridade cósmica.
alguns corpos celestes
esperam bilhões
de anos
para se chocar,
nós nos chocamos
desde o princípio
e muito antes disso.
(Bruno Michel Ferraz Margoni - 06/12/23)
Preocupe-se com sua dieta✨
Não há problema em plantar milho no solo, mas isso não diz nada sobre a frequência com que certas espécies de pássaros são atraídas.
O amor não tem receita, mas é importante encontrar os ingredientes certos antes de cozinhar.
O dever de casa é só seu e o alimento espiritual é próspero.🫶
A Estrada
Ontem eu fui vê-la
e na estrada eu nao sabia o que dizer
Fui devagar, mas do que de costume
E ela era só minha,
não existia ninguém, nem nada
nem morto, nem vivo
nem morte, nem vida, só eu...
E na estrada eu pensava o que dizer
meu coração acho que nem batia
ao contrário do meu estômago
Que quase nao parava, só remexia
E ao ver aquela estrada
me lembrei do meu amor
que também era só minha,
Era, é, vai ser, nao sei....
MINHA ESPERA(ANÇA)
Poderia agora mesmo lhe dizer o que sinto
Mas não preciso
Poderia ainda acabar de vez com essa angustia
Mas acho que não consigo
Pois entre amar e sofrer
Escolho o sofrimento
Não por agradar mais do que me causa
Mas por saber lhe dar melhor com ele
Um homem dividido entre morrer e você
Sim, é assim que me sinto
E na espera de descobrir entre amar e viver
Aqui... meu coração sangra...
Ainda sangra...
NORTE
Cada dia me apontam um norte diferente
e a cada dia sigo pelo caminho apontado
Não que eu nao queira escolher meu proprio caminho
Mas parecia tão mais facil
Viro as costas para o futuro e olho pra trás
Na verdade nao sei o que temo mais
O medo do futuro desconhecido
Ou do passado cada vez mais presente
E assim, dessa forma, procuro um norte
Não para me achar
Mas para me perder de vez... em ti
No vazio que ficou de um amor que se desfez,
Não há mais sentimento, nem a história de antes.
O ciclo se encerrou, findou sua vez,
Guardando as lembranças em tempos distantes.
O que sobrou é a mágoa e o pesar,
E a decepção que a alma não quis.
O amor em mim morreu, sem poder voltar,
E a humanidade em mim disse adeus de vez.
A escuridão chegou, o coração se fechou,
Sem saber quem terá a chave para o abrir.
A mente só quer paz, o que se cansou,
Mas a esperança diz que ainda vai sorrir.
Só o coração sabe para quem quer acelerar,
Para quem de novo voltará a bater.
Até lá, a mente só deseja descansar,
Encontrando na paz uma forma de viver.
Juliana kim
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