Nao Chega aos meus Pes
Não preciso gritar que estou apaixonado por ela, pois meu pensamento é tão forte que meus olhos demonstram a paixão que eu nunca senti por ninguém.
Eu não vou deixar chover, e nem vou permitir que o sol venha interferir os meus olhos. Fecharei a minha boca e então me calarei, deixarei que falem por mim, ou se preferirem para mim. Se tuas palavras disserem o que não sou, ou proferirem o que não sinto, não se preocupe, não vou revidar. Estou bastante só para isso. Eu sei o que tenho em mim guardado e o que tenho sentido, não preciso de histórias e nem de manifestações histéricas. Não, não desta vez. Não vou deixar chover...O sol desta vez não terá que vir me secar. Estará tudo completamente seco. Eu quero assim, desta maneira dizer que não, não vou chorar. Não adianta gritar, espernear ou mesmo chorar diante de mim...Dessa vez, não.
Hoje, os dias que virão serão crescentes, e tudo a partir de agora, será diferente. As suas palavras não vão mais me convencer, não deixo mais. Eu não vou mais me arrepender, e espero que você entenda. Entenda que não vou voltar mais para o ponto de onde parei, daqui em diante eu vou continuar, e vou buscar algo que é meu. Não tenho motivos para parar agora, e nem motivos para desistir aqui.
Quero te dizer assim, desta maneira, que não tenho vontade de te dizer as mesmas coisas que eu já te disse, não tenho vontade de ir com você aos lugares por onde fomos, e nem quero ouvir com você as mesmas músicas que já ouvimos, e nem ouvir de você todas as promessas que eu já conheço. Eu vou dizer agora algo que você nunca me perguntou : Eu parei, parei aqui, a nossa caminhada cessou agora, mas a minha vida, não. Não vou parar, não vou parar aqui. Não vou cessar, de maneira permitir que você me acompanhe. Eu já estou só, quando na verdade, sempre estive, pois você nunca...nunca esteve completamente aqui ...
Meu pai, hoje os meus passos estão mais rápidos do que os seus. Mesmo assim, não alcançarei a tua sabedoria.
Pascal é um dos meus avôs espirituais; e, conquanto a minha filosofia valha mais que a dele, não posso negar que era um grande homem. Ora, que diz ele nesta página? [...] Diz que o homem tem “uma grande vantagem sobre o resto do universo: sabe que morre, ao passo que o universo ignora-o absolutamente”. Vês? Logo, o homem que disputa o osso a um cão tem sobre este a grande vantagem de saber que tem fome; e é isto que torna grandiosa a luta, como eu dizia. “Sabe que morre” é uma expressão profunda; creio todavia que é mais profunda a minha expressão: sabe que tem fome. Porquanto o fato da morte limita, por assim dizer, o entendimento humano; a consciência da extinção dura um breve instante e acaba para nunca mais, ao passo que a fome tem a vantagem de voltar, de prolongar o estado consciente.
Às vezes exponho a minha indignação por certos comportamentos que não são meus (e nunca serão) e infelizmente a única coisa que posso fazer é sentir vergonha alheia.
Não é que eu seja fria e calculista, eu apenas sei canalizar e filtrar meus sentimentos. Prefiro demonstrar essa dureza toda por fora e me blindar de decepções do que viver na melancolia e viver chorando pelos cantos. Para ser bom para mim, tem que ser melhor do que a companhia da minha imagem refletida no espelho.
QUEM DEIXOU MEUS PAIS ENVELHECEREM?
Meus pais não são velhos. Quer dizer, velho é um conceito relativo. Aos olhos da minha avó são muito moços. Aos olhos dos amigos deles, são normais. Aos olhos das minhas sobrinhas, são muito velhos. Aos meus olhos, estão envelhecendo. Não sei se lentamente, se rápido demais ou se no tempo certo. Mas sempre me causando alguma estranheza.
Lembro-me de quando minha mãe completou 60 anos. Aquele número me assustou. Os 59 não pareciam muito, mas os 60 pareciam um rolo compressor que se aproximava. Daqui uns anos ela fará seus 70 e eu espero não tomar um susto tão grande dessa vez. Afinal, são apenas números.
Parece-me que a maior dificuldade é aprendermos a conciliar nosso espírito de filho adulto com o progressivo envelhecimento deles. Estávamos habituados à falsa ideia que reina no peito de toda criança de que eles eram invencíveis. As gripes deles não eram nada, as dores deles não eram nada. As nossas é que eram graves, importantes e urgentes. E de repente o quadro se inverte.
Começamos a nos preocupar- frequentemente de forma exagerada- com tudo o que diz respeito a eles. A simples tosse deles já nos parece um estranho sintoma de uma doença grave e não uma mera reação à poeira. Alguns passos mais lentos dados por eles já não nos parecem calma, mas sim uma incômoda limitação física. Uma conta não paga no dia do vencimento nos parece fruto de esquecimento e desorganização e não um simples atraso como tantos dos nossos.
Num dado momento já não sabemos se são eles que estão de fato vivendo as sequelas da velhice que se aproxima ou se somos nós que estamos excessivamente tensos, por começarmos a sentir o indescritível medo da hipótese de perdê-los- mesmo que isso ainda possa levar 30 anos.
Frequentemente nos irritamos com nossos pais, como se eles não estivessem tendo o comportamento adequado ou como se não se esforçassem o bastante para manterem-se jovens, vigorosos e ativos, como gostaríamos que eles fossem eternamente. De vez em quando esbravejamos e damos broncas neles como se estivéssemos dentro de um espelho invertido da nossa infância.
Na verdade, imagino eu, nossa fúria não é contra eles. É contra o tempo. O mesmo tempo que cura, ensina e resolve é o tempo que avança como ameaça implacável. A nossa vontade é gritar “Chega, tempo! Já basta! 60 já está bom! 65 no máximo! 70, não mais do que isso! Não avance, não avance mais!”. E, erroneamente, canalizamos nos nossos pais esse inconformismo.
O fato é que às vezes a lentidão, o esquecimento e as limitações são, de fato, frutos da idade. Outras vezes são apenas frutos da rotina, tão naturais quanto os nossos equívocos. Seja qual for a circunstância, eles nunca merecem ter que lidar com a nossa angústia. Eles já lidaram com os nossos medos todos- de monstros, de palhaços, de abelhas, de escuro, de provas de matemática- ao longo da vida. Eles nos treinaram, nos fortaleceram, nos tornaram adultos. E não é justo que logo agora eles tenham que lidar com as nossas frustrações. Eles merecem que sejamos mais generosos agora.
Mais paciência e menos irritação. Menos preocupação e mais apoio. Mais companheirismo e menos acusações. Menos neurose e mais realismo. Mais afeto e menos cobranças. Eles só estão envelhecendo. E sabe do que mais? Nós também. E é melhor fazermos isso juntos, da melhor forma.
Quando meus olhos se abriram para aquele momento, eu não conseguia tampouco mensurar tamanha grandeza.
Não sou o que pensam de mim, eu sou eu, com meus defeitos e qualidades, com minhas aflições e ironias, com minhas angústias e medos, com minha fé e minha coragem. Sou tudo, mas, ao mesmo tempo, sou um nada! Sou o que quero ser, isto só depende do momento e do estado da minha alma.
Diariamente você visita meus sonhos... Não sei se acordo feliz por ter passado um tempo com você, ou triste por ter acordado e caído na real.
Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora, e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia: fechada, sozinha, perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada.
Os maus, não querendo reconhecer-se por autores do mal que praticam, atribuem ao destino, à sua estrela, os desgarramentos das suas paixões.
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