Nao Chega aos meus Pes
Não há como negar que as técnicas da oratória podem mesmo servir tanto para o bem como para o mal. Foi a palavra que promoveu a paz, fazendo com que povos que viviam digladiando passassem a conviver em harmonia. Foi a palavra também que levou povos a iniciarem guerras que dizimaram populações inteiras.
Não foi pelo seu beijo não foi pelo que você tem, e nem pelo que você é.
Foi pelo destino que apaixonei por você, que tudo que você tem nada me agrada.
Não troco uma vida inteira por um simples momento, pois a verdadeira felicidade é aquela que dura para sempre, que não se pode comprar e que vem de forma espontânea.
.. O épico ..
Existe entidade mais divina
Se não o sentimento?
Existe força tão esplendorosa
Capaz de atirar-se louca
Dentro do mistério?
E existe algo mais impossível
Que pisar sob o céu etéreo?
Já por ser algo que é de dentro
Ninguém tira, nem as costas vira
Nem àquela mentira
Ou o vacilo de um bêbado
Numa boate de rostos, dançando
Aversivo, gritando.
Ou o vacilo de um bêbado,
Que aguentou ser monstro
O maior monstro da noite escura.
Mas não aguentou ficar em pé
Desmontou-se e saiu de testa púrpura.
Quando amanheceu, conseguiu
O almejo se mostrou.
Sorridente, ela
Voz gentil.
Perguntou-me se
A noite demonstrou o afeto
De um sem teto por um pão mofado
De uma vó pelo seu neto.
Dum deus por seu herói
Submerso
Na vitória!
Vitória!
Épico é lírico.
Existe maior vitória,
Que escrever contigo,
uma história?
Choveu no oceano
Não podem dizer que não tentei
Nem que eu consegui
E nem que falhei.
Ah, e como vi
Suas lágrimas escorrendo
Longe no mirante
Já a espera
Um sentinela
Fez pose de almirante
Fitou o oceano
Acompanhando seu marejar
E virou as costas, sobre sólidos rochosos
Pesados, agarrando os pés no concreto
Da calçada séria
E virou mesmo as costas
Olhando todavia para trás
Fitando um futuro desconhecido
Mas já criado nas fantasias de amor.
.. Medieval ..
Me vi ontem indo lá
Não voltei, porém
E nem refutei
Fui além.
Dia e pós-dia tentam
E de novo, tentam
Pulverizar o voo da alma
Detonando no fundo da caixa
Dinamites até o teto capilar
O medo de crescer
De ver o que vem
De perder
Ficar sem.
Daí sem crenças, pra frente
Despojam carniças
Nas diferenças
Nas que não podem ver
Nas que não podem crer
Alimentam-se de profunda tristeza.
Não deixa, nunca
Nem largar-se-ia da razão.
Se metem numas gemas reluzentes
E sentem-se suspensos num altar
Onde descem os deuses
E onde a poeira não chega
E a poesia não cheira.
Vislumbram um futuro
Cantado, encantado
Sobre ombros de pretos
Com o sorriso da terra
E mulheres
Com coração de ferro
Olhos de fera.
Invejam o calor específico
Quem têm estas vidas.
Rastejando na sujeira do universo
Com uma joia negra no dedo
E um carisma de curto verso.
... Viajei, não volto mais
Viajei por todas estações
E todas respiravam o mesmo âmago
E viajei mundo numa noite de quarta
Enquanto o grito desesperado ecoava intenso
Nos becos dum hospício solitário.
Viajei a primavera,
E desabrochei de vez,
Corri por campos belos e renasci
Das cinzas orgânicas fertilizando o jardim
E das cachoeiras de prantos derramados
Reluzindo o belo marfim das ruas intercaladas
Onde o som dos carros interrompe o silêncio das madrugadas.
Viajei o verão,
E me conheci de falsos calores,
Transpirei as infelicidades e nunca mais as vi
E me perdi em noites quentes mal dormidas
Do cerrado horizonte e das formigas.
Dormindo debaixo do meu travesseiro
Incapaz de sustentar meu pior pesadelo:
Minha solidão sórdida a cheiro de essências rosadas.
Viajei o outono,
Padeci milhares de anos até o triunfo real
Caí repetidas vezes ao solo seco e mortal
E sentia teu gosto doce até nos talheres de metal
O gosto das marcas e fluidos na cama,
E dos sonhos lúcidos de amor carnal
Viajei o inverno,
Congelei os dedos quando toquei a face.
E necrosei meus tecidos respirando o ar da aurora
Numa peregrinação pelo recomeço,
Procurando um canto quente de neve branca
Para reescrever minha estória melancólica
Em preto e em branco no gelo permanente.
Meta-amorfose
Não me pertence a certeza
Nem viés de razão, que ora cresça
Que ora levante-se e padeça.
Me reservo à lúgubre defesa,
De breve e informal verso:
- Poesia matinal, que morre
- Poesia maternal, que nasce
- Poesia radical, que opõe!
Desafia o pranto e discorda o canto.
São diversas as incertezas.
Dúvidas de vida não vivida,
Incontroláveis correm, vezes repetidas.
Reina e manda!
Vosso imperador, rei dos poetas
Dos contistas, dos romancistas,
Que conhecemos íntegros
A amargo sabor vigarista:
O mistério!
Tão pendular, temporário!
E ao poeta, um eterno vazio honorário
Se não tens fé que não sabes
Não alcançarás fertilidade.
Não desvendarás os âmagos da sociedade,
Nem da autêntica autoridade,
Nem que queiras de fato.
E se morre aos meus pés?
O conhecimento insurgente,
Mórbido e indiferente.
Estás longe demais da meta,
Já era! És um poeta!
A PEC passou
O tempo passou
O moleque não estudou
E o moleque também não passou
Nem vai passar
Nem vai estudar
Nem vai poder pensar
Nem aquele que um dia vai ensinar.
Ah não! Pois eu vou!
Meu pai é funcionário público
Tem benefício, tem condições
Executa bem o ofício.
Mas pra tu vai ser difícil, fazer o quê?
Faz parte, nasci com mais sorte que você
Vamos ironizar, pois acaba sendo difícil de crer
E temo que a melhora, ainda não possa ver.
De desespero são meus versos
A mim os motivos são dispersos
Mesmo assim em luta, estaremos imersos.
Até que você estude
Até que eu estude
Até que nós possamos ter a liberdade
Para vencer nossos próprios testes
Sem que resmunguem da roupa que vestes.
Estou de pé, e vou continuar!
Pois enquanto eu puder me movimentar
O moleque não vai deixar de estudar
Mesmo que a escola tenha que ocupar
Já saibam eles:
Meu apoio vou dar!
Vai passar se tiver que passar.
Pois enquanto eu puder lutar
Não me privarão da liberdade de expressar!
GUERREIRO DA VIDA
As vezes achamos que a convivência que nos rodeia não é importante o bastante. Por isso, calamos aquele que mas deveria se pronunciar em nossas presenças. Em outro caso, ferimos corações bondosos que recostou seu manto de amor sobre nossas almas inquietas.
As vezes achamos correto dizer nossas duras palavras para serem ouvidas por pessoas que no fundo sabemos que não merece ouvir nossas indelicadas ingratidões. Por isso, até o mais guerreiro é ferido por palavras que o fere como espadas de fogo. Em outro caso, podemos não dar a mínima para esse fato, mas ... na maioria das vezes sentimos a angústia se apoderar dos nossos avermelhados corações e o deixando-o escurecido para combinar com a cor de nossas almas.
As vezes achamos que o fim ou desistência pode ser a resposta que procuramos. Por isso, muitas das vezes desistimos de procurar a água da vida em nossos próprios desertos . Em outro caso, superamos e lidamos com nossos próprios conflitos internos através de nossas virtudes pessoais, talvez ainda não descobrimos que somos fortes guerreiros da vida, e que todo guerreiro que se preze, passa também por dificuldades em seu interior, não desistir por respostas e o melhor caminho, porque lutar para termos paz também é uma das grandezas pela qual temos que mostar para nos mesmos a plenitude da importância da vida.
Bom dia 07/12/2016
Enquanto continuar a não ser você mesmo, e tentar sobreviver para viver, continuará sobrevivendo por sobreviver. Precisamos aprender muito ainda a deixar que as coisas fluam no momento certo e da vontade de Deus não no nosso.
Agricultor.
Sou nascido no sertão
sofredor da terra enxuta
com tristeza colhe o grão
que não produziu a fruta
sente a dor no coração
mas quem ama a plantação
não desiste dessa luta.
não limites a tua felicidade, larga tudo o que te impeça de a alcançar em plenitude. tu mereces ser feliz.
se nós não tivermos noção do nosso valor, não teremos noção do que merecemos e continuaremos onde não pertencemos.
Ele me disse que precisava de mim. Eu não consegui resistir. Era como se o próprio diabo tivesse tomado controle de mim.
Uma das coisas mais feias que se pode ver em uma pessoa é ela não ter nada a oferecer além de uma BOA APARÊNCIA...